sexta-feira, 13 de abril de 2012

AS 20 ATUAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO

Por: Jânio Santos de Oliveira Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ seminarionainternetdoprofjanio.blogspot.com.br Vamos meditar nesta oportunidade em João 16:8 “Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo.” É através da atuação do Espírito Santo que o homem reconhece seu pecado e o abandona, para tornar-se morada deste santo Ser (I Cor. 3:16). O ladrão, via de regra, só assalta às escondidas; e, por que age assim? – Porque sabe que o que faz é errado. E, quem o leva a reconhecer isso? – O Espírito Santo! (Convence-o...). Da mesma maneira, longe da civilização, sem contato com o homem branco, um índio, em sua taba, quando rouba uma flecha de seu companheiro, o faz também às escondidas. E, por que o índio age assim? – É porque ele sente que não é certo este ato. E quem leva o índio a sentir ou saber que o que faz é errado? – É o Espírito Santo que atua em todos os corações, e no dele também. (Já não lhe aconteceu alguma vez ter a impressão de haver cometido alguma falta, vindo sua consciência a doer, produzindo-lhe profundo pesar e tristeza? Isso é a operação diária do Espírito Santo!). A influência atuante do Espírito Santo se tornará maior ou menor no coração humano, dependendo da maneira como o homem agir. Se não recusar Seus apelos e atuação, progredirá e se tornará “cheio” do Espírito, e um vaso de bênção; recusando, poderá incorrer no pecado imperdoável (Mat. 12:31), e se perderá. A atuação do Espírito na vida do crente é tão essencial quanto o é o querosene na lamparina e a gasolina no automóvel. A luz brilha e o carro anda pela atuação destes combustíveis. Ambos, no entanto, se tornarão inúteis quando os depósitos estiverem vazios. Por isso, há suprema necessidade de se encher do Espírito, não só uma vez, mas, diariamente, constantemente, para testemunhar e brilhar para o Senhor Jesus. O crente sem o Espírito Santo nada realiza. O Espírito Santo nos “convence” do pecado, isto é, faz-nos sentí-lo, e então, nossas naturezas (carnal e espiritual) entram em luta; quem prevalecer, reinará. Paulo, referindo-se a esta guerra (Rm. 7:20), dá-nos um vislumbre de que não pode haver vácuo no coração humano mais do que poderia haver na natureza ou no mundo físico. A natureza tende, a depressa preencher o vácuo, para evitar a proliferação dos grandes vendavais, tornados e furacões. O vento é o ar em movimento, preenchendo todos os espaços. O vácuo leva a mudar o vento de direção. Tão depressa o vento volte a preencher o vácuo, o caos pode ser evitado. Da mesma sorte, o coração humano deve estar constantemente sendo habitado, possuído pelo Espírito Santo. Sua influência santificadora deve ser uma constante em nosso viver, a fim de se evitar uma catástrofe espiritual. O vento sopra (João 3:8), não o vemos, mas ouvimos sua “voz” e os resultados de sua atuação no espaço; da mesma forma, a atuação silenciosa do Espírito Santo no coração humano é traduzida pelos frutos na vida do cristão. Assim, como a mangueira só dá manga, a bananeira, banana, o cristão cheio do Espírito Santo produz os frutos do Espírito (Gál. 5:22) normalmente. Como essas árvores dão seus frutos porque foram criadas para isso, da mesma forma o cristão repleto do Espírito, produzirá gestos e atitudes que lhe São pertinentes. É fácil saber se o Espírito Santo habita no coração da pessoa, ou se apenas a convence do pecado. Paulo dá a pista: São os frutos do Espírito (Gál. 5:22) e os frutos da carne (Gál. 5:19-21). Portanto, uma maneira simples, correta e segura de saber se uma pessoa é batizada com o Espírito Santo, não é se ela fala língua estranha, e sim, os seus frutos (Mt 7:16). Ser batizado com o Espírito é viver no gozo dEste Ser. É ser semelhante aos discípulos da incipiente Igreja Cristã (Atos 2:44). É viver em perfeita união, despojado de todo sentimento de supremacia, egoísmo, cólera, ira, ódio, amando-se mutuamente e todos a Deus. Ser batizado com o Espírito Santo é compadecer-se do pobre, socorrer os órfãos e viúvas nas suas necessidades, ajudar o irmão carente, auxiliar o necessitado. Esta sim, é a maior prova do cristão batizado com o Espírito Santo. Estes são, de fato, os frutos de uma vida santificada, lavada, banhada, batizada com o Espírito Santo, que vive, sobretudo, de conformidade com os mandamentos de Sua santa Lei. Tal cristão está plenamente apto para ser agraciado pelo Senhor (quando Ele o desejar), de receber a “Chuva Serôdia”, isto é, a plenitude do Espírito Santo, para a conclusão da obra do evangelho no planeta Terra. Por que aprouve ao Senhor fazer da pombinha, o símbolo do Espírito Santo? Lucas 3:22. A pomba, como este Ser divino, é meiga, sublime, suave, macia, calma e tranquila. Por isso, o Espírito de Deus só atua assim: No silêncio absoluto................................. Hc. 2:20 Sem confusão ......................................... I Co 14:33 Com decência e ordem .......................... I Co 14:40 Com reverência ....................................... Hb. 12:28 Sem gritaria .................................................. Ef 4:31 Vamos verificar agora “AS 20 ATUAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO”. I. O ESPÍRITO SANTO 1. Conduz ao novo nascimento. Jo. 3:1-8. 2. Satisfaz plenamente o coração. Jo. 4:10-14. 3. Deseja fluir de nós em rios de água viva. Jo. 7:37-39. 4. Permanece conosco para sempre. Jo. 14:16,17. 5. Testemunha do Senhor Jesus. Jo. 15:26,27. 6. Convence o mundo do pecado. Jo. 16:7-11. 7. Conduz a toda verdade. Jo. 16:12-15. II. O ESPÍRITO SANTO, COMO MESTRE. JO. 14:26. 1. Seu Ser: a) Ele é divino. 1 Co. 3:16; Gl. 4:6. b) É indispensável. 1 Co. 2:11,14. c) É suficiente. 1 Jo. 2:27. d) Continua a obra de Jesus Cristo. Jo. 16:14,15. 2. Sua instrução: a) Abre o entendimento. Ef. 1:17,18. b) Revela os mistérios de Deus. 1 Co. 2:7 ss. c) Revela as maravilhas da divindade. 1 Co. 2:9,10. d) Faz lembrar das palavras de Jesus. Jo. 14:26. e) Livra-nos de seguir nossos próprios caminhos. At. 16:6,7. 3. Somos instruídos por Ele enquanto: a) Obedecemos. At. 8:26 ss. b) Meditamos. At. 10:19. c) Aguardamos. Lc. 2:26. d) Ouvimos. Ap. 2:7. e) Servimos. At. 13:2. 4. A bênção da instrução aceita: a) Conhecemos o Senhor com mais clareza. Ef. 1:17ss. b) Usamos palavras de sabedoria. 1 Co. 2:12,13. c) Recebemos o ensino fundamental. 1 Jo. 2:27. d) Temos a unção divina. 1 Jo. 2:20,27. e) somos bênçãos para outros. At. 1:8. III. O ESPÍRITO SANTO 1. Quem é o Espírito Santo? a) Uma pessoa, como o Senhor. Jo. 16:13. b) Se pensássemos mais nisso, levaríamos o Espírito Santo mais a sério e procuraríamos entristecê-lO menos. Ef. 4:30. 2. O que o Espírito Santo faz? a) Revela o Senhor Jesus. Jo. 16:14. b) Demonstra o Ser de Deus. l Co. 2:9,10. c) Reveste para o ministério. At. 1:8. d) Batiza e enche o crente. At. 1:5; 2:4. 3. Como recebemos o Espírito Santo? a) Através da fé. Gl.3:2. b) Pelo arrependimento e abandono do pecado. At. 2:38. c) Pela obediência ao Senhor. At. 5:32. d) Através da oração. Lc. 11:13. IV. OS NOMES DO ESPÍRITO SANTO É chamado de Espírito: 1. Da verdade. Jo. 14:17; 15:26; 1 Jo. 4:6. 2. Da graça. Zc. 12:10; Hb. 10:29. 3. Da vida. Rm. 8:2. 4. Da promessa. Ef. 1:13. 5. De adoção. Rm. 8:15. 6. De poder, de amor e de moderação. 2 Tm. 1:7. 7. De santidade. Rm. 1:4. 8. De sabedoria e de revelação. Ef. 1:17. 9. Da glória. 1 Pe. 4:14. 10. Do amor. Rm. 15:30. 11. Da fé. 2 Co. 4:13. 12. Do Senhor. 2 Co. 3:17. V. SEIS GRANDES PROMESSAS EM JOÃO 16. 1. Do Espírito Santo como Consolador. V.7. 2. De um Mestre: Vv.13,14. a) Que guia a toda a verdade. V.13. b) Que revela cousas futuras. V.13; 1 Co. 2:9,10. c) Que glorifica a Jesus. V.14. 3. Da volta de Cristo. V.22; Jo. 14:3. 4. Da oração respondida. Vv.23,24. 5. Da Sua paz. V.33. 6. Da vitória. V.33. VI. SETE MINISTÉRIOS DO ESPÍRITO SANTO 1. Ensina todas as coisas ao crente. Jo. 14:26. 2. Lembra dos ensinamentos de Jesus. Jo. 14:26. 3. Testifica do Senhor Jesus. Jo. 15:26. 4. Guia a toda a verdade. Jo. 16:13. 5. Anuncia o vindouro. Jo. 16:13. 6. Glorifica o Senhor. Jo. 16:14. 