sexta-feira, 16 de março de 2012

Conhecendo a vontade permissiva de Deus

Por: Jânio Santos de Oliveira



Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro



janio-estudosteolgicos.blogspot.com


Apesar de alguns estudiosos das Sagradas escrituras que se consideram teólogos afirmarem que não existe a vontade permissiva de Deus, aqui vai um recado de um aprendiz de teologia:

“A vontade permissiva de Deus existe” Existe, e depois que eu explicar até mesmo aqueles que não acreditavam até agora, após entender irá aceitar.

A vontade permissiva de Deus é movida por circunstâncias. O Senhor não assegura todo e qualquer êxito na operação realizado por quem nela estiver.

O que mais intriga os teólogos é o fato de Adão e Eva terem pecado no Édem, Veja o que dizem:

“Como pode em são juízo alguém pensar que Deus é permissivo? Não pode! Tem que ficar louco primeiro! Deus não permite coisa alguma nem neste nosso mundo e nem no mundo próprio dEle!

Nem pensar na frase eles que a inventam pensam!… porque se o fizesse, logo a descartariam, imediatamente, por sua própria e íntima incongruência! Para se ser permissivo é preciso antes ser: fraco, incompetente, incapaz, limitadíssimo.

Deus não é nenhuma das coisas aqui mencionadas! Toda vez que você ler na Bíblia este sentido de permissão de Deus com certeza não é permissão de p e r m i s i v i d a d e ! Deus não é permissivo.

-Deus não permitiu que o homem pecasse no Jardim do Éden como Deus não permite hoje que qualquer de nós peque! Adão e Eva pecaram de livre e espontânea vontade deles e contra a vontade de Deus que eles conheciam muito bem...”

Vejam: Além da vontade positiva que todos nós somos unânimes em aceitar, existe a vontade permissiva; isto significa que todas as coisas que acontecem, além de pertencer à vontade permissiva, todos os atos praticados debaixo dos céus estão sob o seu controle e domínio mesmo aqueles que Deus não aprova.

Estaremos neste estudo mostrando alguns exemplos bíblicos. Vamos acompanhar.

• DEFINIÇÃO DA VONTADE DE DEUS.

De modo geral, a Bíblia refere-se à vontade de DEUS em três sentidos diferentes.

(1) A vontade de DEUS é outra maneira de se identificar a Lei de DEUS. Davi, por exemplo, forma um paralelo entre a frase “tua lei” e “tua vontade” no Sl 40.8.

Semelhantemente, o apóstolo Paulo considera que, conhecer a DEUS é sinônimo de conhecer a sua vontade (Rm 2.17,18).

Noutras palavras: como em sua Lei o Senhor nos instrui no caminho que Ele traçou, ela pode ser apropriadamente chamada “a vontade de DEUS”. “Lei” significa essencialmente “instrução”, e inclui a totalidade da Palavra de DEUS.

(2) Também se emprega a expressão “a vontade de DEUS” para designar qualquer coisa que Ele explicitamente quer. Pode ser corretamente designada de “a perfeita vontade” de DEUS.

E a vontade revelada de DEUS é que todos sejam salvos (1Tm 2.4; 2Pe 3.9) e que nenhum crente caia da graça (ver Jo 6.39). Isso não quer dizer que todos serão salvos, mas apenas que DEUS deseja a salvação de todos.

(3) Finalmente, a “vontade de DEUS” pode referir-se àquilo que DEUS permite, ou deixa acontecer, embora Ele não deseje especificamente que ocorra.

Tal coisa pode ser corretamente chamada “a vontade permissiva de DEUS”. De fato, muita coisa que acontece no mundo é contrária à perfeita vontade de DEUS (e.g., o pecado, a concupiscência, a violência, o ódio, e a dureza de coração), mas Ele permite que o mal continue por enquanto.

A chamada de Jonas para ir a Nínive fazia parte da perfeita vontade de DEUS, mas sua viagem na direção oposta estava dentro de sua vontade permissiva (ver Jn 1). Além disso, a decisão de muitas pessoas permanecerem sem salvação é permitida por DEUS.

Ele não impõe a fé aos que recusam a salvação mediante o seu Filho. Semelhantemente, muitas aflições e males que nos acometem são permitidos por DEUS (1Pe 3.17; 4.19), mas não é desejo seu que soframos (ver 1Jo 5.19).

• FAZENDO A VONTADE DE DEUS.

O ensino bíblico a respeito da vontade de DEUS não expressa apenas uma doutrina. Afeta a nossa vida diária como crentes.

(1) Primeiro, devemos descobrir qual é a vontade de DEUS, conforme revelada nas Escrituras. Como os dias em que vivemos são maus, temos de entender qual a perfeita e agradável vontade de DEUS (Ef 5.17).

(2) Uma vez que já sabemos como Ele deseja que vivamos como crentes, precisamos dedicar-nos ao cumprimento da sua vontade. O salmista, por exemplo, pede a DEUS que lhe ensine a “fazer a tua vontade” (Sl 143.10). Ao pedir, igualmente, que o ESPÍRITO o guie “por terra plana”, indica que, em essência, está rogando a DEUS a capacidade de viver uma vida de retidão.

Semelhantemente, Paulo espera que os cristãos tessalonicenses sigam a vontade divina, evitando a imoralidade sexual, e vivendo de maneira santa e honrosa (1Ts 4.3,4). Noutro lugar, Paulo ora para que os cristãos recebam a plenitude do conhecimento da vontade divina, a fim de viverem “dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo” (Cl 1.9,10).

(3) Os crentes são exortados a orarem para que a vontade de DEUS seja feita ( Mt 6.10; 26.42; Lc 11.2; Rm 15.30-32; Tg 4.13-15). Devemos desejar, com sinceridade, a perfeita vontade de DEUS, e ter o propósito de cumpri-la em nossa vida e na vida de nossa família ( Mt 6.10).

Se essa for a nossa oração e compromisso, teremos total confiança de que o nosso presente e futuro estarão sob os cuidados do Pai ( At 18.21; 1Co 4.19; 16.7). Se, porém, há pecado deliberado em nossa vida, e rebelião contra a sua Palavra, DEUS não atenderá as nossas orações. Não poderemos esperar que a vontade divina seja feita na terra como no céu, a não ser que nós mesmos procuremos cumprir a sua vontade em nossa própria vida.

Dizem alguns teólogos, de forma até mesmo grosseira em relação àqueles que os contradizem que não há a chamada “Vontade Permissiva de Deus”. Em suas reflexões, alegam que Deus não permite coisa alguma, nem neste nosso mundo e nem no mundo próprio dEle, pois, se assim o fizesse, seria fraco, competente e limitado.

Salientam que Deus não permitiu que o homem pecasse no Jardim do Éden como Deus não permite hoje que qualquer de nós peque! Adão e Eva pecaram de livre e espontânea vontade deles e contra a vontade de Deus que eles conheciam muito bem.

Em vez de formarem um conceito claro da Vontade de Deus, parece que a fazem caminhar forçosamente ao lado do mal, tolerando-o contra a Sua vontade, como se não fosse Soberano sobre tudo e sobre todos.

Pois bem, os teólogos devem saber que a vontade de Deus se manifesta como Perfeita na regência de tudo que Ele criou e que não resiste à vontade do seu Criador, e como Permissiva no que concerne à ação de quem resiste à vontade do seu Criador.

Evidentemente que o agente dessa resistência, ninguém mais é do que o próprio homem, que, enquanto vivia em perfeita harmonia com Deus, submetia-se à Perfeita Vontade dEle. Porém, por ser dotado do Livre Arbítrio dado por Deus, um dia o homem, por sua livre e espontânea vontade, desobedeceu à Perfeita Vontade de Deus, originando-se o pecado.

Claro que Deus não quis, não quer e nunca quererá que o homem ande fora da Sua Vontade Perfeita.

Mas, em vez de destruí-lo, viabilizou um plano para restaurá-lo, através do Seu Filho Jesus, o Deus Filho, que pagou o preço da nossa redenção no Calvário.

Em vez de, como num passe de mágica, apagar aquela mancha do pecado original fazendo Adão e Eva perfeitos como eram antes, optou por dar-lhes – e a nós por extensão -- a responsabilidade de escolherem entre a Vida e a Morte, entre os dois caminhos, entre o céu e o inferno, dispondo-se em ajudar todo aquele que se esforçar por alcançar a Vida Eterna.

• A vontade de DEUS e a vontade do Homem

“Um dos mistérios com relação à doutrina da vontade de DEUS está centrado no ensino bíblico no que diz respeito à soberania de DEUS e a responsabilidade do homem.

A liberdade do homem condiciona e impõe limites sobre a vontade de DEUS? Ou todas as ações dos homens são determinadas no sentido de que eles tornam-se meros robôs? Além disso, a solução está além da mente finita, assim como o homem é incapaz de entender a natureza do conhecimento divino e sua compreensão das leis que governam a conduta humana.

O homem é incapaz de compreender como uma ação que parece ser livre pode, entretanto, ser a operação da vontade de DEUS e assim ser determinada. Nenhum homem pode entender totalmente à vontade e os caminhos de DEUS (Jó 9.10).

