sexta-feira, 16 de março de 2012

Um resumo da Teologia Bíblica



Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro
janio-construcaocivil.blogspot.com



1. A PALAVRA E SUAS DEFINIÇÕES:

O termo teologia vem do grego theós deus, e logos, estudo, discurso raciocínio. Assim, essa palavra indica o estudo das coisas relativas a Deus, à sua natureza, obras e relações com os homens.

Uma definição léxica diz: ... um corpo de doutrinas acerca de Deus, incluindo seus atributos e relações com os homens; especialmente, aquele corpo de doutrinas estabelecido por alguma igreja ou grupo religioso em particular.

Essa é uma definição restrita. Mas este vocábulo também é usado em um sentido mais geral: O estudo da religião, que culmina em uma síntese ou filosofia da religião; além disso, uma pesquisa critica da religião, especialmente da religião cristã?.

I. No Grego Clássico: Uma explicação acerca dos deuses e seus atos, lendários e filosóficos.

II. No Cristianismo Patrístico: Temos ai, essencialmente, uma teologia bíblica, incluindo aquilo que a Bíblia diz sobre Deus e seus atos. Mas vários dos pais da Igreja adicionaram algum material oriundo dos melhores aspectos da filosofia grega, conforme se vê nos escritos de Platão, de tal modo que até termos platônicos foram usados para exprimir noções cristãs e bíblicas.

III. Teologia Bíblica: A teologia depende tanto aí da Bíblia que essa expressão, em muitos círculos, acabou significando as próprias escrituras.

IV. Como Unificação do Conhecimento. Os chamados pais da Igreja, e então os teólogos da Idade Média enfatizaram a unidade da verdade e do conhecimento, dando a entender que todos os assuntos de estudo, incluindo as ciências, são ramos da teologia, visto que todas essas disciplinas de algum modo falam sobre os atos e as manifestações de Deus.

Em tudo descobriríamos a mente de Deus, tanto na matemática quanto na biologia, como em qualquer outra matéria de estudo. É na Palavra de Deus que achamos respostas sobre o início da vida humana, animal e vegetal como também sobre o vastíssimo universo.

Cremos que Deus é sublime e com seus atributos os quais chamados incomunicáveis (Onisciência, Onipotência e Onipresença) faz tudo segundo o conselho de sua vontade.

 A DOUTRINA CRISTÃ

Doutrina significa ensino ou instrução: São verdades fundamentais da bíblia. Este estudo chama-se Teologia, ou seja, um tratado ou discurso racional acerca de Deus, isto é a ciência que trata do nosso conhecimento sobre Deus e das suas relações para com o homem de ordem divina de uma maneira lógica e ordenada,

CONEXÃO ENTRE TEOLOGIA E RELIGIÃO

* Religião vem do latin “ligare” que é ligar.

- Religião representa as atividades que ligam o homem a Deus, assim religião é a prática.

* Teologia é o conhecimento acerca de Deus.

- Teologia é a maior de todas as ciências, pois estuda Deus e o universo. É a onde o homem encontra sua existência. Religião e a teologia devem coexistir na verdadeira experiência cristã. Muitas das vezes está distanciado, ao ponto que é possível ser teólogo sem ser um verdadeiro cristão religioso, por outro lado a pessoa pode ser religiosa sem ter um conhecimento doutrinário sobre Deus.

* Deus fala ao homem espiritual (2Tm 2:15)

- Deus fala ao teólogo se conheces estas coisas feliz será, se as observas, (Não basta ser religioso tem que ter o conhecimento. Não basta ter o conhecimento tem que haver a prática.)

O VALOR DAS ESCRITURAS

O conhecimento doutrinário supre a necessidade de haver uma declaração autoritária e sistemática sobre a verdade. A doutrina sempre será necessária enquanto os homens perguntarem : de onde vim? Quem sou eu? Para onde eu vou?

1. O conhecimento doutrinário é essencial para o pleno desenvolvimento do caráter cristão. As crenças firmes produzem caráter firme, crenças bem definidas produzem convicções definida. O conhecimento doutrinário é um baluarte contra erros, o cristão que não ler, não estuda as Escrituras ele peca (Mt 22:29; Gl 1:6-9; II Tm4:2-40). Nenhum caminho para a perdição jamais se encheu de tanta gente como o da falsa doutrina. O erro é uma capa da consciência, e uma venda para os olhos.

 O PROPÓSITO DO ESTUDO É POR AS DOUTRINAS EM ORDEM

A Bíblia obedece a um tema central, mais existem muitas verdades relacionadas com o tema principal que se encontra nos diversos livros da bíblia. Para adquirir um conhecimento satisfatório das doutrinas devem se combinar as referências relacionadas ao assunto e organizá-los em tópicos subtópicos.

 CLASSIFICAÇÃO DAS DOUTRINAS

A Teologia tem muitos departamentos.

A. Teologia Exegética – Extrair o verdadeiro significado das Escrituras (um conhecimento original nas quais foram escritas as Escrituras)

B. Teologia Histórica – Traça o desenvolvimento da história, que envolve a história da igreja.

C. Teologia Dogmática – É o estudo das verdades da fé, apresentado pela doutrina religiosa. (Credo religioso)

E . Teologia Bíblica – Traça o progresso da verdade através dos livros da Bíblia.

EX: Método de estudar a doutrina da expiação. Como este assunto foi tratado no antigo testamento e no novo testamento, nas epístolas e no apocalipse.

F. Teologia Sistemática - São ensinos concernentes a Deus e ao homem e estão agrupados em tópicos, de acordo com um sistema definido em uma ordem sistematicamente classificado.

 DOUTRINA DAS ESCRITURAS

È a fonte de onde o homem encontra a revelação perfeita de Deus. Nas qual Deus visa à redenção da humanidade.

De que fonte o homem extrairá a verdade inerente a cerca de Deus? A natureza, na verdade, revela a existência, o poder e a sabedoria de Deus. Mas não expõe o caminho do perdão, e nenhum meio provê de escapar ao pecado e de suas conseqüências.

Ela (natureza) não traz incentivo para a santidade e nenhuma revelação acerca do futuro.

A necessidade da Bíblia é que ela é a Palavra infalível e original de Deus para a humanidade, e o único testemunho da graça salvífica de Deus para todas as pessoas.

- O céu e a terra passarão. (Mt 24:35)

- A palavra de Deus subsiste eternamente. (Isaías. 40:8)

- As sagradas Escrituras que podem faze-te sábio para a salvação pela fé que há em Cristo Jesus. (2 Tm 3.15-17)

 A AUTORIDADE DA ESCRITURA

A autoridade que se baseia na fé. Trata-se da mensagem diretamente outorgada por Deus aos homens.

Moisés recebeu de Deus não só as tábuas da Lei, mais ainda recomendações rituais relativas ao Tabernáculo e a ter cuidado com o povo de Israel.

Os profetas receberam mensagens diretas de Deus para os homens.

Jesus falou com autoridade pelo Espírito Santo, por que tinha consciência da expansão do cristianismo e também por que suas palavras estavam calcadas nas páginas da Escritura. Jesus sempre respondia: – Está escrito! Ele sempre fazia referência sobre a autoridade das Escrituras (Lei de Moisés, Profetas, Salmos e nas Profecias).

Os escritos (Atos e Epístolas) dos Apóstolos admitiram o testemunho da autoridade divina em todos os Evangelhos.

O Espírito Santo nos faz reconhecer que na Bíblia todos os livros são reconhecidos como à Palavra do Senhor.

 REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO

A Palavra vem do Grego (Apokalypsis) e significa “Ato de desvendar o que está oculto, para que possa ser vista e reconhecida Ativa e Passiva”.

- Revelação Ativa: É a atividade de Deus, que dar-se conhecer ao homem.

- Revelação Passiva: É o próprio conhecimento que é comunicado ao homem.

A história de Israel, como nação, sua religião, como Igreja, foram resultado da revelação Divina.

- Deus revelou-se na Aliança com Abrão (Gn 17.7)

Deus deu a Israel a sua Lei (Ex 20.22)

- Deus revelou a sua vontade ao povo (Is 48.1-5)

- Deus travou relações com o povo (Sl 147.19,20)

- Deus revelou-se pessoalmente em Cristo (Cl 1.15; 2.9)

 QUATRO REVELAÇÕES USADAS POR DEUS

• Revelação Original
Deus criou o Homem a Sua Imagem e Semelhança

• Revelação Redentora
O pecado separou o homem de Deus. O homem deixou de conhecer, amar, servir e glorificar a Deus. Ainda assim derrotado e dominado pelo pecado, Ele sente em seu ser que existe Deus.