7. Transmite o que recebeu do Senhor. Jo. 16:14. VII. O ESPÍRITO SANTO CONVENCE: Jo. 16:8-11. 1. Do pecado. At.2:37; Sl. 32:3-5. 2. Da justiça. At.24:25. 3. Do juízo. At.17:31,32. 4. Da incredulidade. Jo. 16:8-11. VIII. NO ESPÍRITO, NÓS DEVEMOS: 1. Começar. Gl. 3:3. 2. Viver. Gl. 5:25. 3. Andar. Gl. 5:25. 4. Orar. Ef. 6:18. 5. Amar. Cl. 1:8. 6. Adorar. Fp. 3:3. 7. Pregar. 1 Ts. 1:5. IX. O ESPÍRITO SANTO VEIO PARA: 1. Dar poder para o ministério. At. 1:8. 2. Falar com intrepidez através dos Seus servos. At. 4:31. 3. Proteger-nos de hipócritas. At. 8:14-24. 4. Revestir-nos para o trabalho missionário. At. 13:1-4. 5. Glorificar o Senhor ressurreto. At. 7:55. 6. Ser nosso guia no ministério. At. 16:7-10. X. PENTECOSTES. At. 2. 1. O Espírito Santo veio quando: a) O dia de Pentecostes se cumpriu. V.1. b) Os discípulos esperaram por Ele. At. 1:4. c) Os discípulos cumpriram a ordem de Jesus. Lc. 24:49; At. 1:4. d) Perseveraram unânimes na oração. At. 1:14. e) Esperaram pela promessa. Jl. 2:28-32. 2. O Espírito Santo veio sobre: Todos os que esperaram o cumprimento da promessa. V.4; Jo. 7:39. 3. O Espírito Santo veio: a) De repente, assim será a volta de Jesus. V.2; Mt. 25:6 b) Como um vento impetuoso, para vivificar. Ez.37:9. c) Em forma de línguas de fogo. V.3. 4. O Espírito Santo veio para: a) Glorificar a Cristo. Jo. 16:14. b) Edificar a igreja de Cristo. Ef. 2:20-22. c) Habitar no homem e fazer dele Seu templo. 1 Co. 6:19. d) Conceder dons espirituais. v.4; l Co. 12:4. e) Revestir as testemunhas de Cristo. At. 1:8. f) Dar-nos a adoção de filhos. Rm. 8:15,16. 5. O Espírito Santo realizou coisas inéditas, grandes e poderosas: a) Publicanos e pescadores encheram o mundo com o Evangelho de Cristo. At. 5:28; 17:6. b) Ele causou grande espanto. V.12. c) Perguntas sérias por Deus e conversões. Vv.37,41. d) Obediência a Palavra de Deus. V.42. XI. O TESTEMUNHO DO APÓSTOLO PEDRO. AT. 2:14-36. 1. Ele falou do cumprimento da promessa. Vv.16-21. 2. Da transformação dos seus irmãos. V.15 ss. 3. Da aceitação divina de Cristo. V.22. 4. Da grande culpa de Israel. V.23. 5. Do poder da ressurreição de Cristo. V.24. 6. Do testemunho de Davi. V.25 ss.; SI. 16:8. 7. Do fato da exaltação de Cristo. Vv.33-36. XII. O PODER DO EVANGELHO. At. 2:37-47. A mensagem anterior foi dirigida a Israel que rejeitou o seu Messias, mas Deus ofereceu ao povo uma nova oportunidade, através do Evangelho. 1. O que a mensagem do apóstolo causou? a) Uma profunda convicção do pecado. A mensagem compungiu-lhes o coração. V.37. b) Uma pergunta séria: o que devemos fazer? V.37. c) Lima resposta clara. V.38. d) A aceitação da mensagem. V.41. b>2. Os frutos da fé: a) Perseveravam na doutrina e na oração. Vv.42,46. b) Amavam-se de coração. V.42. c) Lembravam-se do Senhor, no partir do pão. V.42,46. d) Cuidavam-se mutuamente. Vv.44,45. e) Louvavam a Deus. V.47. f) O número dos salvos aumentava diariamente. V.47. XIII. O PENTECOSTES SIGNIFICA QUE: 1. O Senhor morreu por nossos pecados e foi exaltado. At. 2:23ss.; Jo. 7:39. 2. A promessa cumpriu-se. At. 2:16; Jl. 2:28-32. 3. Cristo tem poder para cumprir Sua palavra. At. 1:5. 4. Temos poder para testemunhar. At. 2:17,18. 5. Possuímos a plenitude de bênçãos. At. 2:39,40; Gl. 3:13,14. 6. Deus pode capacitar pessoas fracas e incapazes. At. 2:7. 7. Deus quer salvar todos. At. 2:21. XIV. AQUELE QUE QUISER RECEBER O ESPÍRITO SANTO DEVE: AT. 19:2. 1. Primeiramente aceitar, pela fé, a obra da salvação de Jesus Cristo. Muitos falam do Espírito Santo, mas nunca experimentaram o que é morrer com Cristo. 2. Separar-se do pecado reconhecido. 3. Confessar e dispor-se a levar o opróbrio de Cristo. Hb. 13:13. 4. Entregar sua vida sem reservas a Deus. O Espírito Santo deve possuir-nos completamente. 5. Orar especificamente. Lc. 11:13; Mc. 11:24. Quem ora assim, sabe que pede conforme a vontade de Deus. 1 Jo. 5:14,15. XV.O PODER DO ESPÍRITO SANTO. Rm. 15:13. É indispensável para os filhos de Deus em todos os tempos para: 1. Convencer os pecadores. Jo. 16:8-1 1. 2. Iluminar os filhos de Deus. Jo. 16:13; Jo, 14:26. 3. Dar-lhes o espírito de adoção de filhos. Rm. 8:15; Gl. 4:5,6. Segundo João 3, fomos renascidos pela palavra e pelo Espírito e, clamamos agora: Aba, Pai; e anelamos pela casa do Pai celeste. Jo. 14:1-3; Hb. 11:10. 4. Santificar-nos. l Co. 6:11; Rm. 15:16. 5. Despertar, em nós, o espírito de oração. Rm. 8:26; Ef. 6:18. 6. Dar comunhão. l Jo. 1:3 ; Fp. 2:1. 7. Dar verdadeira consolação. Jo. 15:26. XV. O ESPÍRITO SANTO ATUA: 1. Derramando o amor de Cristo no coração. Rm. 5:5. 2. Ensinando a andar no Espírito. Rm. 8:4,5. 3. Fortalecendo os crentes para o ministério. Ef. 3:16. 4. Assistindo os filhos de Deus em suas fraquezas. Rm. 8:26. 5. Produzindo o fruto espiritual no crente. Gl. 5:22. 6. Concedendo força para um testemunho alegre. At. 2:4. XVI. NÓS AGRADECEMOS AO ESPÍRITO SANTO PORQUE: 1. Concede sabedoria e conhecimento. 1 Jo. 2:20. 2. Guia e aconselha. At.15:28. 3. Reveste para o ministério. At. 6:3. 4. Mostra o caminho. At. 13:2. 5. Dá tarefas. 1 Pe. 4:14. 6. É a riqueza do crente. At. 8:29. 7. Sem Ele nada podemos fazer. Zc. 4:6. XVIII. OS SOFRIMENTOS DO ESPÍRITO. EF. 4:30. Nós lemos e falamos muito sobre os sofrimentos de Cristo. Porém, ignoramos completamente os sofrimentos do Espírito. 1. Ele é blasfemado pela arrogância e impiedade do homem. Mt. 12:3 1,32. 2. Ele é ofendido pela soberba do homem. Hb. 10:29. 3. É desafiado pela desobediência. Is. 63:10. 4. Os incrédulos resistem ao Espírito. Gn. 6:3; At. 7:51. 5. É tentado através da hipocrisia. At. 5:1-11. 6. Sente-se traído pela mentira e ganância do homem. At. 5:3. 7. Apagado pela desobediência do crente. 1 Ts. 5:19,20. 8. Entristecido por conversas torpes. E14:29,30. XIX. OS DONS DO ESPÍRITO SANTO. I Co 12. O Senhor Jesus é a dádiva de Deus ao mundo. Jo. 3:16. Ele oferece tudo o que a humanidade pecaminosa necessita para poder comparecer diante de Deus. O Espírito Santo é a dádiva do Pai e do Filho a todo crente. Ele oferece todas as condições para uma vida frutífera e um testemunho poderoso. 2 Pe. 1:3-7. 1. Estes dons são diversos. Aqui se mencionam nove. Parece que, na igreja de Corinto, todos estavam presentes. Vv.8-10. 2. Os dons do Espírito devem ser procurados com zelo. V.31; 1 Co. 14:1,39. 3. Foram dados por Deus para a edificação da igreja. V.11. 4. Como membros do corpo devemos ser vivificados pelo Espírito e edificados como pedras vivas. 1 Pe. 2:5. 6. São em beneficio de todos. Toda igreja deve aproveitá-los. V.7. 7. Os dons do Espírito devem ser usados com cuidado. Muitos enterram seus dons e toda igreja sofre por isso danos. 1 Tm. 4:14; Mt. 25:18; Ef. 4:16. 7. Devem ser reavivados. 2 Tm. 1:6,7. XX. NO ESPÍRITO. Após ter recebido o Espírito Santo, o nascido de novo deve mover-se e atuar neste Espírito. 1. Somente, no Espírito, podemos adorar. Jo. 4:23,24. Adorar, no Espírito, não se limita apenas em ser alguém sério, o mundo também consegue isto. A adoração, que não é oferecida no Espírito, não é aceita por Deus. Ela é apenas fogo estranho sobre o altar. Lv. 10:1ss. 2. No Espírito, percebemos a voz de Deus. Ap. 1:10-18. No Espírito, João ouviu e viu tudo o que há no céu e na terra, como descreveu em Apocalipse. 3. No Espírito, entendemos as coisas celestes. Ap. 4:1,2. O livro de Apocalipse tem quatro grandes trechos e cada um deles inicia com: "Achei-me em Espírito" ou "Transportou-me em Espírito". 1:10; 4:2; 17:3; 21:10. De outro modo, os grandes mistérios não são compreendidos. Eis a razão porque é tão difícil compreender as coisas futuras. 2 Co. 12:4. 4. No Espírito, vem o poder de Deus ao encontro da impossibilidade humana. Ez. 37:1-10. 5. No Espírito, o crente experimenta o consolo divino. At. 20:22-24. 6. Todo nosso serviço deve ser feito no Espírito. At. 6:3. Deus não abre mão de santidade e nem negocia com princípios. É muito fácil para você e para mim compreender e aceitar que Jesus veio morrer na cruz e nos conceder vitória, salvação, paz e felicidade. Nada nos custa e nada temos a perder , só a ganhar. O Espírito Santo precisa nos colocar na cruz, para que Jesus Se assente no trono do nosso coração. Na cruz terão que ser crucificados o egoísmo, ira, cólera, transgressão, intemperança, presunção e a indiferença ao estudo profundo e sistemático das Verdades bíblicas.

A atuação dos anjos no Novo Testamento

Por: Jânio Santos de Oliveira Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ seminarionainternetdoprofjanio.blogspot.com.br Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor! Vamos meditar na Palavra de Deus inicialmente em Marcos 1:13 que diz: E esteve no deserto quarenta dias sentado tentado por Satanás; estava entre as feras, e os anjos o serviam. Não há menção do Anjo do Senhor nos Evangelhos ou nas Epístolas e apenas uma referencia história em Atos (7:38). É necessário perguntar porque razão uma figura tão destacada no Velho Testamento desaparece subitamente no Novo. A resposta é clara, não desapareceu. Apenas assumiu uma diferente forma. Na Nova Aliança o Anjo do Senhor incarnou como Jesus, o Messias. Todos os atributos e trabalho antes descritos como sendo do Anjo são agora encontrados em Cristo. Através de ambos Deus desenvolve as suas tarefas de redenção, julgamento e revelação. E não são ambas as pessoas justamente descritas na expressão do escritor de Hebreus: “" o brilho da Sua Glória e a própria imagem da Sua substância No entanto, o Anjo reaparece no último livro do Novo Testamento e aqui revela-se em toda a sua glória (Ap 1:10-4:1; 14:14-16(?); 19:11-21; 22:7,12-20). João equaciona-o, claramente, com as figuras em Ezequiel e Daniel que tinham a aparência de um homem. Mais à frente é designado como a Palavra de Deus (19:13), o Filho de Deus (2:18), e como aquele que estava morto e que vive para sempre. Se fosse necessária qualquer outra prova que o Anjo do Senhor é o Logos na sua forma pré incarnada, isto seria suficiente. A descrição de João de “um como o filho do homem” também esclarece que o Anjo é uma pessoa divina – pois ele, como o Pai (1:8), é o Alfa e o Ômega, o Principio e o Fim (22:13).  A crença em anjos no Novo Testamento Os cristãos não eram o único grupo do primeiro século que acreditava na existência de anjos. A maioria das seitas do judaísmo, berço do cristianismo, professava a crença nesses mensageiros celestes, á exceção provável dos saduceus (At 23.8). 0 interesse dos judeus por anjos havia crescido de forma notável durante o período intertestamentário, quando o segundo templo foi construído, após o retorno do cativeiro babilônico. É provável que esse aumento de interesse pelos anjos tenha ocorrido como resultado da ênfase nesse período á idéia de que Deus havia se distanciado do seu povo, já que não havia mais profetas. A ausência de profetas, os mensageiros oficiais de Deus ao seu povo, provocava a necessidade de outros mediadores da vontade divina. Os anjos vieram ocupar esse espaço no judaísmo do segundo templo. 0 aumento do interesse pelo mundo celestial e pelos seus habitantes, os anjos, nota-se nos escritos judaicos produzidos antes ou logo após o nascimento do cristianismo. Exemplos desta tendência se percebem em alguns livros apócrifos (4 Esdras 2.44-48; Tobias 6.3-15; 2 Macabeus 11.6). 0 mesmo se vê em alguns dos escritos dos sectários do Mar Morto achados nas cavernas do Wadi Qumran, como o rolo da Batalha entre os Filhos das Trevas e os Filhos da Luz. Alguns dos escritos produzidos pelo movimento apocalíptico dentro do judaísmo, mais que os escritos de outros movimentos, enfatizava o ministério dos anjos (1 Enoque 6. 1 ss; 9. 1 ss), 0 interesse pelos anjos se nota até mesmo nos escritos rabínicos datados a partir do século III (com exceção do Mishnah), e que possivelmente representam a linha principal do judaísmo no período do segundo templo. As palavras mais comuns para "anjos" no Novo Testamento A palavra mais usada no Novo Testamento para "anjo" é aggelos, que é a tradução regular na Septuaginta da palavra hebraica Mala‘k. Ambas significam ‘mensageiro". Aggelos é usada umas poucas vezes no Novo Testamento para mensageiros humanos, como por exemplo os emissários de João Batista a Jesus (Lc. 7.24; Tg 2.25; Lc 9.52). Na maioria esmagadora das vezes, a palavra refere-se aos mensageiros de Deus, que povoam o mundo celeste e assistem em sua presença. Aggelos é usada tanto para anjos de Deus quanto para os anjos maus. Existe outro termo no Novo Testamento para se referir aos anjos, o qual só Paulo emprega: "principados e potestades". Em duas ocasiões é usado em referência aos demônios (Ef 6.12; Cl 2.13) e em três outras aos anjos de Deus (Ef 3.10; Cl 1.16; 1 Pe 3.22). Em todos os casos, refere-se ao poder e á hierarquia que existe entre esses espíritos. “Outra palavra usada no Novo Testamento para anjos e pneuma, geralmente no plural (pneumata), que se traduz por espíritos”. Embora o termo seja empregado geralmente para os anjos maus e decaídos (quase sempre qualificado pelo adjetivo "imundo",(Mt 12.43; Lc 4.36; At 8.7), é usado pelo menos uma vez para os anjos de Deus, como sendo "espíritos administradores" (Hb 1. 14). Alguns estudiosos têm sugerido que "espíritos" também se refere a anjos em outras passagens onde a palavra pneumata aparece, como por exemplo, 1 Co 14.12. Neste versículo o apóstolo Paulo aprova e incentiva o desejo dos membros da igreja por pneumata, expressão quase que universalmente traduzida como "dons espirituais", devido ao contexto. Paulo, na verdade, não se refere a dons espirituais, mas aos anjos que estavam presentes aos cultos (1 Co 11. 10). Sua tese é que existe uma relação estreita entre as manifestações sobrenaturais que estavam acontecendo na igreja de Corinto e o ministério angélico. Tais manifestações, ou parte delas, não eram produzidas pelo Espírito Santo, e nem também por espíritos malignos, mas por estes espíritos bons. Outras passagens onde "espíritos" significa "anjos", segundo Ellis, são 1 Co 14.32; 1 Jo 4.1-3; Ap 22.6.1(1). Embora esta sugestão seja interessante e provocativa, fica difícil ver como "espíritos" produtores de dons espirituais se encaixam no contexto de 1 Co 14.12 e no ensino de Paulo de que os dons são dados pelo Espírito Santo. 0 uso de pneumata em 1 Co 14.12 (bem como nas demais passagens mencionadas acima) pode ser explicado á luz de 1 Co 12.7, onde Paulo afirma que há diferentes manifestações do Espírito Santo. Ou seja, o mesmo Espírito manifesta-se de formas diferentes através de pessoas diferentes. Paulo refere-se a estas manifestações como "espíritos". Elas equivalem aos dons espirituais. E difícil admitir que Paulo aprovaria um desejo dos crentes de Corinto de buscar estas entidades celestiais.  Anjos através dos livros do Novo Testamento A presença e a atividade de anjos registradas nos evangelhos sinópticos (Mateus, Marcos e Lucas) indicam invariavelmente a intervenção direta de Deus. Como mensageiros fiéis de Deus, que têm acesso a presença divina (Lc 1. 19; 12.8; Mt 10.32; Lc 15.10), a visita ou a intervenção de um deles equivale a uma manifestação divina. A encarnação e o nascimento de Jesus foram marcados pela presença de anjos, indicando a participação direta de Deus no nascimento do Messias (Mt 1.20; 2.13,19; Lc 1 . 11; 1.26-38). Embora os evangelhos não registrem quase nenhuma participação direta dos anjos assistindo a Jesus em seu ministério (o que poderia ter ocorrido, se Jesus quisesse, Mt 26.52), os anjos acompanharam o Senhor e se rejubilaram a medida em que pecadores se arrependiam (Lc 15.10). As poucas vezes em que se manifestaram visivelmente tinham como propósito demonstrar que Ele era amado e aprovado por Deus (Mt 4.11; Lc 2143). Os anjos ainda participaram da sua ressurreição, da anunciação ás mulheres, e da anunciação aos discípulos de que Jesus havia de voltar (Mt 28.2-5; At 1.9-11). E o próprio Jesus também mencionou varias vezes que os anjos participariam) da sua segunda vinda e do Juízo final (Mt 13.4 1; 16.27; 24.3 l). Embora nos evangelhos a atividade dos anjos praticamente se concentre em tomo da pessoa de Jesus, ele mesmo menciona uma atividade deles relacionada aos homens, "cuidado para não desprezarem nenhum destes pequeninos. Eu afirmo que os anjos deles estão sempre na presença do meu Pai que está no céu" (Mt 18. 