sexta-feira, 16 de março de 2012
A biografia do profeta Daniel
Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro
janio-estudosteolgicos.blogspot.com
Daniel, meu Deus é juiz, ou juiz de Deus.
• Um dos quatro grandes profetas, embora ele não é falado de uma vez no Antigo Testamento como um profeta. Sua vida e profecias estão registradas no livro de Daniel.
Ele era descendente de uma das famílias nobres de Judá (Dan. 1:3), e foi provavelmente nascido em Jerusalém, cerca de 620 a C, durante o reinado de Josias. Na primeira deportação de judeus por Nabucodonozor (o reino de Israel tinham chegou ao fim quase um século antes), ou imediatamente após a sua vitória sobre os egípcios na segunda batalha de Carchemish, no quarto ano do reinado de Jehoiakim (BC 606), Daniel e os outros três jovens nobres foram transportados para fora Babilônia , Juntamente com parte dos vasos do templo.
Lá, foi obrigado a entrar no serviço do rei da Babilônia, e de acordo com o costume da idade recebeu o nome de Belteshazzar caldeu, ou seja, "príncipe de Bel", ou "Bel proteger o Rei!"
Sua residência, na Babilônia foi muito provavelmente no palácio de Nabucodonozor, agora identificados com uma massa disforme de montes chamados a Kasr, na margem direita do rio.
Sua formação nas escolas dos sábios, na Babilônia (Dan. 1:4) foi para caber-lhe para prestação de serviço para o império.
Ele foi distinguido durante este período de sua piedade e observância da lei do Mosaico (1:8-16), e conquistou a estima e a confiança dos que estavam com ele.
No fim dos seus três anos de formação e disciplina na escola real, Daniel foi distinguido pela sua proficiência na "sabedoria" do seu dia, e foi trazido para fora da vida pública.
Ele logo se tornou conhecido por sua habilidade na interpretação de sonhos (1:17, 2:14), e subiu para o posto de governador da província da Babilônia, e se tornou "o chefe dos governadores" durante todos os sábios da Babilônia.
Ele fez conhecido e também interpretou o sonho de Nabucodonozor; e muitos anos depois, quando ele era agora um homem velho, em meio ao alarme e consternação da terrível noite de Belsazar irreverente da festa, ele foi chamado em por insistência da rainha-mãe para interpretar o misterioso manuscrito na parede.
Ele foi recompensado com uma túnica roxa e elevação à categoria de "terceiro governante."
O lugar de "segunda régua", foi detido por Belsazar como associados com seu pai, Nabonido, sobre o trono (5:16).
Daniel interpretou a caligrafia, e "em que a noite era Belsazar, o rei dos caldeus morto."
Ele "prosperou no reinado de Darius, e no reinado de Ciro o persa," quem ele provavelmente influenciou grandemente na questão do decreto que pôs fim à Cativeiro (BC 536).
O tempo e as circunstâncias de sua morte não são gravados.
Ele provavelmente morreu em Susa, cerca de oitenta e cinco anos de idade. Ezequiel, com quem ele foi contemporâneo, mencioná-lo como um padrão de justiça (14:14, 20) e sabedoria (28:3).)
Daniel é "o historiador do Cativeiro, o escritor que por si só, fornece qualquer série de eventos para esse escuro e sombrio período durante o qual a harpa de Israel que pairava sobre as árvores cresceram pelo Eufrates.
Sua narrativa pode ser dito em geral entre a intervir Reis e Crônicas, por um lado, e Esdras, por outro, ou (mais estritamente) para preencher o esboço que o autor das Crônicas dá em um único versículo em seu último capítulo: "E os que tinham escapado de transportar a espada que ele [isto é, Nabucodonozor] longe de Babilônia; onde eram agentes a ele e aos seus filhos até que o reinado do reino da Pérsia ‘ "(2 Cr. 36:20).
(1.) Temos o testemunho de Cristo (Mt. 24:15, 25:31, 26:64) e seus Apóstolos (1 Co 6:2; 2 Ts 2:3) para a sua autoridade; e
(2 ) O importante testemunho de Ezequiel (14:14, 20; 28:3).
(3). O personagem do livro de registros e também estão totalmente em sintonia com os tempos e as circunstâncias em que o autor viveu.
Algumas partes (Dn 2:4; 7) são escritos na língua Chaldee; e as porções são escritos em hebraico em uma forma e estilo, com uma estreita afinidade com os livros mais tarde do Antigo Testamento, especialmente com o de Esdras.