Deus se manifesta aos homens através de uma revelação especial operada pelo Espírito Santo dentro do homem, fazendo-o voltar-se para Deus.

• Revelação Verbal

Através do nosso Senhor Jesus Cristo, o homem tem consciência da vontade de Deus. Homens santos de Deus falaram inspirados pelo o Espírito Santo Hb.1:1 – II Pe 1:21
Revelação Bíblica

Nem tudo que Deus revelou está na Bíblia (2 Cr 9.29) mas o seu plano de salvação e o fundamento para fé pessoal, guia para o crente, um manual para a Igreja, fazem da Bíblia um livro completo no sentido da revelação aos homens. (Jó 32.8; 2 Tm 3.16; Pe 1.21)

 DIFERENÇA ENTRE REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO

* Revelação – Deus da ao escritor coisas desconhecidas que por si só o homem não poderia conhecer.

* Inspiração – O Espírito Santo age como um “sopro” aos escritores, capacitando-os a receber e transmitir a mensagem divina.

 COMO LER E ESTUDAR A BÍBLIA

Ao estudar a bíblia não se deve procurar acomodar a verdade bíblica ao gosto e às opiniões dos homens ( Co 10.4,5).

Devemos nos aproximar da bíblia com o desejo de submetermos os nossos pensamentos e de transformá-los pelo entendimento que vem da bíblia (Rm.12:2; Hb.4.12)

 RAZÕES PARA LER A BÍBLIA

• Ela alimenta a alma( Mt.4.4).

• Ela é a Arma que o Espírito Santo usa (Ef 6.17)

• Ela enriquece espiritualmente a vida do cristão (Sl 119.72; Ef 1.17).

 A ESTRUTURA DA BÍBLIA

A Bíblia se divide em duas partes Antigo e Novo Testamento, que significa Aliança(ou Concerto) e testamento.

Tem 66 livros sendo 37 no Antigo Testamento (AT) e 27 no Novo Testamento (NT) estes livros foram escritos num período de cerca de 16 séculos e por cerca de 40 escritores que pertenceram as mais diversas profissões e continentes diferentes. Seus escritos formam uma perfeita harmonia, isto prova que um só os dirigia no registro da revelação divina.

 ANTIGO TESTAMENTO

Escrito originalmente em hebraico, pequenos trechos foram escrito em aramaico (siríaco). Depois do cativeiro babilônico, os judeus passaram a falar aramaico que era a língua falada por Jesus e Seus Discípulos, embora já naquele tempo também se conhecia o koinê (idioma popular dos gregos).

 O ANTIGO TESTAMENTO SE DIVIDE EM QUATRO GRUPOS

• LEI – Cinco (5) livros, também chamados Pentateuco.

Gênesis – Êxodo – Levítico – Números – Deuteronômio

• HISTÓRIA – Doze (12) livros. De Josué a Ester. Josué – Juízes – Rute – I e II Samuel – I e II Reis – I e II Crônicas – Esdras – Neemias – Ester.

• POESIA – Cinco (5) livros, de Jô a Cantares (livros chamados poéticos).

Jó– Salmos – Provérbios – Eclesiastes – Cantares.

• PROFECIA – São dezessete (17) livros: de Isaías a Malaquias. Subdividem-se em:

Profetas Maiores Cinco (5) e Menores doze (12)

Profetas Maiores – Isaias – Jeremias – Lamentações - Ezequiel – Daniel.
Profetas Menores – Oséias – Joel – Amós – Obadias –Jonas – Miquéias – Naum –Habacuque – Sofonias – Ageu – Zacarias – Malaquias.

A classificação acima se fez por assunto; não leva em conta à ordem cronológica e sim lógica já o critério adotado pelos compiladores visava estabelecer um agrupamento de categoria de livros que podesse atender a um assunto temático.

• NOVO TESTAMENTO

Tem vinte e sete (27) livros classificados em quatro grupos: Biografia, História, Epístola e Profecia.

Foi escrito em Koinê, idioma comum dos gregos, levados a quase todo mundo existente por Alexandre o Grande.

• BIOGRAFIA – São os 4 (quatro) Evangelhos.

Os três (3) primeiro são chamados de Sinópticos, devido o paralelismo entre eles. Na Igreja Primitiva eram conhecidos como O Evangelho.

• MATEUS – Escrito em hebraico, se dirigi aos judeus e apresenta Jesus como O Messias.

• MARCOS – Se dirige aos romanos e apresentam Jesus como O Rei Vitorioso e Vencedor. É o menor deles.

• LUCAS – Escrito aos gregos, apresenta Jesus como O Filho do Homem, è o mais completo.

• JOÃO – Se dirige a igreja e apresenta Jesus como O Filho de Deus, è o mais espiritual.

• HISTÓRIA – É o livro de Atos dos Apóstolos. Registra a história da Igreja primitiva.

• EPÍSTOLAS – São 21 (vinte e um) vão de Romanos a Judas, as epístolas contêm a doutrina da igreja.

Eclesiásticas são 9 (nove) dirigidas à igreja.

Romanos – I e II Coríntios – Gálatas – Efésios – Filipenses – Colossenses – I e II Tessalonicenses.

• Individuais – São 4 (quatro). Dirigidas a indivíduos.

I e II Timóteo – Tito – Filemom.

• Coletiva – A carta aos hebreus. Dirigidas aos hebreus cristãos.

• Universais – São 7 (sete). Dirigida a todos indistintamente.

Tiago – I e II Pedro – I, II e III João – Judas.

PROFECIA – É o livro do Apocalipse. Trata da volta pessoal do Senhor Jesus à terra e das coisas que precederão.

Os livros do Novo Testamento também não estão em ordem Cronológica e sim em ordem lógica.

 COMO COMPREENDER A BÍBLIA

Para uma compreensão correta da bíblia depende de duas coisas:.

1. Precisamos da obra iluminadora do Espírito Santo.

2. O trabalho de interpretação do próprio leitor.

 ILUMINAÇÃO

As verdades da revelação bíblica ocorre em relação do Ministério do Espírito Santo, que foi dado a todos que receberam Jesus como O Filho de Deus. O homem não-salvo não pode experimentar o ministério iluminador do Espírito Santo já que está cego para a verdade que ele considera loucura (I Co 2.14).

O Espírito Santo é o próprio Mestre, o conteúdo do ensino engloba toda a verdade Jo 16.13-15. O propósito da iluminação é glorificar a Cristo Jesus e não a Si mesmo.

A carnalidade na vida do crente pode prejudicar e até mesmo anular este ministério do Espírito Santo ( I Co 3.1-3).
 INTERPRETAÇÃO

A iluminação, embora assegurada, nem sempre garante uma compreensão automática. O crente deve estudar, utilizando-se dos mestres dado por Crista à Igreja ( Rm 12.7) bem como das capacidades e recursos que dispuser.

O principio básico de interpretação é interpretar normalmente, é a interpretação normal e simples.

1. É preciso entender o que cada palavra significa em seu sentido normal e histórico-gramatical.

2. Interpretar normalmente não exclui o uso de figuras e linguagem, por traz de cada figura de linguagem está um significado normal, e é este significado que o interprete procura.

3. Significa ainda ler compreendendo o contexto em que o versículo ou a passagem ocorre, pois isso lançará luz sobre o seu significado. Não podemos tirar o texto do seu contexto e dando sentido diferente do pretendido do seu autor.

4. Interpretar normalmente exige que se conheça o progresso da revelação isto é a bíblia como um todo (livro Completo). O Novo Testamento acrescenta muita coisa que não revelada no Antigo Testamento. Além disso, o que Deus exigira como obrigatoriedade num período pode ser anulado em outro.

(Como exemplo, a proibição do consumo da carne de porco, outrora imposta para o povo de Deus, suspensa em nossa era ( I Tm 4.3). Isso é muito importante entender as passagens bíblicas se não haveria contradições insolúveis comparando Mt.10:5-7 com Mt.28:18-20.

5. Devem-se conhecer as divisões importantes da bíblia quando vai interpretá-la. Existem diversos tipos de literatura na bíblia – Histórica – Poética – Profética. O marco da grande aliança feita por Deus com Abraão (Gn.12:1-3) Davi (2 Sm.7:4-17), o mistério da Igreja como o Corpo de Cristo (Ef.3:6) e a diferença entre a Lei e a Graça (Jo 1:17; Rm.6:14).

 A EXISTÊNCIA DE DEUS

Em parte alguma as Escrituras tratam de provar a existência de Deus mediante provas formais, a não ser pelo fato auto-evidência e como crença natural do homem. “O que se chega a Deus, creia que há Deus” é o ponto inicial na relação entre homem e Deus.

A fé é questão moral e não intelectual evidência alguma convencerá a pessoa, que, por desejar continuar no pecado e no egoísmo, diz, “desafio provar que Deus existe.” É o conceito de responsabilidade diante de Deus. “Melhor é não ter Deus.” Esses pensamentos são de homens tolos, intelectos que negam a existência de Deus.

 EVIDÊNCIAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS

Na criação, na natureza humana e na história humana. O universo deve ter uma primeira causa ou um criador. Os argumentos cosmológico que significa mundo apontam para uma Mente Suprema.

Os argumentos antropológico que significa homem assinalam para existência de um Governador Pessoal. Os argumentos históricos da evidência apontam para uma providência que governa sobre tudo.

 A NATUREZA DE DEUS

A pergunta e quem é Deus, e que é Deus. Deus é Espírito, infinito, eterno e imutável em seu ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade, e verdade.

 OS NOMES DE DEUS

A definição bíblica dos nomes de Deus nas Escrituras representa seu caráter revelado. Deus revela-se por si mesmo, fazendo conhecer ou proclamando o seu nome. Ex.6:3; 33:19; 34:5,6.
• ELOHIM – Deus Criador

• JEOVÁ - Senhor Eterno

• JEOVÁ-RAFA – O Senhor que cura

• JEOVÁ-NISSI – O Senhor nossa bandeira

• JEOVÁ-SHALOM – O Senhor nossa paz

• JEOVÁ –RA’AH – O Senhor é meu pastor

• JEOVÁ-TSIDKENU – O Senhor nossa justiça

• JEOVÁ-JIREH – O Senhor que provê

• JEOVÁ-SHAMMAH – O Senhor está ali

• EL-ELYON – Deus Altíssimo

• El-SHADDAI – O Deus que é suficiente

• El-OLAM- O Eterno Deus

• ADONAI – Senhor ou Mestre

PAI – Deus fonte de todas as coisas e Criador do homem

 OS ATRIBUTOS DE DEUS

Sendo Deus um ser infinito, é impossível que qualquer criatura o conheça exatamente como Ele é. No entanto, Ele bondosamente revelou-se mediante uma linguagem compreensível. É das Escrituras essa revelação. Deus diz a cerca de si mesmo: “Eu Sou Santo”; portanto, podemos afirmar; Deus é Santo. A Santidade, então é atributo de Deus, porque santidade é uma qualidade.

A diferença entre os nomes de Deus e os seus atributos é.: Os nomes de Deus expressam as qualidades do seu ser inteiro, enquanto os seus atributos indicam vários aspectos de seu caráter.

 ATRIBUTOS DA NATUREZA ÍNTIMA DE DEUS

• Espiritualidade – Deus é espírito. (Jo 4.24) Com personalidade; ele pensa, sente e fala. Deus não está sujeito as limitações dos humanos, paixões, não se compõem de elementos matéria, não está sujeito às condições existente natural. Portanto não podem ser visto com os olhos naturais e nem apreendido por meios naturais. Deus é uma pessoa real, mas de natureza infinita.

“Ninguém jamais viu Deus” declara o apóstolo João (Jo 4.24), não há nenhuma contradição quando lemos que Moisés, e certos anciões, “viram a Deus”. João quer dizer que homem nenhum viu Deus como Ele é.

• Infinitude – Deus é infinito, a natureza da Divindade está presente de igual modo em todo o espaço. Nenhuma parte existente está separada da presença de Deus. O presente, o futuro e o passado estão diante Dele. Unidade – Deus é o Único Deus. Não existem outros deuses diante Dele. Ele é Soberano sobre tudo e todos. Ele é o Único Senhor, Israel recebeu está revelação.

 ATRIBUTOS ATIVOS DE DEUS

• Onipotência – Deus é onipotente. Deus é todo poderoso

• Onipresença – Deus é onipresente. Deus está em todo lugar

• Onisciência - Deus é onisciente. Deus conhece todas as coisas

Sabedoria – Deus é sábio

Soberania – Deus é soberano tudo é Dele e para Ele

 ATRIBUTOS MORAIS DE DEUS

• Santidade – Deus é santo, Isto significa que Deus não pode pecar e nem tolera pecado. O sentido da palavra santo é separado. Somente Deus é santo em si mesmo.

• Justiça – Deus é justo. A justiça é obediência a uma norma e conduta reta. A justiça é a santidade de Deus em ação.

• Fidelidade – Deus é fiel. Ele é digno de confiança as sua não falharão. Portanto podemos descansar em suas promessas. Deus é fiel à sua Palavra.

• Misericórdia – Deus é misericordioso. A misericórdia de Deus é a divina bondade em ação a favor de todas às suas criaturas. Deus Manifestou essa misericórdia quando enviou Jesus Cristo ao mundo.

• Amor – Deus é amor. O amor é o atributo de Deus em razão do qual Ele deseja relação pessoal com aqueles que possuem sua imagem. Principalmente com aqueles que foram santificados em caráter, feitos semelhantes a Ele.

• Bondade – Deus é bom. A bondade de Deus é o atributo do qual Ele concede vida e outras bênçãos às suas criaturas Salmo.25:8 Deus sempre mostrou o bom caminho para o homem, essa é a vontade de Deus. Naum.1:7 Mateus.5:45. Para certas pessoas a existência do mal e do sofrimento, é um obstáculo à crença na bondade de Deus.

Eles pensam. “Por que um Deus de amor criou um mundo cheio de sofrimento?”.Nem sempre podemos compreender, mais uma coisa é certa, Deus não é responsável pelo mal. Deus fez tudo bom, mais o homem danificou a sua obra, sendo Deus Todo-poderoso, o mal existe por sua permissão.

Muitos cristãos já saíram dos fogos de sofrimento com o caráter purificado e a fé fortalecida.

Deus formou o universo segundo as leis naturais, e estás leis implicam em ser obedecidas, fora disso os incidentes e acidentes acontecem e então vem as conseqüências e sofrimentos.

Deus tem em reserva outra vida e época futura (Hora Oficial Celestial) em que mostrara todos os seus tratados e ações e fará justiça aos seus escolhidos. Então veremos que “Ele tudo fez bem”.Lucas.18:7.

• A DOUTRINA DO TRINO DEUS.

A unidade Divina é uma Unidade composta, e que nesta Unidade há realmente três Pessoas distintas, cada uma das quais é uma Divindade conscientes das outras duas. Assim vemos que há comunhão antes que fossem criadas quaisquer criaturas finitas. Portanto Deus nunca esteve só.

A Trindade é uma comunhão eterna. O Pai testificou do Filho (Mateus.3:17) O Filho testificou do Pai (Jo 5.19). O Filho testificou do Espírito (Jo 14.26), e mais tarde o Espírito testificou do Filho (Jo 15.26). É uma doutrina revelada, e não uma doutrina de razão humana (2 co 2.9-16).

• No Antigo Testamento – não ensina clara e diretamente sobre a trindade. Algumas passagens falam muito rapidamente. Num mundo de muitos deuses isso traria grande confusão, pois o Espírito Santo não atuava como hoje, embora fosse mencionado, mais não com a linguagem de hoje.

• No Novo Testamento – Os cristãos primitivos mantinham como fundamentos da fé o fato da unidade de Deus. As experiências espirituais dos cristãos apoiavam-se nas palavras de Jesus, e, reconhecia Jesus como Deus. O mesmo se verifica em relação a Deus e ao Espírito Santo. Os primitivos cristãos criam que o Espírito Santo, que morava neles, ensinando-os, guiando-os, e inspirando-os a andar em novidade de vida.

Varias passagens do Novo testamento mencionam as três Pessoas Divinas.

Mt 3.16,18 ;28.19;

Jo 14.16,17,26;

2 Co 13.14;

Gl.4.6 Ef2.18 ;

I Pe 1.2.

 OS ANJOS

Ao nosso redor há um mundo de espírito, muito mais populoso, mais poderoso e de maiores recursos do que o nosso próprio mundo visível de seres humanos. Bons e maus espíritos dirigem os passos em nosso meio. Passam de um lado para outro com rapidez de um relâmpago e com movimento imperceptível.

Eles habitam os espaços ao redor de nós. Sabemos que alguns deles se interessam pelo nosso bem-estar; outros, porem, estão empenhados em fazer mal.

A palavra anjo significa “mensageiro”. Os anjos são mensageiros ou servidores celestiais de Deus (Hb 1.13,14), criados por Deus antes de existir a terra (Jó 38.4-7 ; Sl 148.2-5 ; Cl.1.16).

A Bíblia fala de anjos bons e maus, embora todos originalmente foram criados bons e santos. Tendo o livre-arbítrio, numerosos anjos participaram da rebelião de Satanás (Ap.12.9) e abandonaram o seu estado original de graça como servos de Deus, e assim perderam à sua posição celestial.

Como seres espirituais os anjos bons louvam a Deus (Hb.1:6 Ap.5:11 , 7:11) cumprem a sua vontade (Salmo.103:20) estão em submissão a Cristo ( I Pe.3.22 ). Os anjos executam numerosas atividades na terra, cumprindo ordem de Deus. Seus deveres relaciona-se com a obra redentora de Cristo (Mt 1.20-24), observam o comportamento da congregação dos cristãos (I Co 11:10 ; Ef.3:10), trazem resposta as orações (At 10.4).

Durante os eventos do fim dos tempos, a guerra se intensificará entre Miguel, anjos bons, e satanás e suas hotes demoníacas (Ap.12:7-9).

 OS ANJOS SÃO:

• Criaturas – São seres criados, foram feitos do nada pelo o poder de Deus. Não conhecemos a época exata da sua criação. Eles existem antes dos homens. Há duas classes, anjos bons e maus. Sendo eles criaturas, recusam a adoração (Ap 19:10 ;22:8,9), e ao homem, por sua parte, é proibido adorá-los (Cl 2.18).

• Espíritos – Os anjos são descritos como espíritos, porque, diferentes dos homens, eles não estão limitados às condições naturais e físicas. Aparecem e desaparecem a vontade, movimenta-se com uma rapidez inconcebível sem usar meios naturais. Apesar de serem puramente espíritos, tem o poder de assumir forma de corpos humanos a fim de tornar visível a sua presença aos sentidos dos homens (Gn19:1-3).

• Imortais – Não estão sujeitos à morte. (Lc 20.34-36) Jesus explica aos saduceus que os santos ressuscitados serão como os anjos não podem mais morrer.

• Numerosos – As Escrituras ensinam que seu número é muito grande. Milhares de milhares (Dn 7.10) mais de doze legiões (Mt 26.53) multidões dos exércitos celestiais (Lc 2:13).

O seu Criador e Mestre é descrito como O Senhor dos Exércitos.

• Sem Sexo – Os anjos são descritos como varões, porém na realidade não têm sexo; não propagam sua espécie. (Lc 20:34,35.)

 SUA CLASSIFICAÇÃO:

Ordem é a primeira das leis no céu (I Pedro.3:22), os anjos tem o seu posto e atividades. Tal classificação está implícita na Bíblia.
• Anjo do Senhor – O nome de Deus está nele (Êx 23.20-23). Ele tem o poder de perdoar ou reter os pecados. Este Anjo é o Filho de Deus. A presença de Deus está Nele (Êx 33.14)

• Arcanjo – Miguel é mencionado como o arcanjo, o anjo principal, Ele aparece como o anjo protetor da nação israelita (Jd 9 Ap 12.7 e I Ts 4.16 Dn 12:1). Gabriel também é de uma classe muita elevada. Ele está diante da presença de Deus (Lc 1.19) a eles são confiadas as mensagens mais elevadas importância com relação ao reino de Deus (Dn 8.16 ;9:21)

• Anjos Eleitos – São provavelmente aqueles que permaneceram fieis a Deus durante a rebelião de Satanás. ( I Tm 5.21 – Mt 25.41.

Isto é apenas um b.a. bá da teologia, aconselho aos internautas a conhecer e prosseguir no pleno conhecimento de Deus e seus atributos tal como fez o patriarca Jó.

Que Deus nos ajude e nos guarde no seu grandioso amor em nome de Jesus, amém!

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