10, ). Aqui Jesus fala do cuidado vigilante de Deus pelos "pequeninos ‘, através dos anjos. A quem Jesus se refere por pequeninos" tem sido debatido pelos estudiosos, já que o termo pode ser tomado literalmente (crianças) ou figuradamente (os discípulos). Talvez a última possibilidade deva ser a preferida, já que Jesus usa regularmente pequeninos" para se referir aos discípulos, Mt 10.42; 18.6; Mc 9.42; Lc 17.2. Qualquer que seja a interpretação, a passagem não está ensinando que cada crente ou criança tem seu próprio "anjo da guarda", como era crido popularmente entre os judeus na época da igreja primitiva. Fazia parte desta crença que o anjo guardião" poderia tomar a forma do seu protegido ( At 12.15). Jesus está ensinando nesta passagem que Deus envia seus anjos para assistir aos "pequeninos", e que, portanto, nós não devemos desprezar estes "pequeninos". Esse ministério angélico para com os "pequeninos" faz parte do cuidado geral que os anjos desempenham, pelo povo de Deus ( SI 9 1.11; Hb 1. 14; Lc 16.22). A passagem, portanto, não deve ser tomada como suporte á crença popular em "anjos da guarda". E importante notar que o Evangelho de João faz pouquíssimas referências á atividade dos anjos, embora, segundo João, Jesus tenha dito aos seus discípulos, no início do seu ministério, que eles veriam, os anjos subindo e descendo sobre si (Jo 1. 5 1 ). Possivelmente esta passagem não deva ser entendida literalmente no que se refere aos anjos, mas apenas como uma alusão ao sonho de Jacó (Gn 28.12) e ao seu cumprimento na pessoa de Cristo (unindo o céu á terra). No relato de João das boas novas, os anjos só revelam a sua presença ao lado da sepultura de Jesus (Jo 20.12)(2). Não há menção de anjos cm Tiago, e nem nas três cartas de João. Pedro menciona apenas que os anjos anelam compreender os mistérios do Evangelho (1Pe 1. 12), e que estão subordinados a Cristo (3,22). Em Judas encontramos mais uma referência enigmática aos anjos, desta feita cm relação ao confronto do arcanjo Miguel com Satanás, em disputa pelo corpo de Moisés (Jd 9). Esse incidente não é narrado no Antigo Testamento, mas aparece num livro apócrifo que era bastante popular entre os judeus chamado A Ascensão de Moisés. Neste livro o autor narra que, após a morte de Moisés, sozinho no monte, Deus encarregou o arcanjo Miguel de dar-lhe sepultura. 0 diabo veio disputar o corpo, alegando que Moisés era um assassino (havia matado o egípcio), e que, portanto, seu corpo lhe pertencia. De acordo com a Ascensão, Miguel limitou-se a dizer que o Senhor repreendesse os intentos malignos de Satanás. Embora narrado num livro apócrifo, o incidente deve ter ocorrido, e Deus permitiu que, através de Judas, viesse a alcançar lugar no cânon do Novo Testamento. A carta aos Hebreus menciona os anjos nada menos que 13 vezes, 11 das quais nos dois primeiros capítulos, onde o autor procura estabelecer a superioridade de Cristo sobre os anjos (Hb 1.4-7,13; 2.2,15,16). A razão para esta abordagem foi possivelmente a exaltação dos anjos por parte de muitos judeus no século I. 0 autor, escrevendo a judeus cristãos sentiu a necessidade de diferenciar a mensagem do evangelho trazida por Cristo, e as muitas mensagens e mensageiros angelicais que infestavam a crendice popular judaica no século I. E no livro de Apocalipse que temos a maior concentração no Novo Testamento do ensino sobre anjos. É o livro do Novo Testamento que mais emprega a palavra aggelos (67 vezes). Aqui os anjos aparecem como agentes celestes que executam os propósitos de Deus no mundo, como proteger os servos de Deus (Ap 7.1-3) e administrar os juízos divinos sobre a humanidade incrédula e impenitente (Ap 8.2; 15.1; 16.1). Apocalipse está cheio das visões que o apóstolo João teve do céu, e os anjos aparecem como habitantes das regiões celestes, ao redor do trono divino, em reverente adoração a Deus e ao Cordeiro (Ap 5.11; 7.11), mediando ao apóstolo João as visões e as instruções divinas (Ap 1.1). Uma questão que tem atraído o interesse dos intérpretes é o sentido da palavra "anjo" em Ap 1.20, "os anjos das sete igrejas" ( Ap 2.1,8,12,18; 3,1,7,14).Alguns acham que João se refere aos pastores das igrejas às quais endereça suas cartas, já que em Malaquias os líderes religiosos são chamados de anjos (MI 2.7). Ou então, aos mensageiros (aggelos) das igrejas que haveriam de levar as cartas às suas comunidades. 0 problema com estas interpretações é que a palavra aggelos em Apocalipse nunca é usada para seres humanos, mas consistentemente para anjos. Por este motivo, outros, como Orígenes no século II, acham que João se refere a anjos reais, já que este é o uso regular que ele faz da palavra no livro. Estes anjos seriam os anjos de guarda de cada igreja a quem João manda uma carta. A dificuldade óbvia com esta interpretação é que as advertências e repreensões das cartas seriam dirigidas a anjos, e não aos membros da igreja. Além do mais, fica claro pelo fim de cada carta que elas foram endereçadas aos membros das igrejas (2.7,11,17 ). Assim, outros estudiosos têm sugerido que "anjos" representam o estado real de cada igreja, o "espírito" da comunidade. Esta idéia, que no deixa de ser curiosa e estranha, tem sido adotada por alguns que defendem que igrejas têm suas próprias entidades espirituais malignas, que se alimentam dos pecados não tratados das mesmas(3). Fica difícil tomar uma decisão. Mas, já que é evidente que os anjos e as igrejas são uma mesma coisa nestas passagens, a " interpretação que talvez traga menos dificuldades é que aggelos (anjos) se refere aos pastores das igrejas.  Anjos em batalha espiritual Outra passagem cm Apocalipse que merece destaque é a que descreve uma batalha no céu entre Miguel e seus anjos, contra o dragão e seus anjos, onde Satanás é derrotado e lançado á terra (Ap 12.7-9). A que evento histórico esta guerra celestial corresponde tem sido bastante discutido. Para alguns, refere-se á queda de Satanás no principio, quando revoltou-se contra Deus e foi expulso dos céus. Para outros, a vitória final de Cristo, ainda por ocorrer no fim dos tempos. 0 contexto, entretanto, parece favorecer outra interpretação, ou seja, que esta derrota de Satanás nas regiões celestiais corresponde à vitória de Cristo, ao morrer e ressuscitar, já que ela aconteceu, "por causa do sangue do cordeiro" (Ap 12. 10; Jo 12.3 1; 16.1 l). À semelhança do Antigo Testamento, o Novo é igualmente reservado em narrar estas pelejas celestiais, e limita-se a registrar dois confrontos do arcanjo Miguel com Satanás (Jd 9; Ap 12.7-9). Não temos condições de saber quais as razões para estes embates entre anjos, e nem quão freqüentemente eles ocorrem no misterioso mundo celestial. Digno de nota é o fato que Miguel, que no Antigo Testamento aparece como guardião de Israel, surge aqui em Ap 12.7-9 como defensor da Igreja, liderando as hostes angélicas contra Satanás e seus demônios, que procuram destruir a obra de Deus. Sua área de ação não e mais o território de Israel, mas o mundo, onde quer que a Igreja esteja. A constatação deste fato deveria moderar a fascinação de muitos hoje pela idéia de espíritos territoriais, maus ou bons, que seriam supostamente responsáveis por determinadas regiões geográficas, e que se embatem em busca da supremacia sobre aqueles locais. É possível que as nações ou outras regiões tenham seus príncipes angélicos, bons ou maus, mas esta idéia não exerce qualquer função ou influência no ensino do Novo Testamento, quanto aos anjos e á sua participação na luta da igreja contra os "principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso" (Ef 6.12). Enquanto que em Daniel os principados e as potestades aparecem relacionados com determinados territórios, no Novo Testamento eles aparecem não mais relacionados com regiões, mas com este mundo tenebroso. 0 conflito regionalizado do Antigo Testamento tomou caráter universal e cósmico com a vitória de Cristo. 0 diabo e seus príncipes malignos são vistos agora como dominadores, não de determinadas regiões geográficas, mas "deste mundo tenebroso". E os anjos agora servem aos servos de Deus, em qualquer região geográfica do planeta, onde se encontrem.  