O escritor está familiarizado tanto com o hebraico e o Chaldee, passando de um para o outro, tal como o seu campo requerido.
Isto é, em estrita conformidade com a posição do autor e das pessoas para quem o livro foi escrito.
Que Daniel é o escritor deste livro é também testemunharam a si mesma no livro (7:1, 28; 8:2, 9:2, 10:1, 2; 12:4, 5).
ASPECTOS DA VIDA DE DANIEL
Daniel foi um dos quatro profetas chamados de “maiores” pelo fato de ter um período mais longo no ministério profético. Levado à Babilônia por ocasião do cativeiro de Israel (Dn 1.3-6), destacou-se por sua fé e confiança no Deus de seus pais. Era contemporâneo de Jeremias e Ezequiel, também profetas.
a) A origem de Daniel: Daniel era um jovem hebreu, filho de pais hebreus, pertencentes a uma linhagem real de Judá, ou pelo menos da alta nobreza de Israel (Dn 1.3). Ainda adolescente, com a idade entre 12 e 16 anos, foi levado cativo para a Babilônia, com muitos outros jovens, também nobres, entre eles Ananias, Misael e Azarias.
Daniel era um jovem simpático de aparência bonita, com um físico saudável, conhecido por sua sabedoria e inteligência, distinguindo-se intelectualmente.
b) Condições que determinaram o cativeiro: Jeoaquim reinava em Judá nessa época. Quando seu pai Josias morreu na batalha enfrentando os egípcios (2Rs 23, 29, 30; 2Cr 35.20-24), o trono foi dado a Jeoacaz, mais moço. Mas o reinado durou apenas três meses.
Ele foi deposto pelo Faraó Neco (2Rs 23.30-34) que nomeou Jeoaquim para reinar no lugar do irmão.
Como o Egito era a nação dominante naquela região, Jeoaquim teve de submeter-se às exigências determinadas por Faraó, cobrando pesados impostos ao povo. (2Rs 23.35)> Ele foi um rei cruel, insensato e maligno (2Rs 24.4).
Os exércitos babilônicos cercaram Jerusalém, e o rei foi levado prisioneiro (2Cr 36.6), e com ele muitos nobres de Judá, Entre eles, achavam-se os jovens Daniel, Ananias, Misael e Azarias. Essa foi a primeira deportação de judeus para a Babilônia.
c) Os jovens judeus na Babilônia: O Rei Nabucodonosor ordenou ao chefe dos eunucos que escolhesse cuidadosamente alguns jovens da nobreza israelita, então na Babilônia, os quais deveriam ser portadores de certas qualificações exigidas pelo rei: bonitos, fisicamente perfeitos, com um elevado conhecimento, linhagem nobre e com uma educação refinada, a fim de receberem ensinamentos da cultura dos caldeus, para servirem no palácio.
Ficou determinado que aqueles jovens receberiam um tratamento especial. Durante três anos seriam alimentados com o mesmo cardápio do rei e receberiam instruções adequadas acerca das tradições e costumes dos caldeus. No final desse período, seriam apresentados ao monarca para que fossem avaliados sobre o quanto haviam assimilado da educação babilônica. Se fossem aprovados, então estariam aptos para o serviço real.
I. PRINCÍPIOS QUE DIRECIONAM A VIDA
Mesmo vivendo em um país estrangeiro, convivendo com pessoas de outra cultura e de costumes diferentes, muito distante de sua pátria e, principalmente da família, Daniel esforçou-se para guardar os princípios aprendidos no lar.
a) Importância dos pais: Certamente os pais de Daniel, como bons judeus, ensinaram ao filho a importância da fé e da obediência aos preceitos divinos (Pv 22.6).
A prova disso é que ele se portou fiel em todos os aspectos. É impossível a um adolescente, como era Daniel naquela época quando chegou à Babilônia, tomar aquela posição, aquela postura, se ele não tivesse um princípio de educação firme e sadio (Dn 2.23).
b) Responsabilidade com a geração vindoura: Cada geração é responsável pela geração vindoura. Um conceito de educação em termos sociais, de um renomado educador, é bem explícito neste assunto, “Educação é a transmissão lenta e gradual do patrimônio cultural, das velhas gerações, visando ao desenvolvimento individual e à continuidade e progresso social”.
d) O princípio da autoridade no lar: os pais são dados por Deus para exercerem autoridade no lar, para transmitirem ensinamentos que tragam crescimento e desenvolvimento aos filhos. Infelizmente, nos dias atuais, tem havido mudanças radicais no que diz respeito ao assunto. Os princípios de autoridade dos pais, prescritos na Bíblia, enfraqueceram muito.