No entanto, o problema de relacionar a liberdade que o homem pensa experimentar com a soberania de DEUS, torna-se menos exato se esta liberdade for entendida como a habilidade para fazer o que se deseja, ao invés do poder de escolha contrária ou arbitrária”.

Você quer saber a vontade de DEUS para a sua vida? Então, cultive um profundo relacionamento com Ele.

Para os que crêem uma das soluções teológicas para enfrentar o dificílimo problema do mal, vivenciado como sofrimento, é a chamada "vontade permissiva" de Deus.

Deus permite que vivamos como queremos viver, dentro ou fora das instruções que nos deixou.

Deus permite que exploremos a terra como queremos, em lugar de cuidar dela.

Deus permite que as conseqüências de nossas ações nos alcancem, a nós e a outros.

Deus não deseja que o mal aconteça, mas permite que se ele se dê.

Assim, não é da vontade de Deus que um bebê nasça com uma doença grave, incapacitadora ou letal, mas isto acontece. Faz parte das leis que as ciências naturais catalogam, todas legadas por Deus em Sua vontade determinativa.

Não é da vontade de Deus que um pai despenque moralmente seu carro numa curva. E Deus não o interceptou. Quando não interceptou, Sua vontade determinativa continuou aplicada.

Não é da vontade de Deus que chuvas produzam lamas que sepultem corpos e casas. E Deus não impediu. Quando não impediu a tragédia, Deus deixou em vigor Sua vontade determinativa.

A criança nasce enferma porque uma lei natural foi quebrada, conheçamo-la ou não.
Um caminhão tomba na curva porque houve uma falha: do motorista, do construtor da entrada, do órgão fiscalizador das rodovias ou outra pessoa ou organização.

As chuvas destroem porque, tendo caído, precisaram passar. As leis da natureza manifestam a glória de Deus (Sl 19.1).

Com isto, até um ateu pode concordar.
No entanto, homens e mulheres de fé, leitores e leitoras da Bíblia, gostaríamos que Deus tivesse agido e abortado essas conseqüências.

O fato é que Deus não interveio para evitar. No entanto, isto não quer dizer que Deus seja desinteressado das coisas humanas ou impotente para resolvê-las.

Antes, Deus continua presente e potente, onipresente e onipotente em todas as situações. Ele não interveio ou aparentemente não interveio por uma razão, podemos dizer que nós não sabemos.

A teologia em torno da "vontade permissiva" de Deus é uma boa idéia, mas tem seus problemas.

No seu sentido comum, a palavra "permissão" sugere aprovação. Na verdade, quando dizemos que Deus permite que aconteça algo (ruim, sim, ruim, porque não questionamos o bem que Ele permite), não estamos dizendo que Ele aprova essa ocorrência. Deus, por exemplo, permite o pecado humano, mas jamais o aprova.

Leríamos melhor a Bíblia se não confundíssemos as coisas. O fato de um fato ter ocorrido e estar narrado na Bíblia não quer dizer que Deus o aprove. De igual modo, viveríamos melhor se prestássemos mais atenção à palavra de Deus para obedecê-la.

É mais cômodo agir irresponsavelmente e pôr na cota da vontade permissiva de Deus. A graça de Deus não pode ser uma avenida larga e longa para a prática dos nossos pecados. O outro problema com a idéia da "vontade permissiva" é que podemos errar a mão na questão da liberdade humana. Não podemos negar o paradoxo que Deus é soberano e o homem é livre. Estes dois termos podem nos soar antagônicos, mas a soberania de Deus inclui a liberdade humana. Em outras palavras, nossa liberdade se dá na espiral da soberania divina.

• Precisamos compreender três verdades essenciais:

1. Às vezes, uma coisa acontece porque Deus decide que ela acontecerá e Ele faz com que aconteça. Esta é a vontade determinativa de Deus.

Como é onisciente, Deus sabe previamente tudo o que nos vai acontecer, o que inclui as tragédias. Por isto, Sua vontade determinativa jamais falha. O fato de Ele conhecer o que vai acontecer não significa que Ele determinou que acontecesse. Devemos saber também que, mesmo nestes casos, a vontade de Deus é amorosa sempre; nunca é autoritária; mais nos prejudica.

2. Às vezes, uma coisa acontece porque Deus deseja que ela aconteça e uma pessoa decide, por livre e espontânea vontade, fazer o que Deus deseja. Isto acontece no interior da vontade prescritiva de Deus.

2. Às vezes, uma coisa acontece porque uma pessoa ou um grupo de pessoas deseja que aconteça e Deus permite que aconteça.

Nesta condição estão os nossos pecados ou as nossas falhas, individuais ou coletivas. Estão aí também as tragédias, individuais ou coletivas.

Todos estes três tipos de acontecimentos estão na conta da "vontade de Deus", mas só o primeiro é causado por Deus, que respeita integralmente a liberdade humana.

Deus permite que os homens rejeitem o evangelho e persigam os que são justos. No entanto, Deus está no controle. Deus permite aquelas coisas que levarão à realização de Sua vontade determinativa, inclusive a de que somos governados por leis naturais, porque Ele está no controle. Deus permite até aquelas para as quais jamais veremos um propósito. Ainda assim, Ele está no controle.

"A chave para a soberania é o controle final. Através de Sua presciência absoluta de cada plano do coração do homem e através de Sua capacidade absoluta (onipotência) de permitir ou impedir qualquer plano particular que uma pessoa possa ter, Deus mantém controle completo (soberania) sobre a Sua criação.

O poder para impedir que significa que Deus, afinal, tem a palavra final em tudo o que acontece.

Negar isso é negar a soberania de Deus!”

Podemos afirmar que a vontade permissiva de Deus obedece a um propósito. No entanto, perguntamo-nos: qual foi o propósito?

Ás vezes, em vida (próximo ou distantes do evento) descobrimos o propósito e a descoberta nos serve de consolo.

Às vezes, em vida nunca percebemos o propósito da não-intervenção de Deus, mesmo que saibamos que Deus trabalha em planos de longo prazo para o universo e os seres criados.

Se a razão nos falha, só temos uma saída: crer que Deus faz com que todas as coisas (até essa tragédia em nossa família), sejam aquelas provocadas por homem ou não, se juntem para o nosso bem (Rm 8.28).

A vontade permissiva é aquela que Deus por amor a você permite ser realizada, porém ele não garante os resultados, ele não tem a responsabilidade de que essa vontade sua que ele apenas permitiu que você realize se concretize, de certo, prospere e de frutos que glorifiquem o nome dele.

Na Bíblia vemos vários exemplos da vontade permissiva de Deus e vemos suas conseqüências, e quero citar alguns exemplos:

1. O caso de Adão e Eva.

Deus deixou bem claro algumas coisas sobre a vontade dele para esse casal, porem eles se deixaram corromper pelos seus Desejos, e quero colocar um fato bem interessante aqui nesse episódio, a culpa de Adão e Eva terem pecado não foi de satanás, foi deles mesmos! E quero que agora você leia comigo esse texto maravilhoso da palavra de Deus.

Quero que você primeiro concorde comigo que nós temos o livre arbítrio e que podemos decidir fazer o que achamos melhor ou pior para nossas vidas, e você concorda comigo que Deus não vai tirar o seu livre arbítrio.

Partindo desse princípio é que eu vejo Deus permitindo Adão e Eva comerem do fruto proibido, tenho certeza que Deus os viueles comendo, e não fez nada para impedir.

Sabe por que digo isso para você? Porque Deus já havia mostrado para eles qual era a vontade dele para com os dois, e se eles decidiram realizar o desejo do coração deles Deus permitiu, utilizando da vontade permissiva dele, porem como disse no início Deus não se responsabiliza pelas conseqüências, e na verdade ele de ante mão já tinha mostrado a conseqüência daquele ato, que seria a morte.

Adão e Eva decidiram por eles mesmos agir, sem antes perguntar para Deus como agiram diante do desejo que foi gerado em seus corações, eles simplesmente “pagaram para ver”, e hoje toda a humanidade sofre por essa atitude impensada da parte deles.

Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz.
Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte (Tg 1. 14-15).

2. Deus permitiu que os irmãos de José o vendessem como escravo, mas Deus fez com que tudo convergisse para o bem de José, dos seus irmãos e do seu povo. A providência de Deus se serve até do pecado humano.

3. Caim e Abel.

Aqui também vejo Deus permitindo que Caim realizasse o desejo do seu coração, todos nós conhecemos essa história onde Caim matou seu irmão Abel porque Deus preferiu o sacrifício de Abel ao invés do sacrifício de Caim, e isso gerou no coração o desejo de matar seu irmão. Vamos ler na palavra esse fato.

Então, lhe disse o Senhor: Por que andas irado, e por que descaiu o teu semblante? (V.7) Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo (Gn 4.6,7, 6)

O que vemos nesse texto? Vemos Deus avisando a Caim que o Desejo que ele deixou nascer em seu coração vai levá-lo ao pecado, porem depende dele decidir não realizar o desejo de seu coração e proceder bem.

Mas nós sabemos que ele não resistiu ao seu desejo e matou o seu irmão, e devido a isso ele e toda sua descendência viveram afastados de Deus.

E aqui nesse texto novamente vemos Deus permitindo o homem realizar o desejo do seu coração, e mais uma vez vemos que Deus não se responsabilizou pela conseqüência.

4. O patriarca Jó, quando Deus permitiu que satanás o provasse.

Tudo que satanás destruiu de Jó, até mesmo sua saúde, só o fez porque Deus o permitiu.

(No entanto, mesmo assim, esta circunstancia trouxe três importantes resultados:

A. a fé de Jó foi fortalecida em Deus;

B. Satanás foi confirmado na mentira; e

C. O testemunho de Deus acerca de Seu servo foi confirmado verdadeiro.

Esse texto é maravilhoso, apesar ter muito temor ao entendê-lo, pois aqui vejo que o Pecado é gerado pelos meus desejos, pelas coisas que anseio, ou seja, pela aquilo que eu achei ser o melhor para mim.

5. O caso do Reio Saul.

O Povo queria um rei sendo que não era a vontade de Deus para o povo dele naquele momento pelo menos que eles tivessem um rei, mais o povo insistiu e Saul foi ungido reio, e nós vimos Deus permitindo que esse desejo de seu povo fosse realizado, porem da mesma forma dos outros exemplos não deu certo, e o povo sofreu com um rei que não era segundo o coração de Deus.

Quero ficar por aqui na questão da vontade permissiva de Deus, creio que já podemos ver que essa vontade não termina bem, na verdade todas as vezes que vemos na bíblia, essa vontade agindo nós vemos o povo sofrendo, e conseqüências terríveis a curto e a longo prazo.

Existem coisas que Deus faz diretamente por sua vontade, mas, há aquelas que Ele, permite por ações e por circunstâncias, independente dos planos ou projetos Por Ele criados (Lc 11.5-8).

Não podemos, porém, usar a vontade de Deus como desculpa pela passividade, ou irresponsabilidade, no tocante à sua chamada para lutarmos contra o pecado e a mornidão espiritual.

É satanás, e não Deus, o culpado por essa era maligna, com a sua crueldade, maldade e injustiça ( 1Jo 5.19 ).

É também Satanás quem causa grande parte da dor e sofrimento no mundo ( Jó 1.6-12; 2.1-6; Lc 13.16; 2Co 12.7). Assim como Jesus veio para destruir as obras do diabo (1Jo 3.8), assim também é da vontade explícita de Deus que batalhemos contra as hostes espirituais da maldade por meio do Espírito Santo (Ef 6.10-20; 1Ts 5.8)

Se não tivermos cuidado, podemos facilmente ficar preocupados ou até mesmo obcecados em encontrar a "vontade" de Deus para as nossas vidas. No entanto, se a vontade que estivermos buscando for a Sua vontade secreta, oculta ou decretiva, estamos em uma busca tola. Deus não escolheu revelar esse aspecto de Sua vontade para nós.

O que devemos procurar conhecer é a vontade perceptiva ou revelada de Deus. O verdadeiro sinal de espiritualidade é quando desejamos conhecer e viver segundo a vontade de Deus assim como revelada nas Escrituras, e ela pode ser resumida como "Sejam santos, porque eu sou santo" (1 Pe 1.15-16).

Nossa responsabilidade é obedecer a Sua vontade revelada e não especular sobre o que a Sua vontade oculta talvez seja.

Embora devamos buscar ser "guiados pelo Espírito Santo", nunca devemos esquecer que o Espírito Santo está principalmente nos guiando à justiça e a nos conformarmos à imagem de Cristo para que a nossa vida glorifique a Deus. Deus nos chama a viver nossas vidas de toda palavra que proceda da Sua boca.

Viver de acordo com a Sua vontade revelada deve ser o principal objetivo ou propósito de nossas vidas. Rm 12.1-2 resume esta verdade, pois somos chamados a nos oferecer "em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês.

“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Apesar do estudo, a nossa oração a Deus é no sentido que jamais vivamos na vontade permissiva dEle, pois ela é movida por circunstâncias.

Reafirmo para concluir que Tudo o que acontece debaixo dos céus é permitido por Deus pois nada foge do seu controle; porém nem tudo o que praticamos principalmente de errado Ele aprova mas sim “permite”.

Para conhecermos a vontade de Deus, devemos nos aprofundar no conhecimento da sua Palavra, saturando as nossas mentes com ela e orando para que o Espírito Santo nos transforme através da renovação de nossas mentes, de modo que o resultado seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus, amém!

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