INTELIGENTES E PODEROSOS Embora o assunto seja extenso, vejamos três aspectos da doutrina cristã sobre anjos, que responde à pergunta central sobre estes seres. Por que existem os anjos? 1. Os anjos são seres espirituais. 2. Têm atividades definidas pelo próprio Deus. 3. Protegem os filhos de Deus. Os anjos têm personalidade e inteligência. "Ele fez isso para resolver este caso. O senhor é sábio como um anjo de Deus e sabe tudo o que acontece". (2 Sm 14.20. Têm também direito de escolha e sentimentos, e isso fica claro quando se refere a Satanás, um anjo rebelado. "Você ficou ocupado, comprando e vendendo, e isso o levou à violência e ao pecado. Por isso, anjo protetor, eu o humilhei e expulsei do monte de Deus, do meio das pedras brilhantes. Você ficou orgulhoso por causa da sua beleza, e a sua fama o fez perder o juízo".( Ez 28.16-17). E o próprio Jesus fala da alegria dos anjos. "Pois digo que assim também os anjos de Deus se alegrarão por causa de uma pessoa de má fama que se arrepende".( Lc 15.10). A primeira conclusão é de que são seres espirituais, a serviço de Deus, para ajudar aqueles que serão salvos. Geralmente aparecem como adultos, têm capacidades especiais, memória, uma inteligência aguçada e sentimentos. De certa forma, não são muito diferentes de nós. Esses seres ministradores têm atividades específicas. Adoram e servem a Deus. "Louvem ao Deus eterno todos os anjos do céu, que o adoram e fazem a sua vontade". (Sl 103.21). Participarão do juízo divino, conforme explica o apóstolo Paulo: "Porque Deus fará o que é justo. Ele trará sofrimento sobre aqueles que fazem vocês sofrerem e dará descanso a vocês e também a nós que sofremos. Ele fará isso quando o Senhor Jesus vier do céu e aparecer junto com seus anjos poderosos". 2 Ts 1.6-8. Eles trazem importantes notícias, instruem e guiam os filhos de Deus. Segundo o escritor da carta aos Hebreus, os mandamentos foram entregues a Moisés por anjos. "Por isso devemos prestar mais atenção nas verdades que temos ouvido, para não nos desviarmos delas. Ficou provado que a mensagem que foi dada pelos anjos é verdadeira, e aqueles que não a seguiram nem lhe obedeceram receberam o castigo que mereceram". Hebreus 2.2. Ao contrário do que a vulgarização sobre angelologia prega, eles não estão debaixo da nossa vontade. Mas agem de acordo com a justiça de Deus nos julgamentos divinos. Participaram dos juízos de Sodoma e Gomorra, do Egito opressor, da destruição do exército de faraó na travessia do Mar Vermelho e em muitos outros eventos. E estarão com Cristo por ocasião do grande julgamento final.  MISSÃO ESPECIAL E por fim, protegem e cuidam dos filhos de Deus. "O anjo do Deus Eterno fica em volta daqueles que O temem e os livra do perigo". Salmo 34.7. Dessa maneira, uma de suas principais tarefas, é acompanhar os filhos de Deus, em todos os momentos de suas vidas, mas especialmente naqueles de dificuldades. Não damos ordens aos anjos, já que eles são ministros de Deus, agentes secretos do Criador para proteção e guarda de seus filhos. Diante das modas místicas, todos aqueles que se aproximam de Deus devem se lembrar do que diz Paulo, o apóstolo: "Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, um homem, Cristo Jesus, que se deu em resgate por todos". 1Timóteo 2.5.  ESPÍRITOS... Aprendemos com a Bíblia que são superiores ao ser humano em inteligência, em vontade e em poder (11). Têm personalidade e responsabilidade moral como nós o temos. No entanto, apesar de sua inteligência ser sobre-humana, é limitada. Ou seja, não são oniscientes (só Deus o é), não conhecem o futuro (isso pertence a Deus), não conhecem os segredos de Deus (12). Por causa da vontade livre deles, alguns anjos pecaram, e a Bíblia faz referência a essa Queda de um grupo de anjos (13). O poder dos anjos que é delegado nos supera em muito conforme tantos testemunhos na Escritura Sagrada (14). Isso quer dizer, então, que os anjos têm todos os elementos essenciais da personalidade, e além dos acima mencionados, possuem sensibilidade, emoções, e são capazes de adorar a Deus com inteligência (Sl 148.2). E porque o Deus Vivo e Verdadeiro é Deus de ordem e não de confusão(15), os anjos estão organizados em uma hierarquia. E, realmente, amado, quando fazemos o estudo dos anjos, distinguimos três etapas. Primeiramente, o que fala a Bíblia até o Exílio na Babilônia; em seguida, do Exílio ao Novo Testamento, quando veio Jesus e ministrou entre nós; e, por último, o Novo Testamento. É interessante que do início da História Sagrada até o Exílio (c. 527 a.C.), observamos que não há uma angelologia elaborada. O que temos são narrativas, bem lineares, até. E há uma presença marcante: a de uma figura chamada "o Anjo do Senhor". Vemos no Gênesis, em Êxodo e outros dessa primeira fase, a sua presença ostensiva e marcante. Do Exílio em diante, a crença, a princípio simples, vai tomar um desenvolvimento muito especial. Existe inclusive o surgimento de toda uma literatura chamada pelos estudiosos do assunto de intertestamentária, que surgiu entre o último profeta da Antiga Aliança (Malaquias) e o primeiro da Nova Aliança (João, o Batista). Não são anos de tanto silêncio, como geralmente se ensina. Há uma literatura denominada intertestamentária, como já destacado, notadamente encontramos literatura dessa época nos livros de Daniel e Zacarias, livros que mencionam a presença de anjos. O Novo Testamento, por sua vez, reflete os principais ensinos do Antigo Testamento, e categorias e conceitos da literatura intertestamentária. Anjos são organizados como um exército. Interessante e bonito isso! No topo estão os arcanjos, anjos comandantes, chefes(16). Menciona em seguida tronos, dominações, principados, potestades, virtudes, que sejam designações hierárquicas dos anjos numa elaboração de um esquema bem organizado (cf. Cl 1.16; Rm 8.38; Ef 1.21). Paulo, em Efésios 6, coloca essas categorias ou hierarquias no exército do Maligno também (17). Existe o exército de Deus, mas o Maligno tem igualmente o seu com os mesmos princípios: um arcanjo, que é Lúcifer, encontrando-se, do mesmo modo, principados, potestades, dominações. Paulo, mesmo, declara que Jesus Cristo já desarmou e venceu essas forças da malignidade: "e havendo riscado o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz; e, tendo despojado os principados e potestades, os exibiu publicamente e deles triunfou na mesma cruz" (Cl 2.14,15). E os serafins? A palavra serafim é interessante porque em hebraico o verbo saraph significa "arder, pegar fogo, queimar". O serafim é "aquele que queima"; o que queima purifica: é, então, "aquele que purifica". São guardiães, também, da santidade do Eterno lembrando o fogo e sua obra de purificação. E, realmente, só aparecem os serafins uma vez em Isaías 6, na visão do profeta, com seis asas. A propósito, anjo tem asas? Não; a figura das asas em anjos é para mostrar graficamente a presteza, a velocidade com que executam as ordens de Deus. No entanto, não vamos encontrar os mensageiros de Deus com asas em Sodoma, ou guiando Agar no deserto, ou o povo de Deus na peregrinação no deserto. A única menção é a dos serafins, e outra no Apocalipse a respeito de anjos alados(24). E o arcanjo? Na Bíblia só aparece o nome de um que é Miguel(25). E tem ele sempre papel combativo. Quem é Miguel? Qual a diferença de Miguel para Gabriel? Miguel é aquele que está relacionado a missões guerreiras; é quem comanda as batalhas do Senhor. Então, sempre que lerem ou ouvirem o nome Miguel, lembrem-se que é ele o anjo guerreiro por excelência(26). É o mensageiro da lei e do julgamento(27), e seu próprio nome que é, aliás, uma pergunta retórica, é um grito de batalha e significa "QUEM É COMO DEUS?"e tem como resposta: "Ninguém!" Quem pode ser como Deus? A resposta só pode ser uma: "Ninguém!" É isso o que Miguel, que sempre aponta para Deus, nos está lembrando! E Gabriel? Agora é diferente. Se Miguel é o anjo guerreiro por excelência, Gabriel é o que está relacionado com missões de paz. É o contrário: Gabriel é o mensageiro das boas notícias, é o mensageiro dos mensageiro, o mensageiro da promessa de Deus, é o anjo da revelação, é quem explica mistérios a respeito de futuros acontecimentos, até políticos(28). É mencionado quatro vezes na Bíblia, e sempre como mensageiro: Daniel 8.16; 9.21, e novamente no Evangelho de Lucas, capítulo 1 notificando a Isabel e a Maria, sobretudo, que ela vai ser a mãe do Salvador(29). Gabriel é um nome muito sugestivo e significa "Herói de Deus", "Valente de Deus", "Campeão de Deus".  NO FUTURO Há um futuro papel dos anjos. Está em Mateus 24. Diz que "Quando o Senhor vier, Ele mandará Seus anjos para reunir os Seus eleitos de todos os quadrantes do mundo". Onde houver um crente em Jesus Cristo, o anjo vai lá e o trás no momento do grande Arrebatamento. Quando isso acontecer, a palavra de Jesus ensina que são os anjos que virão nos buscar. Há valores teológicos inigualáveis nas declarações bíblicas sobre os anjos. Podemos também extrair preciosas lições: 1. A Bíblia declara que ao lado do mundo que nós vemos Deus criou outro mundo de espíritos invisíveis, de seres puros que O servem. A Deus e a nós também. No Salmo 103.20 está dito, "Bendizei ao Senhor, anjos seus, magníficos em poder, que cumpris as suas ordens, que obedeceis à sua voz"(44). 2. Deus não perdoa a rebeldia. Que é desobediência, orgulho, e atentado à ordem dos Seus planos (45). Por esse motivo, Deus não perdoou os anjos que se rebelaram, os quais foram condenados à eterna separação Dele. Deus não perdoa a nossa rebeldia também, a nossa insensatez, e a nossa desobediência. E a Bíblia declara que "O salário do pecado é a morte"(46). 3. O ministério dos anjos na Bíblia é doutrina importante, doutrina essencial para que entendamos a providência de Deus e a direção soberana da Sua criação. Nós sabemos que a intervenção guiadora dos anjos na dispensação da Lei é substituída pela direção do Espírito Santo na dispensação do Novo Testamento. O Senhor não autoriza o culto aos anjos. E a idéia de anjos medianeiros também é um absurdo porque eles usurpam o lugar de Jesus Cristo. 4. Os anjos são poderosos, mas não são Deus; são poderosos, mas não são a Trindade; são poderosos, mas não são o Espírito Santo; têm poder, mas não são Jesus Cristo, não são mediadores, não têm o atributos de Deus, não possuem qualquer capacidade de regenerar o ser humano. O estudo dos anjos nos enche com uma nova visão e assombro pela grandeza de Deus. Especialmente quando pensamos que os anjos, poderosos como são, adorando a Deus, cumprindo a Sua vontade, são um exemplo para nós. Isso nos dá agora um senso de humildade diante de Deus e de gratidão porque os anjos estão ao nosso redor. 5. Os anjos apontam para a nossa dignidade no futuro porque nós seremos iguais aos anjos de Deus, a Bíblia diz. 6. Tudo isso nos encoraja e estimula a servir a Deus com a totalidade do nosso ser. 7. Os anjos se alegram quando alguém se volta para Cristo. A palavra de Deus acerca disso nos ensina em Lucas 15.10, "Há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende". Os anjos não estão apenas presentes na Bíblia, eles estão presentes em muitos textos! Nas páginas da revelação eterna de Deus, as Escrituras, não apenas descreve o que eles têm feito, mas também o que eles fazem no nosso dia–a-dia, o que fizeram no passado e demonstra a força destes servos e guerreiros invisíveis. "Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?" (Hb.1.14). A reposta da Bíblia é sim, e isto significa que o seu ministério aplica-se a nós - hoje. Que Deus nos auxilie a compreender e viver a reverência, a submissão e o serviço que os anjos desempenham para que, deste modo, o que Jesus expressou na Oração do Senhor seja pura realidade: "Seja feita a tua vontade assim na terra como no céu!" Que Deus nos abençoe, amém!

Aprendendo a vencer as adversidades com Neemias

Por: Jânio Santos de Oliveira Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ seminarionainternetdoprofjanio.blogspot.com.br Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor! Nós vamos meditar na Palavra de Deus nesta oportunidade em Ne 4.9 A obra de Deus sempre enfrentará oposição, pois não são poucos os que a confundem com obra de homens. No estudo desta semana veremos a respeito de como os cristãos devem responder às ameaças daqueles que desejam o fracasso do trabalho. Neste estudo aprenderemos a identificar os inimigos e as suas estratégias, em seguida, destacaremos a necessidade de confiança em Deus diante das afrontas do inimigo Finalmente faremos as aplicações e as lições práticas para cada um de nós os obreiros do Senhor. Neemias foi um líder intrépido, que sacrificou a vida sossegada que levava no palácio, onde era copeiro do rei na Pérsia, Artaxerxes, para servir a um povo aflito e desencorajado, como governador da Judéia, Ne 1: 11 e 2. Cem anos eram passados, depois que os judeus regressaram do cativeiro (444 a.C.), e quase nada havia sido feito entre eles, a não ser a reconstrução do templo. Foi um período de estagnação e de grande aflição, pois os povos inimigos ao redor não permitiam que o povo de Deus prosperasse. Não faltaram motivos para que esse servo de Deus viesse a fracassar ou desanimar com o ministério que Deus lhe havia confiado, ou seja, revitalizar a cidade de Jerusalém que estava totalmente destruída, 2: 13 a 17. No entanto, mesmo diante dos obstáculos foi capaz e muito perseverante em seu objetivo, buscando forças no Senhor para começar e terminar a tarefa de reconstrução da cidade. Da mesma forma, o pastorado pode muito bem ser comparado ao seu trabalho, pois o dia-a-dia de um pastor é desafiador e muito desgastante. Assim como Neemias, o pastor enfrenta todo tipo de oposição. Coragem, determinação, comprometimento, motivação, amor à obra de Deus e outras qualidades foram muito importantes para o sucesso ministerial de Neemias. I. COMPROMISSO COM DEUS Neemias recebe a notícia de que os que restaram do cativeiro estavam em grande miséria e desprezo, o muro de Jerusalém destruído e as portas queimadas a fogo. Este fato lhe causou grande tristeza, o que levou Neemias a buscar a vontade de Deus, por meio da oração e jejum, 1: 3 e 4. Com isso, sentiu-se parte do povo e decidiu, voluntariamente, com autorização do rei Atarxerxes, que se comoveu com a sua tristeza, assumir o compromisso de reconstruir a cidade: “... peço-te me envies a Judá, a cidade dos sepulcros de meus pais, para que a eu a edifique”, 2: 5. É muito edificante percebemos, nos capítulos que se seguem, a disposição e dedicação desse homem de Deus. Ninguém lhe pediu para tomar para si a responsabilidade de reconstruir a cidade. Foi uma decisão que partiu dele. O compromisso de fazer a obra de Deus foi uma das grandes motivações de seu triunfo ministerial. Aqui está uma lição muito relevante: o ministério ou pastorado bem-sucedido será sempre marcado por um verdadeiro espírito de desprendimento em favor da obra de Deus. II. CORAGEM NA ADVERSIDADE Neemias recebe carta do rei autorizando-o a conhecer “in loco” a situação de calamidade do seu povo, 2: 7. Chegando a Jerusalém e permanecendo na cidade por três dias, ele percebe, depois de andar pelas ruas de Jerusalém, à noite, que tudo que tinha ouvido falar era verdade. A cidade estava totalmente assolada e era grande a miséria, 2: 17. Restava-lhe apenas enfrentar o desafio de revitalizar a cidade, ou seja, realizar o projeto de reestruturação de Jerusalém dado por Deus: “... o que o meu Deus me pôs no coração para fazer em Jerusalém”, v. 12. Sem dúvida, ele estava esperando somente em Deus. Depois de fazer uma criteriosa inspeção dos danos causados pelos samaritanos e calcular as despesas do projeto de reconstrução, apela ao povo (judeus) e recebe apoio total para reedificar o muro e deixar o jugo do inimigo: “... levantemo-nos e edifiquemos. E esforçaram as suas mãos para o bem”, 2: 17 e 18. No entanto, não sabiam eles que a oposição seria grande a partir desse momento. Não faltaram críticas e zombarias à atitude desse servo de Deus: “Que é que fazeis?”, 2: 19. Percebe-se, a partir do capítulo 3, que Neemias não se intimidou nos momentos de adversidade: “Que fazem estes fracos judeus”, 4: 2. Ele rompeu com o medo e foi corajoso, ainda que o inimigo ameaçasse frustrar seus objetivos, cap. 4. O povo de Deus não se intimidou diante das afrontas. “Não os temais. Lembrai-vos do Senhor, grande e terrível, e pelejai...”, 4: 14. Coragem frente às críticas, às afrontas e insultos foi a receita para o triunfo do povo de Deus. Também em nossos dias precisamos nos valer dessa prerrogativa para vencer os desafios do ministério. III. CONSOLIDAÇÃO DA MISSÃO O desafio traz sempre a necessidade de sonhar ou de acreditar que há uma saída diante das dificuldades. Quando Neemias soube que os muros de Jerusalém estavam fendidos e as portas queimadas, acreditou que a história do seu povo poderia ser mudada com a sua participação. Foi aí que ele decidiu reedificar tudo. Reconstruir era o grande desafio. Apesar dos que se opunham nada impediu o avanço e conclusão da obra de Deus. O capítulo 6 diz que os inimigos conspiram e intimidam o povo de Deus e usam até de suborno para atemorizar Neemias, v. 13. Mas ele era um líder determinado e estava convicto de sua missão. É assim que precisamos ser, pois estamos fazendo uma grande obra e não podemos parar ou recuar. Neemias começou e terminou o projeto de revitalização da cidade. Tudo aconteceu em apenas cinquenta e dois dias. Todos os inimigos temeram e abateram-se muito em seus próprios olhos, porque reconheceram que a obra era de Deus e não de Neemias (dos homens), 6: 15 e 16. É muito importante começar e acabar o projeto (missão) que Deus nos confiou. Não podemos deixar nossos sonhos morrerem. Concluir o projeto ou plano que começamos a fazer é fator determinante no pastorado. Por isso, siga em frente e seja um Neemias nas mãos de Deus, um obreiro comprometido com o reino, que rompa com o medo em meio às dificuldades. Persevere na vontade de Deus. IV. OPOSIÇÃO À OBRA DE DEUS Existem muitos inimigos da obra de Deus, e não é fácil responder às ameaças dos adversários. A fim de paralisar o serviço, os opositores se unem como fizeram Sambalá (norte), Tobias (leste) e Gesém (Ne 2.19). No capítulo 4 de Neemias, outros inimigos são apresentados: os arábios (sul), os amonitas e os asdoditas (Ne 4.7). Uma das razões pelas quais os inimigos não querem o progresso da obra de Deus é a inveja. Eles não medem esforços para atingir aqueles que trabalham para o Senhor. Sambalá, o líder dos adversários, ajunta o seu exército, incitando o povo contra o povo de Deus (Ne. 4.2). A estratégia do inimigo é a ridicularização, ele escarnece a fim de afetar a autoestima dos obreiros, chamando-os de fracos (Ne. 4.3). O inimigo não quer que acreditemos no potencial de Deus em nós para fazer o trabalho. Se deixarmos de crer que Deus está conosco, e que nos capacitará para a obra, o inimigo terá êxito e vencerá a batalha, pois aquele que pensa que é incapaz já perdeu a luta. Para tanto, os inimigos tentaram se infiltrar no meio do povo de Deus a fim de causarem confusão (Ne 4.8). Essa estratégia do inimigo visa desintegrar a identidade, não por acaso, muitos movimentos que nada têm de doutrina bíblica se apresentam como "pregadores", a fim de fazer com que as pessoas deixem de identificar os que servem verdadeiramente a Deus dos que servem apenas a eles mesmos. Eles também atacam frontalmente os obreiros do Senhor, usam todos os recursos possíveis, para, se possível, destruir o povo de Deus. A mídia, nos dias atuais, tem desempenhado esse papel, os inimigos a utilizam em larga escala para denegrir a imagem dos cristãos. Os pseudocrístãos também contribuem para a descaracterização daqueles que seguem o evangelho de Cristo. V. A CONFIANÇA NO DEUS DA OBRA Mas essa não é obra de homens, mas de Deus, pois Ele mesmo nos comissionou para que a desempenhássemos ( Mc 16.15; Mt. 28.19,20). Por essa razão, devemos, a todo instante, confiar em Sua Palavra, e demonstrarmos nossa confiança nEle através da oração. Neemias ora a Deus, pois o servo do Senhor está consciente de a quem está servindo (Ne 4.4-9). A oração de Neemias é urgente, ele não deixa para depois, sabe do perigo e do risco que a obra corre, por isso, lança-se aos pés do Senhor. É também uma oração franca, pois ele abre o seu coração, destacando como o povo, e ele mesmo, se sente diante da ridicularização dos inimigos. As palavras de Neemias na oração são fervorosas, ele demonstra paixão pelo Deus a quem serve. Mas não apenas Neemias orou, todos os obreiros foram conduzidos à oração, e diante da afronta do inimigo, eles oraram e também se prepararam para o caso de precisarem entrar em peleja (Ne. 4.9). A oração continua sendo uma demonstração de confiança em Deus nos dias modernos. Estamos diante de uma geração que esqueceu o real valor da oração, as facilidades tecnológicas e científicas instigam à autoconfiança. Muitos cristãos praticamente deixaram de buscar ao Senhor em oração, preferem tão somente agir, mas é preciso orar antes, durante e depois da ação, em todo tempo e lugar (Mt. 26.41; Ef. 6.18; I Ts. 5.17; I Tm. 2.8). A oração e a leitura da Bíblia resultam em coragem e disposição para enfrentar os boatos espalhados pelos inimigos (Ne 4.12), aqueles que confiam em Deus e se dispõem a orar não se deixam tomar pelo desânimo causado pelos opositores (Ne. 4.10). As palavras de encorajamento do líder também fazem toda a diferença, Neemias disse ao povo que não temesse, que se lembrasse do Senhor e que lutasse pelas suas famílias. Os cristãos estão envolvidos em uma batalha espiritual, mas nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas contra as potestades do ar. As armas das nossas milícias são poderosas em Deus para a destruição das fortalezas do Inimigo (2 Co 10.4). Portanto, façamos uso de toda a armadura de Deus, para que possamos está firmes contra as ciladas do Diabo (Ef. 6.10,11). VI. DESENVOLVENDO A OBRA DO SENHOR Ao invés de dar ouvidos às palavras do inimigo, devemos nos voltar para o Senhor, e fazer a parte que nos compete na obra (Ne 4.15). Se ficarmos paralisados, refletindo sobre as afrontas do inimigo, não conseguiremos progredir, por isso, mantenhamos as mãos ocupadas, trabalhando para o Senhor, e em constante vigilância, com os olhos bem abertos (Ne 4.16-18). Os ouvidos também devam está atentos ao caso de algum chamado urgente, isso aponta para a necessidade de identificar os diferentes toques do inimigo, principalmente a liderança deve ser capaz de reconhecer a voz do adversário, para não se deixar levar pelas suas estratégias (Ne. 4.18; Cl. 2.4,8). Em resposta à fragmentação que o inimigo tenta impor ao povo de Deus, devemos permanecer juntos uns dos outros, em unidade (Ne. 4.19; At. 2.47,48). O convívio da igreja é um antídoto contra o individualismo que campeia na sociedade moderna. As pessoas estão cada vez mais isoladas, mesmo as igrejas não estão imunes a essa realidade. As grandes igrejas padecem desse mal, pois os membros não conseguem construir relacionamentos, apenas contatos esporádicos. O envolvimento social, desenvolvido por Neemias no capítulo 5, é uma demonstração de integração do povo de Deus e de compromisso com as questões sociais. Não podemos nos deixar controlar pelo capitalismo selvagem que objetifica as pessoas, sacrificando-as ao deus mercado. Na crise os ricos se aproveitam para tirar vantagem e explorarem os mais pobres (Ne. 5.5). A solidariedade, ao invés da ganância, deva ser a moeda mais forte, a situação dos que passam por privação precisa ser uma preocupação constante (Ne 5.1,2). As pessoas endividadas devam ter a oportunidade de saírem de tal condição, caso contrário estará para sempre debaixo do jugo da opressão, em desequilíbrio tanto moral quanto espiritual (Ne. 5.3). Os impostos devam ser usados para investir nas necessidades básicas da sociedade, não para o enriquecimento ilícito de uma minoria (Ne 5.4). A liderança cristã deva ter cuidado para não se tornar presa e serem cúmplice de esquemas corruptos que defraudam o dinheiro dos pobres (Ne. 5.15,16). O interesse pelo desenvolvimento do público sobre o privado é uma das principais marcas do líder compromissado com Deus (Ne. 5.14, 18), seu objetivo maior não é o de tirar vantagem, muito menos de viver em ostentação, mas o de permanecer íntegro e ver o bem de todos (Ne. 5.14). VII. Tire as limitações Deus jamais o limitará no recebimento de tudo o que Ele tem para você. A verdade é que você é quem O limita em sua vida! Deixe-me perguntar-lhe: Quantas coisas grandes você pode sonhar em realizar para Deus? Quanto pode crer nEle para isso? A sua resposta determinará sua atitude espiritual ou a altura que você atingirá, na vida, com Cristo. O limite é seu, não de Deus. Estude a Palavra e descubra que Deus não coloca limite algum sobre você. O Senhor diz: "Nada vos será impossível" (Mt 17:20c). Ele diz: "Tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis". (MC 11:24b) Compete a você determinar até que altura voará na vida. Então, tire as limitações e fixe os olhos nas alturas, em Deus. ]Aprenda uma lição com a águia: construa a sua casa espiritual no fundamento certo – na Palavra – e a construa solidamente, de maneira a resistir às provas. Então, não tenha medo de dar um passo de fé e experimentar suas asas espirituais. É algo que você mesmo tem de fazer. Você precisa aprender a crer em Deus e considerá-Lo na Sua Palavra. Se assim o fizer, logo se encontrará voando sobre o abismo das impossibilidades com nada por baixo dos seus pés, a não ser a Palavra de Deus. E você alcançará alturas maiores do que as que jamais imaginou que pudesse atingir! VIII. Enfrentando a tempestade face a face Você não deve temer as circunstâncias da vida ou as situações desafiadoras em que se possa encontrar. Você tem de sentir-se em paz, porque a Bíblia diz que não existe medo naquele cuja mente está em Cristo Jesus (Is 26:3). Compete a você saber como reagir às tempestades que surgem em seu caminho. É decisão sua fugir apavorado ou não, ou começar a esfregar as suas mãos e dizer: "Oh, meu Senhor! Por que está acontecendo isso comigo?" Isso já aconteceu com todos nós em alguma ocasião. Escondemo-nos face a um problema e esfregamos as nossas mãos perguntando-nos: "O que farei agora?" Mas, graças a Deus, aqueles dias se foram! Não precisamos mais fugir do inimigo, apavorados. Podemos levantar-nos vitoriosos! No Reino espiritual, onde Deus deseja que habitemos, nós nos ergueremos com toda nossa força. Deus não deseja que o inimigo leve vantagem sobre o Seu povo. Considere como a águia reage à tempestade. É certo que existe turbulência na tempestade, assim como o risco de destruição. Há ainda a possibilidade de devastação total. Mas, por causa da sua força e habilidade no vôo, a águia impede que a tempestade a destrua! Sem dúvida, a águia sabe o que fazer no meio de uma tempestade. Ela tem a noção exata de quando virar-se e quando subir e cair com as correntes de vento. Assim, mesmo que ela enfrente uma força que a poderia destruir totalmente, ela não fica paralisada diante do que a tempestade possa causar-lhe. Por quê? Porque confia, tendo a consciência do que ela pode fazer. Amigo, não devemos ser tão ignorantes pensando que o perigo potencial não existe, quando enfrentamos as tribulações. Certamente, precisamos compreender que o inimigo é uma força que nos pode destruir se permitirmos. Entretanto, a partir do momento que sabemos o que a Palavra de Deus tem a ensinar-nos, podemos segui-La para saber exatamente de que jeito devemos mover-nos e qual direção tomar. Então, nas tempestades da vida, temos de agir confiantes, como a águia o faz em uma tempestade natural! Quando você exercita a sua fé e confia em Deus para alguma questão, a resposta nem sempre vem instantaneamente. Assim, freqüentemente, o inimigo virá e tentará, ao máximo, fazê-lo desistir e desencorajá-lo de permanecer na Palavra. Em tais situações, acontecerá com você uma das duas coisas: ficará desencorajado, deprimido e perderá a sua vitória, ou permanecerá firme, encarará a tempestade e exclamará: "Eu creio em Deus"! IX. As lições para nós os obreiros 1. Durante muito tempo o príncipe deste mundo operou contra a igreja com perseguições, mortes, torturas, mais essa tática somente aumentava a fé e a coragem dos Cristãos. Muitos enquanto eram queimados vivo, mais alto se podia ouvir os louvores que glorificavam a DEUS....Este foi o cenário durante séculos, mas hoje em dia o inimigo de nossas almas está usando uma tática diferente, chama-se “Frieza Espiritual”. E essa frieza tem varias causas. O diabo tem destruído os muros de proteção da Igreja, e tem levado ou mantido cativo o povo de Deus . Hoje vemos muitos púlpitos sendo usados para interesse próprio, para que homens possam conquistar um espaço na sociedade, e deixando de lado a essência verdadeira da Palavra de Deus. Formando assim crentes fracos, e uma Igreja vulnerável, ao invés do mais sólido alicerce que é Jesus, estão se apoiando em teologias e filosofias mil. Mas graças a DEUS, que tem nos mostrado um caminho de excelência, fundamentados na Pedra Principal. 2. Precisamos juntos, como povo de Deus reconstruir os muros da IGREJA. Isso começa com Disposição Voluntária... Temos que encarar a realidade em que vivemos hoje com as bases e os muros da igreja destruídos, se diabo se aproveita de pequenas brechas, imagine só com os muros caídos... Temos que colocar tijolos certos do conhecimento da Palavra de Deus, Amor, União, Responsabilidade, Evangelismo, Discipulado, Serviço, e Contribuição, Adoração. 3. Os personagens de Sambalate e Tobias representam o diabo e seus demônios que zombam de nós, querendo nos amedrontar, e nos acusando a todo o tempo, nos fazendo desanimar utilizando de opressões, medo, usando de falsos profetas, usando de infiltrações de pessoas impuras que não querem um compromisso sério com Deus. (Ne. 2:10 e 4:1), mas quando o inimigo se levantar temos que dizer como Neemias (Ne. 2:20): Então lhes respondi: O Deus do céu é que nos fará prosperar; e nós, seus servos, nos levantaremos e edificaremos: mas vós não tendes parte, nem direito, nem memorial em Jerusalém. 4. Os trabalhadores se revezavam na guarda de seus irmãos. Eles realmente estavam nas brechas uns pelos outros, devemos estar na brecha por nossos irmãos, ajudando em oração e estando juntos em comunhão. Quando o povo edificou metade da altura do muro os inimigos ficaram sobremaneira irados (Ne. 4:6-7), o povo de Deus oravam e colocavam guardas contra eles dia e noite (Ne. 4:9 e 4:13) e assim temos condições de edificarmos a obra de Deus. Um irmão uma vez disse a minha esposa: o seu marido não está em condições físicas de orar, mas você tem que estar na brecha por ele. E assim me ajudou a vencer uma depressão profunda. 5. Temos que lançar a pedra principal (JESUS) como alicerce e base para a nossa Comunidade, para essa nova fase, para esse novo templo, e com disposição trabalharmos, é muito bonito desenvolvermos algo para Deus, Trabalhar para Deus, mas essas coisas não têm valor.. (Jesus disse que nem todos que dizem: Senhor! Senhor!.... entrará no reino dos céus.), Mais o que tem mesmo valor é trabalhar com Cristo, Trabalhar em Cristo, utilizando Ele tanto como base para nossas vidas quanto para o seu próprio corpo que é a Igreja. Os muros da Igreja têm que serem edificados, por nós que somos embaixadores do Reino de Deus. 6. Deus dá a condição e capacidade, mas nós é que temos que colocar a mão na massa, ou melhor nos tijolos e pedras, nas ferramentas, no bolso, temos que ter pessoas intercessoras, pessoas que saibam trabalhar em comunidade. 7. Temos que ser Neemias para reconstruirmos as bases da Igreja Primitiva, que foi destruída por longo do tempo. E também para construirmos um novo templo..... E quando terminarmos, (Ne. 6:16 ). Quando todos os nossos inimigos souberam disso, todos os povos que havia em redor de nós temeram, e abateram-se muito em seu próprio conceito; pois perceberam que fizemos esta obra com o auxílio do nosso Deus, e também ouvirão (Ne 12:43 - Naquele dia ofereceram grandes sacrifícios, e se alegraram, pois Deus lhes dera motivo de grande alegria; também as mulheres e as crianças se alegraram, de modo que o júbilo de Jerusalém se fez ouvir longe.). Se você está fazendo a obra de Deus não desanime por maior que seja o obstáculo; vença cada um deles pela fé, insistência e perseverança em seguir ao Senhor e na realização da SUA obra para glória do Pai e em nome de Jesus, amém!