e) Reflexos da sociedade na educação: Entende-se que sempre existirá um feedback entre a sociedade e o indivíduo, isto é, uma mútua transferência de valores, influenciando os dois lados. No entanto, as forças do mal têm agido de maneira perversa e destrutiva (1Jo 5.19), com a intenção de desmerecer ou derrotar tudo de bom que Deus preparou para o homem.
f) É preciso caminharem juntos: Os filhos precisam identificar-se com alguém que seja o “seu herói”, que lhes transmita um modelo de vida exemplar e saudável. Quando não encontram um modelo de identificação no lar, vão procurar em outras partes. E, de um modo geral, miram-se em exemplos perniciosos. Falta-lhes a companhia dos pais, o aconchego do lar.
g) Os reflexos fora do lar: Muitos crentes estão sofrendo porque descuidaram da educação dos filhos. Quando deveriam castigá-los, repreendê-los ou mostrar-lhes na bíblia o caminho certo; ou, quem sabe, faltou-lhes o interesse para sentar-se com os filhos e dialogar, ouvir os seus problemas, transmitir uma palavra amiga, uma palavra de ânimo, um toque no ombro, um aperto de mão, um beijo, um abraço, tão necessário para mostrar-lhes aprovação.
II. A DETERMINAÇÃO DE DANIEL
A vida de Daniel é rica de testemunhos, de atitudes dignas de serem imitadas (Dn1.8).
A primeira marca de Daniel é que ele era um jovem determinado. Uma pessoa determinada é aquela que decide firmemente, que faz escolhas, que tem propósitos, que toma decisões: “Assentou no seu coração”. Ele decidiu firmemente; fez escolhas certas, fez propósitos certos, tomou uma decisão correta.
a) Manter-se fiel à Deus: “Assentou no seu coração não se contaminar”. Ele tomou uma decisão: nada que possa contaminar o meu relacionamento com Deus, e nada que possa estragar a minha vida eu vou permitir chegar até mim. Eu não vou permitir que nada manche a minha relação com Deus e que nada contribua para a desgraça da minha vida venha dominar o meu ser.
b) Obedecendo a lei divina: A Bíblia é a regra de fé e conduta do cristão. Quem quiser vitórias sobre o pecado deve tomar a decisão firme de ter a bíblia como bússola para guiar o seu caminho (Sl119.11). Jesus não pediu nada impossível, que o cristão não possa obedecer. É só firmar o propósito e se dispor a cumpri-lo.
c) Honrar pai e mãe: “Vós filhos, sede obedientes aos vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra teu pai e tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa” (Ef6.1,2). Duas advertências no texto: obedecer e honrar. Enquanto você estiver debaixo do teto de seus pais, terá que aprender a obedecê-los e honrá-los.
Não importa a sua idade. O homem e a mulher só estão desobrigados desse princípio de obediência a pai e mãe quando se casam ou quando têm a sua completa independência. Então nessa outra fase da vida, continuará honrando-os e respeitando-os através dos cuidados dispensados a eles.
Daniel honrou seus pais, lá naquele país longínquo, quando propôs em seu coração levar a efeito tudo o que havia aprendido deles (Dn2.23).
d) Tornando-se um cidadão honrado: Observando as atitudes de Daniel, nota-se que ele tornou-se um cidadão honrado e respeitado e foi muito útil naquele país idólatra, servindo ao rei (Dn 6.3,4).
Empenhou-se nos estudos da língua e da cultura dos caldeus e, no final dos três anos, foi considerado apto, juntamente com seus companheiros, para servir ao rei, no palácio.
e) É preciso tomar decisões: “E Daniel assentou no seu coração não se contaminar” (Dn 1.8ª). As decisões vêem do coração, não o coração como órgão do corpo, mas como o centro da vontade, inteligência e sentimentos. Daniel alcançou posição de destaque no reinado da Babilônia porque ele determinou propósitos para a sua vida.
Muitos crentes e, pode-se dizer, na maioria ainda jovens, não conseguem coisa alguma porque não tomam decisões, não sabem onde querem chegar, não tem perspectiva de vida, porque não se esforçam, não propõem objetivos, já se acham fracassados e falidos.
Amado jovem seja igual ao profeta Daniel que viveu para Deus e para a glória do seu Reino em detrimento às adversidades de então.
Que Deus nos ajude a imitá-lo em nome de Jesus amém
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário