sexta-feira, 13 de abril de 2012
AS 20 ATUAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO
Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ
seminarionainternetdoprofjanio.blogspot.com.br
Vamos meditar nesta oportunidade em João 16:8
“Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo.”
É através da atuação do Espírito Santo que o homem reconhece seu pecado e o abandona, para tornar-se morada deste santo Ser (I Cor. 3:16).
O ladrão, via de regra, só assalta às escondidas; e, por que age assim? – Porque sabe que o que faz é errado. E, quem o leva a reconhecer isso? – O Espírito Santo! (Convence-o...).
Da mesma maneira, longe da civilização, sem contato com o homem branco, um índio, em sua taba, quando rouba uma flecha de seu companheiro, o faz também às escondidas.
E, por que o índio age assim? – É porque ele sente que não é certo este ato.
E quem leva o índio a sentir ou saber que o que faz é errado? – É o Espírito Santo que atua em todos os corações, e no dele também.
(Já não lhe aconteceu alguma vez ter a impressão de haver cometido alguma falta, vindo sua consciência a doer, produzindo-lhe profundo pesar e tristeza? Isso é a operação diária do Espírito Santo!).
A influência atuante do Espírito Santo se tornará maior ou menor no coração humano, dependendo da maneira como o homem agir. Se não recusar Seus apelos e atuação, progredirá e se tornará “cheio” do Espírito, e um vaso de bênção; recusando, poderá incorrer no pecado imperdoável (Mat. 12:31), e se perderá.
A atuação do Espírito na vida do crente é tão essencial quanto o é o querosene na lamparina e a gasolina no automóvel. A luz brilha e o carro anda pela atuação destes combustíveis. Ambos, no entanto, se tornarão inúteis quando os depósitos estiverem vazios.
Por isso, há suprema necessidade de se encher do Espírito, não só uma vez, mas, diariamente, constantemente, para testemunhar e brilhar para o Senhor Jesus. O crente sem o Espírito Santo nada realiza.
O Espírito Santo nos “convence” do pecado, isto é, faz-nos sentí-lo, e então, nossas naturezas (carnal e espiritual) entram em luta; quem prevalecer, reinará. Paulo, referindo-se a esta guerra (Rm. 7:20), dá-nos um vislumbre de que não pode haver vácuo no coração humano mais do que poderia haver na natureza ou no mundo físico. A natureza tende, a depressa preencher o vácuo, para evitar a proliferação dos grandes vendavais, tornados e furacões.
O vento é o ar em movimento, preenchendo todos os espaços. O vácuo leva a mudar o vento de direção. Tão depressa o vento volte a preencher o vácuo, o caos pode ser evitado.
Da mesma sorte, o coração humano deve estar constantemente sendo habitado, possuído pelo Espírito Santo. Sua influência santificadora deve ser uma constante em nosso viver, a fim de se evitar uma catástrofe espiritual.
O vento sopra (João 3:8), não o vemos, mas ouvimos sua “voz” e os resultados de sua atuação no espaço; da mesma forma, a atuação silenciosa do Espírito Santo no coração humano é traduzida pelos frutos na vida do cristão.
Assim, como a mangueira só dá manga, a bananeira, banana, o cristão cheio do Espírito Santo produz os frutos do Espírito (Gál. 5:22) normalmente.
Como essas árvores dão seus frutos porque foram criadas para isso, da mesma forma o cristão repleto do Espírito, produzirá gestos e atitudes que lhe São pertinentes.
É fácil saber se o Espírito Santo habita no coração da pessoa, ou se apenas a convence do pecado. Paulo dá a pista: São os frutos do Espírito (Gál. 5:22) e os frutos da carne (Gál. 5:19-21).
Portanto, uma maneira simples, correta e segura de saber se uma pessoa é batizada com o Espírito Santo, não é se ela fala língua estranha, e sim, os seus frutos (Mt 7:16).
Ser batizado com o Espírito é viver no gozo dEste Ser. É ser semelhante aos discípulos da incipiente Igreja Cristã (Atos 2:44). É viver em perfeita união, despojado de todo sentimento de supremacia, egoísmo, cólera, ira, ódio, amando-se mutuamente e todos a Deus.
Ser batizado com o Espírito Santo é compadecer-se do pobre, socorrer os órfãos e viúvas nas suas necessidades, ajudar o irmão carente, auxiliar o necessitado. Esta sim, é a maior prova do cristão batizado com o Espírito Santo. Estes são, de fato, os frutos de uma vida santificada, lavada, banhada, batizada com o Espírito Santo, que vive, sobretudo, de conformidade com os mandamentos de Sua santa Lei.
Tal cristão está plenamente apto para ser agraciado pelo Senhor (quando Ele o desejar), de receber a “Chuva Serôdia”, isto é, a plenitude do Espírito Santo, para a conclusão da obra do evangelho no planeta Terra.
Por que aprouve ao Senhor fazer da pombinha, o símbolo do Espírito Santo? Lucas 3:22. A pomba, como este Ser divino, é meiga, sublime, suave, macia, calma e tranquila. Por isso, o Espírito de Deus só atua assim:
No silêncio absoluto................................. Hc. 2:20
Sem confusão ......................................... I Co 14:33
Com decência e ordem .......................... I Co 14:40
Com reverência ....................................... Hb. 12:28
Sem gritaria .................................................. Ef 4:31
Vamos verificar agora “AS 20 ATUAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO”.
I. O ESPÍRITO SANTO
1. Conduz ao novo nascimento. Jo. 3:1-8.
2. Satisfaz plenamente o coração. Jo. 4:10-14.
3. Deseja fluir de nós em rios de água viva. Jo. 7:37-39.
4. Permanece conosco para sempre. Jo. 14:16,17.
5. Testemunha do Senhor Jesus. Jo. 15:26,27.
6. Convence o mundo do pecado. Jo. 16:7-11.
7. Conduz a toda verdade. Jo. 16:12-15.
II. O ESPÍRITO SANTO, COMO MESTRE. JO. 14:26.
1. Seu Ser:
a) Ele é divino. 1 Co. 3:16; Gl. 4:6.
b) É indispensável. 1 Co. 2:11,14.
c) É suficiente. 1 Jo. 2:27.
d) Continua a obra de Jesus Cristo. Jo. 16:14,15.
2. Sua instrução:
a) Abre o entendimento. Ef. 1:17,18.
b) Revela os mistérios de Deus. 1 Co. 2:7 ss.
c) Revela as maravilhas da divindade. 1 Co. 2:9,10.
d) Faz lembrar das palavras de Jesus. Jo. 14:26.
e) Livra-nos de seguir nossos próprios caminhos. At. 16:6,7.
3. Somos instruídos por Ele enquanto:
a) Obedecemos. At. 8:26 ss.
b) Meditamos. At. 10:19.
c) Aguardamos. Lc. 2:26.
d) Ouvimos. Ap. 2:7.
e) Servimos. At. 13:2.
4. A bênção da instrução aceita:
a) Conhecemos o Senhor com mais clareza. Ef. 1:17ss.
b) Usamos palavras de sabedoria. 1 Co. 2:12,13.
c) Recebemos o ensino fundamental. 1 Jo. 2:27.
d) Temos a unção divina. 1 Jo. 2:20,27.
e) somos bênçãos para outros. At. 1:8.
III. O ESPÍRITO SANTO
1. Quem é o Espírito Santo?
a) Uma pessoa, como o Senhor. Jo. 16:13.
b) Se pensássemos mais nisso, levaríamos o Espírito Santo mais a sério e procuraríamos entristecê-lO menos. Ef. 4:30.
2. O que o Espírito Santo faz?
a) Revela o Senhor Jesus. Jo. 16:14.
b) Demonstra o Ser de Deus. l Co. 2:9,10.
c) Reveste para o ministério. At. 1:8.
d) Batiza e enche o crente. At. 1:5; 2:4.
3. Como recebemos o Espírito Santo?
a) Através da fé. Gl.3:2.
b) Pelo arrependimento e abandono do pecado. At. 2:38.
c) Pela obediência ao Senhor. At. 5:32.
d) Através da oração. Lc. 11:13.
IV. OS NOMES DO ESPÍRITO SANTO
É chamado de Espírito:
1. Da verdade. Jo. 14:17; 15:26; 1 Jo. 4:6.
2. Da graça. Zc. 12:10; Hb. 10:29.
3. Da vida. Rm. 8:2.
4. Da promessa. Ef. 1:13.
5. De adoção. Rm. 8:15.
6. De poder, de amor e de moderação. 2 Tm. 1:7.
7. De santidade. Rm. 1:4.
8. De sabedoria e de revelação. Ef. 1:17.
9. Da glória. 1 Pe. 4:14.
10. Do amor. Rm. 15:30.
11. Da fé. 2 Co. 4:13.
12. Do Senhor. 2 Co. 3:17.
V. SEIS GRANDES PROMESSAS EM JOÃO 16.
1. Do Espírito Santo como Consolador. V.7.
2. De um Mestre: Vv.13,14.
a) Que guia a toda a verdade. V.13.
b) Que revela cousas futuras. V.13; 1 Co. 2:9,10.
c) Que glorifica a Jesus. V.14.
3. Da volta de Cristo. V.22; Jo. 14:3.
4. Da oração respondida. Vv.23,24.
5. Da Sua paz. V.33.
6. Da vitória. V.33.
VI. SETE MINISTÉRIOS DO ESPÍRITO SANTO
1. Ensina todas as coisas ao crente. Jo. 14:26.
2. Lembra dos ensinamentos de Jesus. Jo. 14:26.
3. Testifica do Senhor Jesus. Jo. 15:26.
4. Guia a toda a verdade. Jo. 16:13.
5. Anuncia o vindouro. Jo. 16:13.
6. Glorifica o Senhor. Jo. 16:14.
7. Transmite o que recebeu do Senhor. Jo. 16:14.
VII. O ESPÍRITO SANTO CONVENCE: Jo. 16:8-11.
1. Do pecado. At.2:37; Sl. 32:3-5.
2. Da justiça. At.24:25.
3. Do juízo. At.17:31,32.
4. Da incredulidade. Jo. 16:8-11.
VIII. NO ESPÍRITO, NÓS DEVEMOS:
1. Começar. Gl. 3:3.
2. Viver. Gl. 5:25.
3. Andar. Gl. 5:25.
4. Orar. Ef. 6:18.
5. Amar. Cl. 1:8.
6. Adorar. Fp. 3:3.
7. Pregar. 1 Ts. 1:5.
IX. O ESPÍRITO SANTO VEIO PARA:
1. Dar poder para o ministério. At. 1:8.
2. Falar com intrepidez através dos Seus servos. At. 4:31.
3. Proteger-nos de hipócritas. At. 8:14-24.
4. Revestir-nos para o trabalho missionário. At. 13:1-4.
5. Glorificar o Senhor ressurreto. At. 7:55.
6. Ser nosso guia no ministério. At. 16:7-10.
X. PENTECOSTES. At. 2.
1. O Espírito Santo veio quando:
a) O dia de Pentecostes se cumpriu. V.1.
b) Os discípulos esperaram por Ele. At. 1:4.
c) Os discípulos cumpriram a ordem de Jesus. Lc. 24:49; At. 1:4.
d) Perseveraram unânimes na oração. At. 1:14.
e) Esperaram pela promessa. Jl. 2:28-32.
2. O Espírito Santo veio sobre:
Todos os que esperaram o cumprimento da promessa. V.4; Jo. 7:39.
3. O Espírito Santo veio:
a) De repente, assim será a volta de Jesus. V.2; Mt. 25:6
b) Como um vento impetuoso, para vivificar. Ez.37:9.
c) Em forma de línguas de fogo. V.3.
4. O Espírito Santo veio para:
a) Glorificar a Cristo. Jo. 16:14.
b) Edificar a igreja de Cristo. Ef. 2:20-22.
c) Habitar no homem e fazer dele Seu templo. 1 Co. 6:19.
d) Conceder dons espirituais. v.4; l Co. 12:4.
e) Revestir as testemunhas de Cristo. At. 1:8.
f) Dar-nos a adoção de filhos. Rm. 8:15,16.
5. O Espírito Santo realizou coisas inéditas, grandes e poderosas:
a) Publicanos e pescadores encheram o mundo com o Evangelho de Cristo. At. 5:28; 17:6.
b) Ele causou grande espanto. V.12.
c) Perguntas sérias por Deus e conversões. Vv.37,41.
d) Obediência a Palavra de Deus. V.42.
XI. O TESTEMUNHO DO APÓSTOLO PEDRO. AT. 2:14-36.
1. Ele falou do cumprimento da promessa. Vv.16-21.
2. Da transformação dos seus irmãos. V.15 ss.
3. Da aceitação divina de Cristo. V.22.
4. Da grande culpa de Israel. V.23.
5. Do poder da ressurreição de Cristo. V.24.
6. Do testemunho de Davi. V.25 ss.; SI. 16:8.
7. Do fato da exaltação de Cristo. Vv.33-36.
XII. O PODER DO EVANGELHO. At. 2:37-47.
A mensagem anterior foi dirigida a Israel que rejeitou o seu Messias, mas Deus ofereceu ao povo uma nova oportunidade, através do Evangelho.
1. O que a mensagem do apóstolo causou?
a) Uma profunda convicção do pecado. A mensagem compungiu-lhes o coração. V.37.
b) Uma pergunta séria: o que devemos fazer? V.37.
c) Lima resposta clara. V.38.
d) A aceitação da mensagem. V.41.
b>2. Os frutos da fé:
a) Perseveravam na doutrina e na oração. Vv.42,46.
b) Amavam-se de coração. V.42.
c) Lembravam-se do Senhor, no partir do pão. V.42,46.
d) Cuidavam-se mutuamente. Vv.44,45.
e) Louvavam a Deus. V.47.
f) O número dos salvos aumentava diariamente. V.47.
XIII. O PENTECOSTES SIGNIFICA QUE:
1. O Senhor morreu por nossos pecados e foi exaltado. At. 2:23ss.; Jo. 7:39.
2. A promessa cumpriu-se. At. 2:16; Jl. 2:28-32.
3. Cristo tem poder para cumprir Sua palavra. At. 1:5.
4. Temos poder para testemunhar. At. 2:17,18.
5. Possuímos a plenitude de bênçãos. At. 2:39,40; Gl. 3:13,14.
6. Deus pode capacitar pessoas fracas e incapazes. At. 2:7.
7. Deus quer salvar todos. At. 2:21.
XIV. AQUELE QUE QUISER RECEBER O ESPÍRITO SANTO DEVE: AT. 19:2.
1. Primeiramente aceitar, pela fé, a obra da salvação de Jesus Cristo.
Muitos falam do Espírito Santo, mas nunca experimentaram o que é morrer com Cristo.
2. Separar-se do pecado reconhecido.
3. Confessar e dispor-se a levar o opróbrio de Cristo. Hb. 13:13.
4. Entregar sua vida sem reservas a Deus. O Espírito Santo deve possuir-nos completamente.
5. Orar especificamente. Lc. 11:13; Mc. 11:24.
Quem ora assim, sabe que pede conforme a vontade de Deus. 1 Jo. 5:14,15.
XV.O PODER DO ESPÍRITO SANTO. Rm. 15:13.
É indispensável para os filhos de Deus em todos os tempos para:
1. Convencer os pecadores. Jo. 16:8-1 1.
2. Iluminar os filhos de Deus. Jo. 16:13; Jo, 14:26.
3. Dar-lhes o espírito de adoção de filhos. Rm. 8:15; Gl. 4:5,6.
Segundo João 3, fomos renascidos pela palavra e pelo Espírito e, clamamos agora: Aba, Pai; e anelamos pela casa do Pai celeste. Jo. 14:1-3; Hb. 11:10.
4. Santificar-nos. l Co. 6:11; Rm. 15:16.
5. Despertar, em nós, o espírito de oração. Rm. 8:26; Ef. 6:18.
6. Dar comunhão. l Jo. 1:3 ; Fp. 2:1.
7. Dar verdadeira consolação. Jo. 15:26.
XV. O ESPÍRITO SANTO ATUA:
1. Derramando o amor de Cristo no coração. Rm. 5:5.
2. Ensinando a andar no Espírito. Rm. 8:4,5.
3. Fortalecendo os crentes para o ministério. Ef. 3:16.
4. Assistindo os filhos de Deus em suas fraquezas. Rm. 8:26.
5. Produzindo o fruto espiritual no crente. Gl. 5:22.
6. Concedendo força para um testemunho alegre. At. 2:4.
XVI. NÓS AGRADECEMOS AO ESPÍRITO SANTO PORQUE:
1. Concede sabedoria e conhecimento. 1 Jo. 2:20.
2. Guia e aconselha. At.15:28.
3. Reveste para o ministério. At. 6:3.
4. Mostra o caminho. At. 13:2.
5. Dá tarefas. 1 Pe. 4:14.
6. É a riqueza do crente. At. 8:29.
7. Sem Ele nada podemos fazer. Zc. 4:6.
XVIII. OS SOFRIMENTOS DO ESPÍRITO. EF. 4:30. Nós lemos e falamos muito sobre os sofrimentos de Cristo. Porém, ignoramos completamente os sofrimentos do Espírito.
1. Ele é blasfemado pela arrogância e impiedade do homem. Mt. 12:3 1,32.
2. Ele é ofendido pela soberba do homem. Hb. 10:29.
3. É desafiado pela desobediência. Is. 63:10.
4. Os incrédulos resistem ao Espírito. Gn. 6:3; At. 7:51.
5. É tentado através da hipocrisia. At. 5:1-11.
6. Sente-se traído pela mentira e ganância do homem. At. 5:3.
7. Apagado pela desobediência do crente. 1 Ts. 5:19,20.
8. Entristecido por conversas torpes. E14:29,30.
XIX. OS DONS DO ESPÍRITO SANTO. I Co 12.
O Senhor Jesus é a dádiva de Deus ao mundo. Jo. 3:16. Ele oferece tudo o que a humanidade pecaminosa necessita para poder comparecer diante de Deus. O Espírito Santo é a dádiva do Pai e do Filho a todo crente. Ele oferece todas as condições para uma vida frutífera e um testemunho poderoso. 2 Pe. 1:3-7.
1. Estes dons são diversos. Aqui se mencionam nove. Parece que, na igreja de Corinto, todos estavam presentes. Vv.8-10.
2. Os dons do Espírito devem ser procurados com zelo. V.31; 1 Co. 14:1,39.
3. Foram dados por Deus para a edificação da igreja. V.11.
4. Como membros do corpo devemos ser vivificados pelo Espírito e edificados como pedras vivas. 1 Pe. 2:5.
6. São em beneficio de todos. Toda igreja deve aproveitá-los. V.7.
7. Os dons do Espírito devem ser usados com cuidado. Muitos enterram seus dons e toda igreja sofre por isso danos. 1 Tm. 4:14; Mt. 25:18; Ef. 4:16.
7. Devem ser reavivados. 2 Tm. 1:6,7.
XX. NO ESPÍRITO.
Após ter recebido o Espírito Santo, o nascido de novo deve mover-se e atuar neste Espírito.
1. Somente, no Espírito, podemos adorar. Jo. 4:23,24.
Adorar, no Espírito, não se limita apenas em ser alguém sério, o mundo também consegue isto. A adoração, que não é oferecida no Espírito, não é aceita por Deus. Ela é apenas fogo estranho sobre o altar. Lv. 10:1ss.
2. No Espírito, percebemos a voz de Deus. Ap. 1:10-18.
No Espírito, João ouviu e viu tudo o que há no céu e na terra, como descreveu em Apocalipse.
3. No Espírito, entendemos as coisas celestes. Ap. 4:1,2.
O livro de Apocalipse tem quatro grandes trechos e cada um deles inicia com: "Achei-me em Espírito" ou "Transportou-me em Espírito". 1:10; 4:2; 17:3; 21:10.
De outro modo, os grandes mistérios não são compreendidos. Eis a razão porque é tão difícil compreender as coisas futuras. 2 Co. 12:4.
4. No Espírito, vem o poder de Deus ao encontro da impossibilidade humana. Ez. 37:1-10.
5. No Espírito, o crente experimenta o consolo divino. At. 20:22-24.
6. Todo nosso serviço deve ser feito no Espírito. At. 6:3.
Deus não abre mão de santidade e nem negocia com princípios. É muito fácil para você e para mim compreender e aceitar que Jesus veio morrer na cruz e nos conceder vitória, salvação, paz e felicidade. Nada nos custa e nada temos a perder , só a ganhar.
O Espírito Santo precisa nos colocar na cruz, para que Jesus Se assente no trono do nosso coração. Na cruz terão que ser crucificados o egoísmo, ira, cólera, transgressão, intemperança, presunção e a indiferença ao estudo profundo e sistemático das Verdades bíblicas.
A atuação dos anjos no Novo Testamento
Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ
seminarionainternetdoprofjanio.blogspot.com.br
Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!
Vamos meditar na Palavra de Deus inicialmente em Marcos 1:13 que diz:
E esteve no deserto quarenta dias sentado tentado por Satanás; estava entre as feras, e os anjos o serviam.
Não há menção do Anjo do Senhor nos Evangelhos ou nas Epístolas e apenas uma referencia história em Atos (7:38). É necessário perguntar porque razão uma figura tão destacada no Velho Testamento desaparece subitamente no Novo. A resposta é clara, não desapareceu. Apenas assumiu uma diferente forma. Na Nova Aliança o Anjo do Senhor incarnou como Jesus, o Messias.
Todos os atributos e trabalho antes descritos como sendo do Anjo são agora encontrados em Cristo. Através de ambos Deus desenvolve as suas tarefas de redenção, julgamento e revelação. E não são ambas as pessoas justamente descritas na expressão do escritor de Hebreus: “" o brilho da Sua Glória e a própria imagem da Sua substância
No entanto, o Anjo reaparece no último livro do Novo Testamento e aqui revela-se em toda a sua glória (Ap 1:10-4:1; 14:14-16(?); 19:11-21; 22:7,12-20). João equaciona-o, claramente, com as figuras em Ezequiel e Daniel que tinham a aparência de um homem. Mais à frente é designado como a Palavra de Deus (19:13), o Filho de Deus (2:18), e como aquele que estava morto e que vive para sempre.
Se fosse necessária qualquer outra prova que o Anjo do Senhor é o Logos na sua forma pré incarnada, isto seria suficiente. A descrição de João de “um como o filho do homem” também esclarece que o Anjo é uma pessoa divina – pois ele, como o Pai (1:8), é o Alfa e o Ômega, o Principio e o Fim (22:13).
A crença em anjos no Novo Testamento
Os cristãos não eram o único grupo do primeiro século que acreditava na existência de anjos. A maioria das seitas do judaísmo, berço do cristianismo, professava a crença nesses mensageiros celestes, á exceção provável dos saduceus (At 23.8).
0 interesse dos judeus por anjos havia crescido de forma notável durante o período intertestamentário, quando o segundo templo foi construído, após o retorno do cativeiro babilônico. É provável que esse aumento de interesse pelos anjos tenha ocorrido como resultado da ênfase nesse período á idéia de que Deus havia se distanciado do seu povo, já que não havia mais profetas.
A ausência de profetas, os mensageiros oficiais de Deus ao seu povo, provocava a necessidade de outros mediadores da vontade divina. Os anjos vieram ocupar esse espaço no judaísmo do segundo templo.
0 aumento do interesse pelo mundo celestial e pelos seus habitantes, os anjos, nota-se nos escritos judaicos produzidos antes ou logo após o nascimento do cristianismo. Exemplos desta tendência se percebem em alguns livros apócrifos (4 Esdras 2.44-48; Tobias 6.3-15; 2 Macabeus 11.6). 0 mesmo se vê em alguns dos escritos dos sectários do Mar Morto achados nas cavernas do Wadi Qumran, como o rolo da Batalha entre os Filhos das Trevas e os Filhos da Luz.
Alguns dos escritos produzidos pelo movimento apocalíptico dentro do judaísmo, mais que os escritos de outros movimentos, enfatizava o ministério dos anjos (1 Enoque 6. 1 ss; 9. 1 ss), 0 interesse pelos anjos se nota até mesmo nos escritos rabínicos datados a partir do século III (com exceção do Mishnah), e que possivelmente representam a linha principal do judaísmo no período do segundo templo.
As palavras mais comuns para "anjos" no Novo Testamento A palavra mais usada no Novo Testamento para "anjo" é aggelos, que é a tradução regular na Septuaginta da palavra hebraica Mala‘k. Ambas significam ‘mensageiro". Aggelos é usada umas poucas vezes no Novo Testamento para mensageiros humanos, como por exemplo os emissários de João Batista a Jesus (Lc. 7.24; Tg 2.25; Lc 9.52).
Na maioria esmagadora das vezes, a palavra refere-se aos mensageiros de Deus, que povoam o mundo celeste e assistem em sua presença. Aggelos é usada tanto para anjos de Deus quanto para os anjos maus.
Existe outro termo no Novo Testamento para se referir aos anjos, o qual só Paulo emprega: "principados e potestades". Em duas ocasiões é usado em referência aos demônios (Ef 6.12; Cl 2.13) e em três outras aos anjos de Deus (Ef 3.10; Cl 1.16; 1 Pe 3.22).
Em todos os casos, refere-se ao poder e á hierarquia que existe entre esses espíritos. “Outra palavra usada no Novo Testamento para anjos e pneuma, geralmente no plural (pneumata), que se traduz por espíritos”.
Embora o termo seja empregado geralmente para os anjos maus e decaídos (quase sempre qualificado pelo adjetivo "imundo",(Mt 12.43; Lc 4.36; At 8.7), é usado pelo menos uma vez para os anjos de Deus, como sendo "espíritos administradores" (Hb 1. 14).
Alguns estudiosos têm sugerido que "espíritos" também se refere a anjos em outras passagens onde a palavra pneumata aparece, como por exemplo, 1 Co 14.12. Neste versículo o apóstolo Paulo aprova e incentiva o desejo dos membros da igreja por pneumata, expressão quase que universalmente traduzida como "dons espirituais", devido ao contexto.
Paulo, na verdade, não se refere a dons espirituais, mas aos anjos que estavam presentes aos cultos (1 Co 11. 10). Sua tese é que existe uma relação estreita entre as manifestações sobrenaturais que estavam acontecendo na igreja de Corinto e o ministério angélico.
Tais manifestações, ou parte delas, não eram produzidas pelo Espírito Santo, e nem também por espíritos malignos, mas por estes espíritos bons. Outras passagens onde "espíritos" significa "anjos", segundo Ellis, são 1 Co 14.32; 1 Jo 4.1-3; Ap 22.6.1(1).
Embora esta sugestão seja interessante e provocativa, fica difícil ver como "espíritos" produtores de dons espirituais se encaixam no contexto de 1 Co 14.12 e no ensino de Paulo de que os dons são dados pelo Espírito Santo.
0 uso de pneumata em 1 Co 14.12 (bem como nas demais passagens mencionadas acima) pode ser explicado á luz de 1 Co 12.7, onde Paulo afirma que há diferentes manifestações do Espírito Santo. Ou seja, o mesmo Espírito manifesta-se de formas diferentes através de pessoas diferentes. Paulo refere-se a estas manifestações como "espíritos". Elas equivalem aos dons espirituais. E difícil admitir que Paulo aprovaria um desejo dos crentes de Corinto de buscar estas entidades celestiais.
Anjos através dos livros do Novo Testamento
A presença e a atividade de anjos registradas nos evangelhos sinópticos (Mateus, Marcos e Lucas) indicam invariavelmente a intervenção direta de Deus. Como mensageiros fiéis de Deus, que têm acesso a presença divina (Lc 1. 19; 12.8; Mt 10.32; Lc 15.10), a visita ou a intervenção de um deles equivale a uma manifestação divina.
A encarnação e o nascimento de Jesus foram marcados pela presença de anjos, indicando a participação direta de Deus no nascimento do Messias (Mt 1.20; 2.13,19; Lc 1 . 11; 1.26-38). Embora os evangelhos não registrem quase nenhuma participação direta dos anjos assistindo a Jesus em seu ministério (o que poderia ter ocorrido, se Jesus quisesse, Mt 26.52), os anjos acompanharam o Senhor e se rejubilaram a medida em que pecadores se arrependiam (Lc 15.10).
As poucas vezes em que se manifestaram visivelmente tinham como propósito demonstrar que Ele era amado e aprovado por Deus (Mt 4.11; Lc 2143). Os anjos ainda participaram da sua ressurreição, da anunciação ás mulheres, e da anunciação aos discípulos de que Jesus havia de voltar (Mt 28.2-5; At 1.9-11). E o próprio Jesus também mencionou varias vezes que os anjos participariam) da sua segunda vinda e do Juízo final (Mt 13.4 1; 16.27; 24.3 l).
Embora nos evangelhos a atividade dos anjos praticamente se concentre em tomo da pessoa de Jesus, ele mesmo menciona uma atividade deles relacionada aos homens, "cuidado para não desprezarem nenhum destes pequeninos. Eu afirmo que os anjos deles estão sempre na presença do meu Pai que está no céu" (Mt 18. 10, ).
Aqui Jesus fala do cuidado vigilante de Deus pelos "pequeninos ‘, através dos anjos. A quem Jesus se refere por pequeninos" tem sido debatido pelos estudiosos, já que o termo pode ser tomado literalmente (crianças) ou figuradamente (os discípulos).
Talvez a última possibilidade deva ser a preferida, já que Jesus usa regularmente pequeninos" para se referir aos discípulos, Mt 10.42; 18.6; Mc 9.42; Lc 17.2. Qualquer que seja a interpretação, a passagem não está ensinando que cada crente ou criança tem seu próprio "anjo da guarda", como era crido popularmente entre os judeus na época da igreja primitiva. Fazia parte desta crença que o anjo guardião" poderia tomar a forma do seu protegido ( At 12.15).
Jesus está ensinando nesta passagem que Deus envia seus anjos para assistir aos "pequeninos", e que, portanto, nós não devemos desprezar estes "pequeninos". Esse ministério angélico para com os "pequeninos" faz parte do cuidado geral que os anjos desempenham, pelo povo de Deus ( SI 9 1.11; Hb 1. 14; Lc 16.22).
A passagem, portanto, não deve ser tomada como suporte á crença popular em "anjos da guarda".
E importante notar que o Evangelho de João faz pouquíssimas referências á atividade dos anjos, embora, segundo João, Jesus tenha dito aos seus discípulos, no início do seu ministério, que eles veriam, os anjos subindo e descendo sobre si (Jo 1. 5 1 ).
Possivelmente esta passagem não deva ser entendida literalmente no que se refere aos anjos, mas apenas como uma alusão ao sonho de Jacó (Gn 28.12) e ao seu cumprimento na pessoa de Cristo (unindo o céu á terra). No relato de João das boas novas, os anjos só revelam a sua presença ao lado da sepultura de Jesus (Jo 20.12)(2).
Não há menção de anjos cm Tiago, e nem nas três cartas de João. Pedro menciona apenas que os anjos anelam compreender os mistérios do Evangelho (1Pe 1. 12), e que estão subordinados a Cristo (3,22). Em Judas encontramos mais uma referência enigmática aos anjos, desta feita cm relação ao confronto do arcanjo Miguel com Satanás, em disputa pelo corpo de Moisés (Jd 9).
Esse incidente não é narrado no Antigo Testamento, mas aparece num livro apócrifo que era bastante popular entre os judeus chamado A Ascensão de Moisés. Neste livro o autor narra que, após a morte de Moisés, sozinho no monte, Deus encarregou o arcanjo Miguel de dar-lhe sepultura.
0 diabo veio disputar o corpo, alegando que Moisés era um assassino (havia matado o egípcio), e que, portanto, seu corpo lhe pertencia. De acordo com a Ascensão, Miguel limitou-se a dizer que o Senhor repreendesse os intentos malignos de Satanás. Embora narrado num livro apócrifo, o incidente deve ter ocorrido, e Deus permitiu que, através de Judas, viesse a alcançar lugar no cânon do Novo Testamento.
A carta aos Hebreus menciona os anjos nada menos que 13 vezes, 11 das quais nos dois primeiros capítulos, onde o autor procura estabelecer a superioridade de Cristo sobre os anjos (Hb 1.4-7,13; 2.2,15,16). A razão para esta abordagem foi possivelmente a exaltação dos anjos por parte de muitos judeus no século I.
0 autor, escrevendo a judeus cristãos sentiu a necessidade de diferenciar a mensagem do evangelho trazida por Cristo, e as muitas mensagens e mensageiros angelicais que infestavam a crendice popular judaica no século I.
E no livro de Apocalipse que temos a maior concentração no Novo Testamento do ensino sobre anjos. É o livro do Novo Testamento que mais emprega a palavra aggelos (67 vezes). Aqui os anjos aparecem como agentes celestes que executam os propósitos de Deus no mundo, como proteger os servos de Deus (Ap 7.1-3) e administrar os juízos divinos sobre a humanidade incrédula e impenitente (Ap 8.2; 15.1; 16.1).
Apocalipse está cheio das visões que o apóstolo João teve do céu, e os anjos aparecem como habitantes das regiões celestes, ao redor do trono divino, em reverente adoração a Deus e ao Cordeiro (Ap 5.11; 7.11), mediando ao apóstolo João as visões e as instruções divinas (Ap 1.1).
Uma questão que tem atraído o interesse dos intérpretes é o sentido da palavra "anjo" em Ap 1.20, "os anjos das sete igrejas" ( Ap 2.1,8,12,18; 3,1,7,14).Alguns acham que João se refere aos pastores das igrejas às quais endereça suas cartas, já que em Malaquias os líderes religiosos são chamados de anjos (MI 2.7). Ou então, aos mensageiros (aggelos) das igrejas que haveriam de levar as cartas às suas comunidades.
0 problema com estas interpretações é que a palavra aggelos em Apocalipse nunca é usada para seres humanos, mas consistentemente para anjos. Por este motivo, outros, como Orígenes no século II, acham que João se refere a anjos reais, já que este é o uso regular que ele faz da palavra no livro. Estes anjos seriam os anjos de guarda de cada igreja a quem João manda uma carta.
A dificuldade óbvia com esta interpretação é que as advertências e repreensões das cartas seriam dirigidas a anjos, e não aos membros da igreja. Além do mais, fica claro pelo fim de cada carta que elas foram endereçadas aos membros das igrejas (2.7,11,17 ).
Assim, outros estudiosos têm sugerido que "anjos" representam o estado real de cada igreja, o "espírito" da comunidade. Esta idéia, que no deixa de ser curiosa e estranha, tem sido adotada por alguns que defendem que igrejas têm suas próprias entidades espirituais malignas, que se alimentam dos pecados não tratados das mesmas(3). Fica difícil tomar uma decisão. Mas, já que é evidente que os anjos e as igrejas são uma mesma coisa nestas passagens, a " interpretação que talvez traga menos dificuldades é que aggelos (anjos) se refere aos pastores das igrejas.
Anjos em batalha espiritual
Outra passagem cm Apocalipse que merece destaque é a que descreve uma batalha no céu entre Miguel e seus anjos, contra o dragão e seus anjos, onde Satanás é derrotado e lançado á terra (Ap 12.7-9).
A que evento histórico esta guerra celestial corresponde tem sido bastante discutido. Para alguns, refere-se á queda de Satanás no principio, quando revoltou-se contra Deus e foi expulso dos céus. Para outros, a vitória final de Cristo, ainda por ocorrer no fim dos tempos.
0 contexto, entretanto, parece favorecer outra interpretação, ou seja, que esta derrota de Satanás nas regiões celestiais corresponde à vitória de Cristo, ao morrer e ressuscitar, já que ela aconteceu, "por causa do sangue do cordeiro" (Ap 12. 10; Jo 12.3 1; 16.1 l).
À semelhança do Antigo Testamento, o Novo é igualmente reservado em narrar estas pelejas celestiais, e limita-se a registrar dois confrontos do arcanjo Miguel com Satanás (Jd 9; Ap 12.7-9). Não temos condições de saber quais as razões para estes embates entre anjos, e nem quão freqüentemente eles ocorrem no misterioso mundo celestial.
Digno de nota é o fato que Miguel, que no Antigo Testamento aparece como guardião de Israel, surge aqui em Ap 12.7-9 como defensor da Igreja, liderando as hostes angélicas contra Satanás e seus demônios, que procuram destruir a obra de Deus.
Sua área de ação não e mais o território de Israel, mas o mundo, onde quer que a Igreja esteja. A constatação deste fato deveria moderar a fascinação de muitos hoje pela idéia de espíritos territoriais, maus ou bons, que seriam supostamente responsáveis por determinadas regiões geográficas, e que se embatem em busca da supremacia sobre aqueles locais.
É possível que as nações ou outras regiões tenham seus príncipes angélicos, bons ou maus, mas esta idéia não exerce qualquer função ou influência no ensino do Novo Testamento, quanto aos anjos e á sua participação na luta da igreja contra os "principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso" (Ef 6.12).
Enquanto que em Daniel os principados e as potestades aparecem relacionados com determinados territórios, no Novo Testamento eles aparecem não mais relacionados com regiões, mas com este mundo tenebroso. 0 conflito regionalizado do Antigo Testamento tomou caráter universal e cósmico com a vitória de Cristo.
0 diabo e seus príncipes malignos são vistos agora como dominadores, não de determinadas regiões geográficas, mas "deste mundo tenebroso". E os anjos agora servem aos servos de Deus, em qualquer região geográfica do planeta, onde se encontrem.
INTELIGENTES E PODEROSOS
Embora o assunto seja extenso, vejamos três aspectos da doutrina cristã sobre anjos, que responde à pergunta central sobre estes seres. Por que existem os anjos?
1. Os anjos são seres espirituais.
2. Têm atividades definidas pelo próprio Deus.
3. Protegem os filhos de Deus.
Os anjos têm personalidade e inteligência. "Ele fez isso para resolver este caso. O senhor é sábio como um anjo de Deus e sabe tudo o que acontece". (2 Sm 14.20.
Têm também direito de escolha e sentimentos, e isso fica claro quando se refere a Satanás, um anjo rebelado. "Você ficou ocupado, comprando e vendendo, e isso o levou à violência e ao pecado. Por isso, anjo protetor, eu o humilhei e expulsei do monte de Deus, do meio das pedras brilhantes. Você ficou orgulhoso por causa da sua beleza, e a sua fama o fez perder o juízo".( Ez 28.16-17).
E o próprio Jesus fala da alegria dos anjos. "Pois digo que assim também os anjos de Deus se alegrarão por causa de uma pessoa de má fama que se arrepende".( Lc 15.10).
A primeira conclusão é de que são seres espirituais, a serviço de Deus, para ajudar aqueles que serão salvos. Geralmente aparecem como adultos, têm capacidades especiais, memória, uma inteligência aguçada e sentimentos. De certa forma, não são muito diferentes de nós.
Esses seres ministradores têm atividades específicas. Adoram e servem a Deus. "Louvem ao Deus eterno todos os anjos do céu, que o adoram e fazem a sua vontade". (Sl 103.21).
Participarão do juízo divino, conforme explica o apóstolo Paulo: "Porque Deus fará o que é justo. Ele trará sofrimento sobre aqueles que fazem vocês sofrerem e dará descanso a vocês e também a nós que sofremos. Ele fará isso quando o Senhor Jesus vier do céu e aparecer junto com seus anjos poderosos". 2 Ts 1.6-8.
Eles trazem importantes notícias, instruem e guiam os filhos de Deus. Segundo o escritor da carta aos Hebreus, os mandamentos foram entregues a Moisés por anjos. "Por isso devemos prestar mais atenção nas verdades que temos ouvido, para não nos desviarmos delas. Ficou provado que a mensagem que foi dada pelos anjos é verdadeira, e aqueles que não a seguiram nem lhe obedeceram receberam o castigo que mereceram". Hebreus 2.2.
Ao contrário do que a vulgarização sobre angelologia prega, eles não estão debaixo da nossa vontade. Mas agem de acordo com a justiça de Deus nos julgamentos divinos. Participaram dos juízos de Sodoma e Gomorra, do Egito opressor, da destruição do exército de faraó na travessia do Mar Vermelho e em muitos outros eventos. E estarão com Cristo por ocasião do grande julgamento final.
MISSÃO ESPECIAL
E por fim, protegem e cuidam dos filhos de Deus. "O anjo do Deus Eterno fica em volta daqueles que O temem e os livra do perigo". Salmo 34.7.
Dessa maneira, uma de suas principais tarefas, é acompanhar os filhos de Deus, em todos os momentos de suas vidas, mas especialmente naqueles de dificuldades. Não damos ordens aos anjos, já que eles são ministros de Deus, agentes secretos do Criador para proteção e guarda de seus filhos.
Diante das modas místicas, todos aqueles que se aproximam de Deus devem se lembrar do que diz Paulo, o apóstolo: "Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, um homem, Cristo Jesus, que se deu em resgate por todos". 1Timóteo 2.5.
ESPÍRITOS...
Aprendemos com a Bíblia que são superiores ao ser humano em inteligência, em vontade e em poder (11). Têm personalidade e responsabilidade moral como nós o temos. No entanto, apesar de sua inteligência ser sobre-humana, é limitada.
Ou seja, não são oniscientes (só Deus o é), não conhecem o futuro (isso pertence a Deus), não conhecem os segredos de Deus (12). Por causa da vontade livre deles, alguns anjos pecaram, e a Bíblia faz referência a essa Queda de um grupo de anjos (13).
O poder dos anjos que é delegado nos supera em muito conforme tantos testemunhos na Escritura Sagrada (14). Isso quer dizer, então, que os anjos têm todos os elementos essenciais da personalidade, e além dos acima mencionados, possuem sensibilidade, emoções, e são capazes de adorar a Deus com inteligência (Sl 148.2).
E porque o Deus Vivo e Verdadeiro é Deus de ordem e não de confusão(15), os anjos estão organizados em uma hierarquia. E, realmente, amado, quando fazemos o estudo dos anjos, distinguimos três etapas. Primeiramente, o que fala a Bíblia até o Exílio na Babilônia; em seguida, do Exílio ao Novo Testamento, quando veio Jesus e ministrou entre nós; e, por último, o Novo Testamento.
É interessante que do início da História Sagrada até o Exílio (c. 527 a.C.), observamos que não há uma angelologia elaborada. O que temos são narrativas, bem lineares, até. E há uma presença marcante: a de uma figura chamada "o Anjo do Senhor". Vemos no Gênesis, em Êxodo e outros dessa primeira fase, a sua presença ostensiva e marcante.
Do Exílio em diante, a crença, a princípio simples, vai tomar um desenvolvimento muito especial. Existe inclusive o surgimento de toda uma literatura chamada pelos estudiosos do assunto de intertestamentária, que surgiu entre o último profeta da Antiga Aliança (Malaquias) e o primeiro da Nova Aliança (João, o Batista).
Não são anos de tanto silêncio, como geralmente se ensina. Há uma literatura denominada intertestamentária, como já destacado, notadamente encontramos literatura dessa época nos livros de Daniel e Zacarias, livros que mencionam a presença de anjos.
O Novo Testamento, por sua vez, reflete os principais ensinos do Antigo Testamento, e categorias e conceitos da literatura intertestamentária.
Anjos são organizados como um exército. Interessante e bonito isso! No topo estão os arcanjos, anjos comandantes, chefes(16). Menciona em seguida tronos, dominações, principados, potestades, virtudes, que sejam designações hierárquicas dos anjos numa elaboração de um esquema bem organizado (cf. Cl 1.16; Rm 8.38; Ef 1.21).
Paulo, em Efésios 6, coloca essas categorias ou hierarquias no exército do Maligno também (17). Existe o exército de Deus, mas o Maligno tem igualmente o seu com os mesmos princípios: um arcanjo, que é Lúcifer, encontrando-se, do mesmo modo, principados, potestades, dominações. Paulo, mesmo, declara que Jesus Cristo já desarmou e venceu essas forças da malignidade:
"e havendo riscado o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz; e, tendo despojado os principados e potestades, os exibiu publicamente e deles triunfou na mesma cruz" (Cl 2.14,15).
E os serafins? A palavra serafim é interessante porque em hebraico o verbo saraph significa "arder, pegar fogo, queimar".
O serafim é "aquele que queima"; o que queima purifica: é, então, "aquele que purifica". São guardiães, também, da santidade do Eterno lembrando o fogo e sua obra de purificação. E, realmente, só aparecem os serafins uma vez em Isaías 6, na visão do profeta, com seis asas.
A propósito, anjo tem asas? Não; a figura das asas em anjos é para mostrar graficamente a presteza, a velocidade com que executam as ordens de Deus. No entanto, não vamos encontrar os mensageiros de Deus com asas em Sodoma, ou guiando Agar no deserto, ou o povo de Deus na peregrinação no deserto. A única menção é a dos serafins, e outra no Apocalipse a respeito de anjos alados(24).
E o arcanjo? Na Bíblia só aparece o nome de um que é Miguel(25). E tem ele sempre papel combativo. Quem é Miguel? Qual a diferença de Miguel para Gabriel? Miguel é aquele que está relacionado a missões guerreiras; é quem comanda as batalhas do Senhor.
Então, sempre que lerem ou ouvirem o nome Miguel, lembrem-se que é ele o anjo guerreiro por excelência(26). É o mensageiro da lei e do julgamento(27), e seu próprio nome que é, aliás, uma pergunta retórica, é um grito de batalha e significa "QUEM É COMO DEUS?"e tem como resposta: "Ninguém!" Quem pode ser como Deus?
A resposta só pode ser uma: "Ninguém!" É isso o que Miguel, que sempre aponta para Deus, nos está lembrando!
E Gabriel? Agora é diferente. Se Miguel é o anjo guerreiro por excelência, Gabriel é o que está relacionado com missões de paz. É o contrário: Gabriel é o mensageiro das boas notícias, é o mensageiro dos mensageiro, o mensageiro da promessa de Deus, é o anjo da revelação, é quem explica mistérios a respeito de futuros acontecimentos, até políticos(28).
É mencionado quatro vezes na Bíblia, e sempre como mensageiro: Daniel 8.16; 9.21, e novamente no Evangelho de Lucas, capítulo 1 notificando a Isabel e a Maria, sobretudo, que ela vai ser a mãe do Salvador(29). Gabriel é um nome muito sugestivo e significa "Herói de Deus", "Valente de Deus", "Campeão de Deus".
NO FUTURO
Há um futuro papel dos anjos. Está em Mateus 24. Diz que "Quando o Senhor vier, Ele mandará Seus anjos para reunir os Seus eleitos de todos os quadrantes do mundo". Onde houver um crente em Jesus Cristo, o anjo vai lá e o trás no momento do grande Arrebatamento. Quando isso acontecer, a palavra de Jesus ensina que são os anjos que virão nos buscar.
Há valores teológicos inigualáveis nas declarações bíblicas sobre os anjos.
Podemos também extrair preciosas lições:
1. A Bíblia declara que ao lado do mundo que nós vemos Deus criou outro mundo de espíritos invisíveis, de seres puros que O servem. A Deus e a nós também. No Salmo 103.20 está dito, "Bendizei ao Senhor, anjos seus, magníficos em poder, que cumpris as suas ordens, que obedeceis à sua voz"(44).
2. Deus não perdoa a rebeldia. Que é desobediência, orgulho, e atentado à ordem dos Seus planos (45).
Por esse motivo, Deus não perdoou os anjos que se rebelaram, os quais foram condenados à eterna separação Dele. Deus não perdoa a nossa rebeldia também, a nossa insensatez, e a nossa desobediência. E a Bíblia declara que "O salário do pecado é a morte"(46).
3. O ministério dos anjos na Bíblia é doutrina importante, doutrina essencial para que entendamos a providência de Deus e a direção soberana da Sua criação. Nós sabemos que a intervenção guiadora dos anjos na dispensação da Lei é substituída pela direção do Espírito Santo na dispensação do Novo Testamento. O Senhor não autoriza o culto aos anjos. E a idéia de anjos medianeiros também é um absurdo porque eles usurpam o lugar de Jesus Cristo.
4. Os anjos são poderosos, mas não são Deus; são poderosos, mas não são a Trindade; são poderosos, mas não são o Espírito Santo; têm poder, mas não são Jesus Cristo, não são mediadores, não têm o atributos de Deus, não possuem qualquer capacidade de regenerar o ser humano.
O estudo dos anjos nos enche com uma nova visão e assombro pela grandeza de Deus. Especialmente quando pensamos que os anjos, poderosos como são, adorando a Deus, cumprindo a Sua vontade, são um exemplo para nós. Isso nos dá agora um senso de humildade diante de Deus e de gratidão porque os anjos estão ao nosso redor.
5. Os anjos apontam para a nossa dignidade no futuro porque nós seremos iguais aos anjos de Deus, a Bíblia diz.
6. Tudo isso nos encoraja e estimula a servir a Deus com a totalidade do nosso ser.
7. Os anjos se alegram quando alguém se volta para Cristo. A palavra de Deus acerca disso nos ensina em Lucas 15.10, "Há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende".
Os anjos não estão apenas presentes na Bíblia, eles estão presentes em muitos textos! Nas páginas da revelação eterna de Deus, as Escrituras, não apenas descreve o que eles têm feito, mas também o que eles fazem no nosso dia–a-dia, o que fizeram no passado e demonstra a força destes servos e guerreiros invisíveis.
"Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?" (Hb.1.14).
A reposta da Bíblia é sim, e isto significa que o seu ministério aplica-se a nós - hoje.
Que Deus nos auxilie a compreender e viver a reverência, a submissão e o serviço que os anjos desempenham para que, deste modo, o que Jesus expressou na Oração do Senhor seja pura realidade: "Seja feita a tua vontade assim na terra como no céu!"
Que Deus nos abençoe, amém!
Aprendendo a vencer as adversidades com Neemias
Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ
seminarionainternetdoprofjanio.blogspot.com.br
Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!
Nós vamos meditar na Palavra de Deus nesta oportunidade em Ne 4.9
A obra de Deus sempre enfrentará oposição, pois não são poucos os que a confundem com obra de homens. No estudo desta semana veremos a respeito de como os cristãos devem responder às ameaças daqueles que desejam o fracasso do trabalho.
Neste estudo aprenderemos a identificar os inimigos e as suas estratégias, em seguida, destacaremos a necessidade de confiança em Deus diante das afrontas do inimigo Finalmente faremos as aplicações e as lições práticas para cada um de nós os obreiros do Senhor.
Neemias foi um líder intrépido, que sacrificou a vida sossegada que levava no palácio, onde era copeiro do rei na Pérsia, Artaxerxes, para servir a um povo aflito e desencorajado, como governador da Judéia, Ne 1: 11 e 2.
Cem anos eram passados, depois que os judeus regressaram do cativeiro (444 a.C.), e quase nada havia sido feito entre eles, a não ser a reconstrução do templo. Foi um período de estagnação e de grande aflição, pois os povos inimigos ao redor não permitiam que o povo de Deus prosperasse.
Não faltaram motivos para que esse servo de Deus viesse a fracassar ou desanimar com o ministério que Deus lhe havia confiado, ou seja, revitalizar a cidade de Jerusalém que estava totalmente destruída, 2: 13 a 17. No entanto, mesmo diante dos obstáculos foi capaz e muito perseverante em seu objetivo, buscando forças no Senhor para começar e terminar a tarefa de reconstrução da cidade.
Da mesma forma, o pastorado pode muito bem ser comparado ao seu trabalho, pois o dia-a-dia de um pastor é desafiador e muito desgastante. Assim como Neemias, o pastor enfrenta todo tipo de oposição. Coragem, determinação, comprometimento, motivação, amor à obra de Deus e outras qualidades foram muito importantes para o sucesso ministerial de Neemias.
I. COMPROMISSO COM DEUS
Neemias recebe a notícia de que os que restaram do cativeiro estavam em grande miséria e desprezo, o muro de Jerusalém destruído e as portas queimadas a fogo. Este fato lhe causou grande tristeza, o que levou Neemias a buscar a vontade de Deus, por meio da oração e jejum, 1: 3 e 4.
Com isso, sentiu-se parte do povo e decidiu, voluntariamente, com autorização do rei Atarxerxes, que se comoveu com a sua tristeza, assumir o compromisso de reconstruir a cidade: “... peço-te me envies a Judá, a cidade dos sepulcros de meus pais, para que a eu a edifique”, 2: 5.
É muito edificante percebemos, nos capítulos que se seguem, a disposição e dedicação desse homem de Deus. Ninguém lhe pediu para tomar para si a responsabilidade de reconstruir a cidade. Foi uma decisão que partiu dele. O compromisso de fazer a obra de Deus foi uma das grandes motivações de seu triunfo ministerial.
Aqui está uma lição muito relevante: o ministério ou pastorado bem-sucedido será sempre marcado por um verdadeiro espírito de desprendimento em favor da obra de Deus.
II. CORAGEM NA ADVERSIDADE
Neemias recebe carta do rei autorizando-o a conhecer “in loco” a situação de calamidade do seu povo, 2: 7. Chegando a Jerusalém e permanecendo na cidade por três dias, ele percebe, depois de andar pelas ruas de Jerusalém, à noite, que tudo que tinha ouvido falar era verdade.
A cidade estava totalmente assolada e era grande a miséria, 2: 17. Restava-lhe apenas enfrentar o desafio de revitalizar a cidade, ou seja, realizar o projeto de reestruturação de Jerusalém dado por Deus: “... o que o meu Deus me pôs no coração para fazer em Jerusalém”, v. 12.
Sem dúvida, ele estava esperando somente em Deus. Depois de fazer uma criteriosa inspeção dos danos causados pelos samaritanos e calcular as despesas do projeto de reconstrução, apela ao povo (judeus) e recebe apoio total para reedificar o muro e deixar o jugo do inimigo: “... levantemo-nos e edifiquemos. E esforçaram as suas mãos para o bem”, 2: 17 e 18.
No entanto, não sabiam eles que a oposição seria grande a partir desse momento. Não faltaram críticas e zombarias à atitude desse servo de Deus: “Que é que fazeis?”, 2: 19. Percebe-se, a partir do capítulo 3, que Neemias não se intimidou nos momentos de adversidade: “Que fazem estes fracos judeus”, 4: 2.
Ele rompeu com o medo e foi corajoso, ainda que o inimigo ameaçasse frustrar seus objetivos, cap. 4. O povo de Deus não se intimidou diante das afrontas. “Não os temais. Lembrai-vos do Senhor, grande e terrível, e pelejai...”, 4: 14. Coragem frente às críticas, às afrontas e insultos foi a receita para o triunfo do povo de Deus. Também em nossos dias precisamos nos valer dessa prerrogativa para vencer os desafios do ministério.
III. CONSOLIDAÇÃO DA MISSÃO
O desafio traz sempre a necessidade de sonhar ou de acreditar que há uma saída diante das dificuldades. Quando Neemias soube que os muros de Jerusalém estavam fendidos e as portas queimadas, acreditou que a história do seu povo poderia ser mudada com a sua participação. Foi aí que ele decidiu reedificar tudo.
Reconstruir era o grande desafio. Apesar dos que se opunham nada impediu o avanço e conclusão da obra de Deus. O capítulo 6 diz que os inimigos conspiram e intimidam o povo de Deus e usam até de suborno para atemorizar Neemias, v. 13. Mas ele era um líder determinado e estava convicto de sua missão. É assim que precisamos ser, pois estamos fazendo uma grande obra e não podemos parar ou recuar.
Neemias começou e terminou o projeto de revitalização da cidade. Tudo aconteceu em apenas cinquenta e dois dias. Todos os inimigos temeram e abateram-se muito em seus próprios olhos, porque reconheceram que a obra era de Deus e não de Neemias (dos homens), 6: 15 e 16.
É muito importante começar e acabar o projeto (missão) que Deus nos confiou. Não podemos deixar nossos sonhos morrerem. Concluir o projeto ou plano que começamos a fazer é fator determinante no pastorado. Por isso, siga em frente e seja um Neemias nas mãos de Deus, um obreiro comprometido com o reino, que rompa com o medo em meio às dificuldades. Persevere na vontade de Deus.
IV. OPOSIÇÃO À OBRA DE DEUS
Existem muitos inimigos da obra de Deus, e não é fácil responder às ameaças dos adversários. A fim de paralisar o serviço, os opositores se unem como fizeram Sambalá (norte), Tobias (leste) e Gesém (Ne 2.19).
No capítulo 4 de Neemias, outros inimigos são apresentados: os arábios (sul), os amonitas e os asdoditas (Ne 4.7). Uma das razões pelas quais os inimigos não querem o progresso da obra de Deus é a inveja.
Eles não medem esforços para atingir aqueles que trabalham para o Senhor. Sambalá, o líder dos adversários, ajunta o seu exército, incitando o povo contra o povo de Deus (Ne. 4.2). A estratégia do inimigo é a ridicularização, ele escarnece a fim de afetar a autoestima dos obreiros, chamando-os de fracos (Ne. 4.3).
O inimigo não quer que acreditemos no potencial de Deus em nós para fazer o trabalho. Se deixarmos de crer que Deus está conosco, e que nos capacitará para a obra, o inimigo terá êxito e vencerá a batalha, pois aquele que pensa que é incapaz já perdeu a luta. Para tanto, os inimigos tentaram se infiltrar no meio do povo de Deus a fim de causarem confusão (Ne 4.8).
Essa estratégia do inimigo visa desintegrar a identidade, não por acaso, muitos movimentos que nada têm de doutrina bíblica se apresentam como "pregadores", a fim de fazer com que as pessoas deixem de identificar os que servem verdadeiramente a Deus dos que servem apenas a eles mesmos.
Eles também atacam frontalmente os obreiros do Senhor, usam todos os recursos possíveis, para, se possível, destruir o povo de Deus. A mídia, nos dias atuais, tem desempenhado esse papel, os inimigos a utilizam em larga escala para denegrir a imagem dos cristãos.
Os pseudocrístãos também contribuem para a descaracterização daqueles que seguem o evangelho de Cristo.
V. A CONFIANÇA NO DEUS DA OBRA
Mas essa não é obra de homens, mas de Deus, pois Ele mesmo nos comissionou para que a desempenhássemos ( Mc 16.15; Mt. 28.19,20). Por essa razão, devemos, a todo instante, confiar em Sua Palavra, e demonstrarmos nossa confiança nEle através da oração.
Neemias ora a Deus, pois o servo do Senhor está consciente de a quem está servindo (Ne 4.4-9). A oração de Neemias é urgente, ele não deixa para depois, sabe do perigo e do risco que a obra corre, por isso, lança-se aos pés do Senhor.
É também uma oração franca, pois ele abre o seu coração, destacando como o povo, e ele mesmo, se sente diante da ridicularização dos inimigos. As palavras de Neemias na oração são fervorosas, ele demonstra paixão pelo Deus a quem serve.
Mas não apenas Neemias orou, todos os obreiros foram conduzidos à oração, e diante da afronta do inimigo, eles oraram e também se prepararam para o caso de precisarem entrar em peleja (Ne. 4.9).
A oração continua sendo uma demonstração de confiança em Deus nos dias modernos. Estamos diante de uma geração que esqueceu o real valor da oração, as facilidades tecnológicas e científicas instigam à autoconfiança. Muitos cristãos praticamente deixaram de buscar ao Senhor em oração, preferem tão somente agir, mas é preciso orar antes, durante e depois da ação, em todo tempo e lugar (Mt. 26.41; Ef. 6.18; I Ts. 5.17; I Tm. 2.8).
A oração e a leitura da Bíblia resultam em coragem e disposição para enfrentar os boatos espalhados pelos inimigos (Ne 4.12), aqueles que confiam em Deus e se dispõem a orar não se deixam tomar pelo desânimo causado pelos opositores (Ne. 4.10).
As palavras de encorajamento do líder também fazem toda a diferença, Neemias disse ao povo que não temesse, que se lembrasse do Senhor e que lutasse pelas suas famílias. Os cristãos estão envolvidos em uma batalha espiritual, mas nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas contra as potestades do ar.
As armas das nossas milícias são poderosas em Deus para a destruição das fortalezas do Inimigo (2 Co 10.4). Portanto, façamos uso de toda a armadura de Deus, para que possamos está firmes contra as ciladas do Diabo (Ef. 6.10,11).
VI. DESENVOLVENDO A OBRA DO SENHOR
Ao invés de dar ouvidos às palavras do inimigo, devemos nos voltar para o Senhor, e fazer a parte que nos compete na obra (Ne 4.15). Se ficarmos paralisados, refletindo sobre as afrontas do inimigo, não conseguiremos progredir, por isso, mantenhamos as mãos ocupadas, trabalhando para o Senhor, e em constante vigilância, com os olhos bem abertos (Ne 4.16-18).
Os ouvidos também devam está atentos ao caso de algum chamado urgente, isso aponta para a necessidade de identificar os diferentes toques do inimigo, principalmente a liderança deve ser capaz de reconhecer a voz do adversário, para não se deixar levar pelas suas estratégias (Ne. 4.18; Cl. 2.4,8).
Em resposta à fragmentação que o inimigo tenta impor ao povo de Deus, devemos permanecer juntos uns dos outros, em unidade (Ne. 4.19; At. 2.47,48). O convívio da igreja é um antídoto contra o individualismo que campeia na sociedade moderna.
As pessoas estão cada vez mais isoladas, mesmo as igrejas não estão imunes a essa realidade. As grandes igrejas padecem desse mal, pois os membros não conseguem construir relacionamentos, apenas contatos esporádicos. O envolvimento social, desenvolvido por Neemias no capítulo 5, é uma demonstração de integração do povo de Deus e de compromisso com as questões sociais. Não podemos nos deixar controlar pelo capitalismo selvagem que objetifica as pessoas, sacrificando-as ao deus mercado.
Na crise os ricos se aproveitam para tirar vantagem e explorarem os mais pobres (Ne. 5.5). A solidariedade, ao invés da ganância, deva ser a moeda mais forte, a situação dos que passam por privação precisa ser uma preocupação constante (Ne 5.1,2). As pessoas endividadas devam ter a oportunidade de saírem de tal condição, caso contrário estará para sempre debaixo do jugo da opressão, em desequilíbrio tanto moral quanto espiritual (Ne. 5.3).
Os impostos devam ser usados para investir nas necessidades básicas da sociedade, não para o enriquecimento ilícito de uma minoria (Ne 5.4). A liderança cristã deva ter cuidado para não se tornar presa e serem cúmplice de esquemas corruptos que defraudam o dinheiro dos pobres (Ne. 5.15,16).
O interesse pelo desenvolvimento do público sobre o privado é uma das principais marcas do líder compromissado com Deus (Ne. 5.14, 18), seu objetivo maior não é o de tirar vantagem, muito menos de viver em ostentação, mas o de permanecer íntegro e ver o bem de todos (Ne. 5.14).
VII. Tire as limitações
Deus jamais o limitará no recebimento de tudo o que Ele tem para você. A verdade é que você é quem O limita em sua vida!
Deixe-me perguntar-lhe: Quantas coisas grandes você pode sonhar em realizar para Deus? Quanto pode crer nEle para isso? A sua resposta determinará sua atitude espiritual ou a altura que você atingirá, na vida, com Cristo.
O limite é seu, não de Deus. Estude a Palavra e descubra que Deus não coloca limite algum sobre você.
O Senhor diz: "Nada vos será impossível" (Mt 17:20c).
Ele diz: "Tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis". (MC 11:24b)
Compete a você determinar até que altura voará na vida. Então, tire as limitações e fixe os olhos nas alturas, em Deus.
]Aprenda uma lição com a águia: construa a sua casa espiritual no fundamento certo – na Palavra – e a construa solidamente, de maneira a resistir às provas. Então, não tenha medo de dar um passo de fé e experimentar suas asas espirituais. É algo que você mesmo tem de fazer.
Você precisa aprender a crer em Deus e considerá-Lo na Sua Palavra. Se assim o fizer, logo se encontrará voando sobre o abismo das impossibilidades com nada por baixo dos seus pés, a não ser a Palavra de Deus. E você alcançará alturas maiores do que as que jamais imaginou que pudesse atingir!
VIII. Enfrentando a tempestade face a face
Você não deve temer as circunstâncias da vida ou as situações desafiadoras em que se possa encontrar. Você tem de sentir-se em paz, porque a Bíblia diz que não existe medo naquele cuja mente está em Cristo Jesus (Is 26:3).
Compete a você saber como reagir às tempestades que surgem em seu caminho. É decisão sua fugir apavorado ou não, ou começar a esfregar as suas mãos e dizer: "Oh, meu Senhor! Por que está acontecendo isso comigo?"
Isso já aconteceu com todos nós em alguma ocasião. Escondemo-nos face a um problema e esfregamos as nossas mãos perguntando-nos: "O que farei agora?"
Mas, graças a Deus, aqueles dias se foram! Não precisamos mais fugir do inimigo, apavorados. Podemos levantar-nos vitoriosos! No Reino espiritual, onde Deus deseja que habitemos, nós nos ergueremos com toda nossa força.
Deus não deseja que o inimigo leve vantagem sobre o Seu povo. Considere como a águia reage à tempestade. É certo que existe turbulência na tempestade, assim como o risco de destruição. Há ainda a possibilidade de devastação total. Mas, por causa da sua força e habilidade no vôo, a águia impede que a tempestade a destrua!
Sem dúvida, a águia sabe o que fazer no meio de uma tempestade. Ela tem a noção exata de quando virar-se e quando subir e cair com as correntes de vento. Assim, mesmo que ela enfrente uma força que a poderia destruir totalmente, ela não fica paralisada diante do que a tempestade possa causar-lhe. Por quê? Porque confia, tendo a consciência do que ela pode fazer.
Amigo, não devemos ser tão ignorantes pensando que o perigo potencial não existe, quando enfrentamos as tribulações. Certamente, precisamos compreender que o inimigo é uma força que nos pode destruir se permitirmos.
Entretanto, a partir do momento que sabemos o que a Palavra de Deus tem a ensinar-nos, podemos segui-La para saber exatamente de que jeito devemos mover-nos e qual direção tomar. Então, nas tempestades da vida, temos de agir confiantes, como a águia o faz em uma tempestade natural!
Quando você exercita a sua fé e confia em Deus para alguma questão, a resposta nem sempre vem instantaneamente. Assim, freqüentemente, o inimigo virá e tentará, ao máximo, fazê-lo desistir e desencorajá-lo de permanecer na Palavra.
Em tais situações, acontecerá com você uma das duas coisas: ficará desencorajado, deprimido e perderá a sua vitória, ou permanecerá firme, encarará a tempestade e exclamará: "Eu creio em Deus"!
IX. As lições para nós os obreiros
1. Durante muito tempo o príncipe deste mundo operou contra a igreja com perseguições, mortes, torturas, mais essa tática somente aumentava a fé e a coragem dos Cristãos. Muitos enquanto eram queimados vivo, mais alto se podia ouvir os louvores que glorificavam a DEUS....Este foi o cenário durante séculos, mas hoje em dia o inimigo de nossas almas está usando uma tática diferente, chama-se “Frieza Espiritual”. E essa frieza tem varias causas.
O diabo tem destruído os muros de proteção da Igreja, e tem levado ou mantido cativo o povo de Deus . Hoje vemos muitos púlpitos sendo usados para interesse próprio, para que homens possam conquistar um espaço na sociedade, e deixando de lado a essência verdadeira da Palavra de Deus.
Formando assim crentes fracos, e uma Igreja vulnerável, ao invés do mais sólido alicerce que é Jesus, estão se apoiando em teologias e filosofias mil. Mas graças a DEUS, que tem nos mostrado um caminho de excelência, fundamentados na Pedra Principal.
2. Precisamos juntos, como povo de Deus reconstruir os muros da IGREJA. Isso começa com Disposição Voluntária... Temos que encarar a realidade em que vivemos hoje com as bases e os muros da igreja destruídos, se diabo se aproveita de pequenas brechas, imagine só com os muros caídos... Temos que colocar tijolos certos do conhecimento da Palavra de Deus, Amor, União, Responsabilidade, Evangelismo, Discipulado, Serviço, e Contribuição, Adoração.
3. Os personagens de Sambalate e Tobias representam o diabo e seus demônios que zombam de nós, querendo nos amedrontar, e nos acusando a todo o tempo, nos fazendo desanimar utilizando de opressões, medo, usando de falsos profetas, usando de infiltrações de pessoas impuras que não querem um compromisso sério com Deus.
(Ne. 2:10 e 4:1), mas quando o inimigo se levantar temos que dizer como Neemias (Ne. 2:20): Então lhes respondi: O Deus do céu é que nos fará prosperar; e nós, seus servos, nos levantaremos e edificaremos: mas vós não tendes parte, nem direito, nem memorial em Jerusalém.
4. Os trabalhadores se revezavam na guarda de seus irmãos.
Eles realmente estavam nas brechas uns pelos outros, devemos estar na brecha por nossos irmãos, ajudando em oração e estando juntos em comunhão.
Quando o povo edificou metade da altura do muro os inimigos ficaram sobremaneira irados (Ne. 4:6-7), o povo de Deus oravam e colocavam guardas contra eles dia e noite (Ne. 4:9 e 4:13) e assim temos condições de edificarmos a obra de Deus. Um irmão uma vez disse a minha esposa: o seu marido não está em condições físicas de orar, mas você tem que estar na brecha por ele.
E assim me ajudou a vencer uma depressão profunda.
5. Temos que lançar a pedra principal (JESUS) como alicerce e base para a nossa Comunidade, para essa nova fase, para esse novo templo, e com disposição trabalharmos, é muito bonito desenvolvermos algo para Deus, Trabalhar para Deus, mas essas coisas não têm valor.. (Jesus disse que nem todos que dizem: Senhor! Senhor!.... entrará no reino dos céus.), Mais o que tem mesmo valor é trabalhar com Cristo, Trabalhar em Cristo, utilizando Ele tanto como base para nossas vidas quanto para o seu próprio corpo que é a Igreja.
Os muros da Igreja têm que serem edificados, por nós que somos embaixadores do Reino de Deus.
6. Deus dá a condição e capacidade, mas nós é que temos que colocar a mão na massa, ou melhor nos tijolos e pedras, nas ferramentas, no bolso, temos que ter pessoas intercessoras, pessoas que saibam trabalhar em comunidade.
7. Temos que ser Neemias para reconstruirmos as bases da Igreja Primitiva, que foi destruída por longo do tempo. E também para construirmos um novo templo..... E quando terminarmos, (Ne. 6:16 ).
Quando todos os nossos inimigos souberam disso, todos os povos que havia em redor de nós temeram, e abateram-se muito em seu próprio conceito; pois perceberam que fizemos esta obra com o auxílio do nosso Deus, e também ouvirão (Ne 12:43 - Naquele dia ofereceram grandes sacrifícios, e se alegraram, pois Deus lhes dera motivo de grande alegria; também as mulheres e as crianças se alegraram, de modo que o júbilo de Jerusalém se fez ouvir longe.).
Se você está fazendo a obra de Deus não desanime por maior que seja o obstáculo; vença cada um deles pela fé, insistência e perseverança em seguir ao Senhor e na realização da SUA obra para glória do Pai e em nome de Jesus, amém!
sexta-feira, 30 de março de 2012
A doutrina do pecado
Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ
seminarionainternetdoprofjanio.blogspot.com.br
Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!
A história da humanidade começa, conforme as Escrituras, com a história do pecado do homem e sua desobediência a Deus. Na literatura mundial, no campo da Filosofia e da Teologia, o problema do pecado é tratado de modo a tentar explicar a questão da existência do mal.
Ao longo da história da humanidade, esse problema tem sido estudado, especulado e pesquisado pelo homem na tentativa de explicar essa questão do mal. Essa preocupação humana com a realidade do mal tem motivado as mais sérias discussões com respostas as mais diversificadas.
Visto que o poder do mal se impõe naturalmente na experiência humana, a preocupação com a sua origem desafia a inteligência e aguça o interesse em descobri-lo na sua essência.
Entretanto, é impossível discutir a realidade universal do pecado no mundo sem relacionar a sua razão de ser com a vida do homem. Conforme o relato bíblico, foi o homem que, por seu livre-arbítrio, caiu na rede de engano do originador do pecado, o diabo, e deixou-se induzir ao pecado de rebelião contra o Criador.
“Qualquer que comete o pecado também comete iniqüidade, porque o pecado é iniqüidade” (1 Jo 3.4).
Só existe um antídoto eficaz contra o pecado: o sangue de Cristo Jesus derramado na cruz do Calvário.
“O pecado não é um brinquedo — é um tirano”. Embora o pecado seja considerado um mero folguedo pelos que zombam de Deus e de sua Palavra, pode lançar-nos no inferno se não o vencermos pelo sangue de Cristo.
Estudaremos a doutrina do pecado: origem, natureza, conseqüências. Mostraremos ainda que, apesar de seu império, curva-se ele ante o sacrifício do Calvário.
I. O QUE É O PECADO
Definição etimológica. Tanto em hebraico como no grego, a palavra pecado traz esta conotação: errar o alvo. Veio o Todo-Poderoso e ordenou ao homem: “Este é o caminho; andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda” (Is 30.21).
Mas o ser humano, ao desprezar a recomendação divina, pôs-se a trilhar a senda da rebelião, errando assim o alvo que lhe propusera o Criador: servi-lo na beleza de sua santidade.
Definição teológica. O pecado pode ser definido, teologicamente, como a transgressão deliberada e voluntária das leis estabelecidas por Deus.
Definição bíblica. Em 1 João 3.4, temos uma definição, embora pequena, essencial e completa: “O pecado é iniqüidade”.
II. A POSSIBILIDADE DO PECADO
O pecado de Satanás. Em 1 João 3.8, escreve João que o Diabo peca desde o início; ele jamais se firmou na verdade (Jo 8.44). Dotado de livre-arbítrio, o mais excelso e maravilhoso dos anjos, conhecido também como querubim ungido, envaideceu-se até que, em si, foi achada iniqüidade (Ez 28.15). Seu pecado é conhecido também como a “condenação do diabo” (1 Tm 3.6).
O livre-arbítrio do homem. Dotado de livre-arbítrio e menosprezando a recomendação divina, o homem apostatou-se contra o seu Criador, pensando que, assim, seria tão sábio e perfeito quando Deus. Todavia, ao invés da onisciência, veio a adquirir uma consciência culpada e envergonhada pelo pecado (Gn 3.9-11).
A tentação. Foram nossos primeiros genitores tentados pela concupiscência dos olhos, pela concupiscência da carne e pela soberba da vida (1 Jo 2.16). Eva, vendo que o fruto da árvore era bom para se comer (concupiscência da carne), agradável aos olhos (concupiscência dos olhos) e desejável para dar entendimento (soberba da vida), o tomou, o comeu e ainda ofereceu ao seu marido (Gn 3.6).
O ciclo da queda estava completo. O que era tentação torna-se, agora, transgressão da Lei de Deus.
O agente tentador. Por que Satanás tentou Adão e Eva? Por devotar-lhes intenso e implacável ódio. Assevera o Senhor Jesus que o Diabo é homicida desde o princípio (Jo 8.44). Tivera ele permissão, mataria o homem ali mesmo, no Éden. Como não pôde fazê-lo, induziu Adão a revoltar-se contra o Senhor. Nesta sanha, não mediu esforços para arruinar nossos pais. Usando a serpente para levar Eva ao pecado (2 Co 11.3), ato contínuo, induziu a esta a instigar o homem à rebelião contra o Criador (1 Tm 2.14). Leia com atenção Gênesis 3.
III. A UNIVERSALIDADE DO PECADO
Os gentios. Paulo enfoca a universalidade do pecado no mundo greco-romano, garantindo que a mais brilhante civilização da história era, na verdade, uma abominação contra o Senhor (Rm 1.23-27).
Os judeus. Em seguida, o apóstolo trata da apostasia dos judeus, mostrando estarem eles tão comprometidos com o pecado quanto os gentios (Rm 2.17-23).
A universalidade do pecado. No capítulo três, o apóstolo é obrigado a concluir: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23). Por conseguinte, não há nação, por mais adiantada ou por mais atrasada, que não possua uma clara noção de pecado.
IV. AS CONSEQÜÊNCIAS DO PECADO
Vejamos, pois, as conseqüências do pecado.
No homem. Colocado por Deus no Éden para que o lavrasse, o homem não pode considerar o trabalho como se fora uma maldição. Devido ao pecado, porém, tornar-se-lhe-ia o trabalho mui penoso (Gn 3.17-19).
Na mulher. Por causa de sua desobediência, a mulher muito sofreria em sua mais sublime missão: dar à luz filhos (Gn 3.16).
Na natureza. Não fora o pecado, a natureza seria harmônica e benfazeja em todos os sentidos. Assevera Paulo que a criação geme em conseqüência da transgressão adâmica (Rm 8.20-22).
No relacionamento com Deus. Em conseqüência do pecado, foi o homem expulso do Éden e perdeu a comunhão que desfrutava com o Senhor (Is 59.2). Sem Cristo, não passamos de filhos da ira (Ef 2.3).
O salário do pecado é a morte. Além de causar a morte espiritual, o pecado leva à morte física (Gn 2.17; Rm 6.23); e caso persista o homem em seus delitos, haverá de experimentar a segunda morte: o lago de fogo (Ap 21.8).
O pecado não é apenas a prática de um ato errado.” O pecado não é apenas aquilo que se pratica erradamente, mas é algo entranhado na natureza pecaminosa adquirida da raça humana.
É um estado pecaminoso que desenvolve hábitos pecaminosos os quais se manifestam na vida cotidiana.
Todas aquelas tendências e propensões pecaminosas típicas da natureza corrompida de cada um de nós demonstram o estado pecaminoso do ser humano. A Bíblia denomina “carne” a este estado que pode ser controlado por uma vida regenerada (2 Co 5.17).
Indiscutivelmente, o pecado trouxe graves conseqüências ao universo, especialmente à vida na terra. A Bíblia faz várias declarações a respeito da universalidade do pecado.
Por exemplo, temos no Antigo Testamento alguns exemplos, tais como “não há homem que não peque” (1Rs 8.46) e “porque à tua vista não há justo nenhum vivente” (Sl 143.2). Paulo, na Carta aos Romanos, disse: “Não há um justo, nenhum sequer; não há quem faça o bem, nenhum sequer”, Rm 3.10-12; “Pois todos pecaram e carecem da gloria de Deus”, Rm 3.10-12.
O apóstolo João afirma: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós”, 1Jo 1.8.
Se morte física significa separação de corpo e alma e é parte da pena do pecado, entendemos que, de modo nenhum, a morte física significa a penalidade final.
Nas Escrituras, a palavra “morte” é freqüentemente usada com sentido moral e espiritual. Isso significa que a verdadeira vida da alma e do espírito é a relação com a presença de Deus. Portanto, a pena divina contra o pecado do homem no Éden foi a separação da comunhão com o Criador.
A morte espiritual tem dois sentidos especiais: um sentido é negativo e o outro é positivo. Em relação à vida cristã, todo crente está morto para o pecado, porque a pena do pecado foi cancelada e ele está fora do domínio do pecado.
Trata-se da separação da vida de pecado depois que se aceita a Cristo e é expiado por Ele. Porém, em relação ao futuro, o crente terá a vida eterna, isto é, terá a redenção plena do corpo do pecado (Ap 21.27; 22.15).
O sentido negativo de morte espiritual refere-se à morte no pecado. O crente está morto para o pecado, mas o ímpio está morto espiritualmente no pecado. Significa que o pecador vive em um estado de vida separado de Deus e de sua comunhão. Significa estar “debaixo do pecado” e estar sob o seu domínio (Ef 2.1,5).
O efeito desses dois sentidos é presente e temporal. O pecador sem Deus, no presente, está numa condição temporal de excomunhão com Deus, mas, pela graça de Deus, poderá sair desse estado e morrer para o pecado (Ef 4.18; Gn 2.17).
A punição final do pecado é a morte eterna, ou seja, o juízo contra o pecado (Hb 9.27). A morte eterna é a culminância e complementação da morte espiritual. Diz respeito à repugnância da santidade divina que requer justiça contra o pecado e contra o pecador impenitente. Significa a retribuição positiva de um Deus pessoal, tanto sobre o corpo como sobre a sua alma e espírito (Mt 10.28; 2 Ts 1.9; Hb 10.31; Ap 14.11).
Uma das grandes verdades acerca do castigo do pecado é que a justiça de Deus o exige a fim de que ninguém o acuse de injustiça. Ele é o Senhor que pratica a misericórdia, juízo e justiça na terra (Jr 9.24).
A questão do pecado encontra resposta e solução quando encontramos na Bíblia a declaração de Paulo de que Deus propôs Jesus Cristo como a propiciação pelo seu sangue, para receber toda a carga da ira de Deus contra o pecado (Rm 3.25). Significa que a cruz foi a forma pela qual Deus castiga o pecado. O próprio Deus, perfeito em justiça, tornou possível a expiação dos pecados por Aquele que se fez nosso justificador completo – Jesus (Rm 3.26).
A Salvação está quando entregamos a nossa vida por inteiro ao Senhor Jesus, reconhecendo, arrependidos, os nossos pecados; e também reconhecendo o sacrifício de Cristo como suficiente para a nossa expiação, procurando agora vivermos sempre conforme a Sua vontade, expressa na Sua Palavra, a Bíblia Sagrada.
Na Bíblia, encontramos não poucos exemplos de homens que conheciam a Deus e com Ele andavam. No entanto, por falta de vigilância, acabaram por pecar contra o Senhor. Haja vista Davi. Tais exemplos nulificam o que João escreveu? De forma alguma.
O que o apóstolo procura mostrar é que, na vida de quem ama a Deus, o pecado não é um hábito; é um lamentável e triste acidente. O versículo 6 poderia ser também assim traduzido: “O que nEle permanece, não vive na prática do pecado”.
Que Deus nos ajude a vencer o pecado pelo poder do sangue de Jesus, amém!
Jesus do Gênesis ao Apocalipse
Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ
janio-estudosteolgicos.blogspot.com
A Bíblia, de capa a capa, responde à pergunta:
"Quem é esse Jesus?"
Jesus como tema central da Bíblia, figuras do Senhor Jesus de Gênesis a Apocalipse, demonstrando que ele é a semente da mulher em gênesis passando pelo cordeiro pascoal em êxodo e finalizamos em apocalipse mostrando Jesus como O Alfa e o Ômega.
No Antigo Testamento:
- Em Gênesis, Ele é o Deus Criador.
- Em Êxodo, Ele é o Redentor.
- Em Levítico, Ele é a vossa santificação.
- Em Números, Ele é o seu guia.
- Em Deuteronômio, Ele é seu professor.
- Em Josué, Ele é o poderoso conquistador.
- Em Juízes, Ele dá a vitória sobre os inimigos.
- Em Rute, Ele é seu parente, seu amante, seu redentor.
- Em I Samuel, Ele é a raiz de Jessé.
- Em 2 Samuel, Ele é o Filho de Davi.
- Em 1 Reis e 2 Reis, Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores.
- Em 1 º e 2 Crônicas, Ele é o seu intercessor e Sumo Sacerdote.
- Em Esdras, Ele é o seu templo, sua casa de culto.
- Em Neemias, Ele é a sua poderosa muralha, protegendo-o de seus inimigos.
- Em Ester, Ele se põe na brecha para te livrar de seus inimigos.
- Em Jó, Ele é o árbitro que não só compreende as suas lutas, mas tem o poder de fazer algo sobre eles.
- Em Salmos, Ele é a sua música e sua razão para cantar.
- Em Provérbios, Ele é a sua sabedoria, ajudando você a fazer sentido da vida e vivê-la com sucesso.
- Em Eclesiastes, Ele é o seu propósito, entregando-vos da vaidade.
- No Cantares de Salomão, Ele é seu amante, seu Rosa de Sharon.
- Em Isaías, Ele é o conselheiro poderoso, o príncipe da paz, o pai eterno, e muito mais. Ele é tudo que você precisa.
- Em Jeremias, Ele é o bálsamo de Gileade, a pomada calmante para a sua alma pelo pecado doente.
- Em Lamentações, Ele é o sempre fiel a quem você pode confiar.
- Em Ezequiel, Ele é a roda no meio de uma roda-o que garante que os ossos secos, mortos chegará vivo novamente.
- Em Daniel, Ele é o Ancião dos Dias, o Deus sempre duradoura que nunca se esgota de tempo.
- Em Oséias, Ele é o seu amante fiel, sempre acenando para você voltar, mesmo quando você tê-lo abandonado.
- Em Joel, Ele é o seu refúgio, mantendo-o seguro em tempos de angústia.
- Em Amós, Ele é o lavrador, o que você pode depender para ficar ao seu lado.
- Em Obadias, Ele é o Senhor do Reino.
- Em Jonas, Ele é a sua salvação, trazendo de volta dentro de Sua vontade.
- Em Miquéias, Ele é juiz da nação.
- Em Naum, Ele é o Deus zeloso.
- Em Habacuque, Ele é o Santo.
- Em Sofonias, Ele é a testemunha.
- Em Ageu, Ele derruba os inimigos.
- Em Zacarias, Ele é o Senhor dos Exércitos.
- Em Malaquias, Ele é o mensageiro da aliança.
No Novo Testamento:
- Em Mateus, Ele é o rei dos judeus.
- Em Marcos, Ele é o servo.
- Em Lucas, Ele é o Filho do homem, sentindo o que você sente.
- Em João, Ele é o Filho de Deus.
- Em Atos, Ele é o Salvador do mundo.
- Em Romanos, Ele é a justiça de Deus.
- Em Coríntios I, Ele é a rocha que se seguiu Israel.
- Em II Coríntios, Ele o triunfante, dando a vitória.
- Em Gálatas, Ele é a sua liberdade, Ele te liberta.
- Em Efésios, Ele é o cabeça da Igreja.
- Em Filipenses, Ele é a sua alegria.
- Em Colossenses, Ele é a sua completude.
- Em I Tessalonicenses, Ele é a sua esperança.
- Em II Tessalonicenses, Ele é o seu glória.
- Em I Timóteo, Ele é a tua fé.
- Em II Timóteo, Ele é a sua estabilidade.
- Em Tito Ele é o motivo para que serve.
- Em Filemom, Ele é o seu benfeitor.
- Em Hebreus, Ele é a sua perfeição.
- Em Tiago, Ele é o poder por trás de sua fé.
- Em I Pedro, Ele é o seu exemplo.
- Em II Pedro, Ele é a sua pureza.
- Em I João, Ele é a sua vida.
- Em II João, Ele é o seu padrão.
- Em III João, Ele é a sua motivação.
- Em Judas, Ele é o fundamento da sua fé.
- Em Apocalipse, Ele é o Rei que vem.
Jesus é o tema central da Bíblia desde Gênesis a Apocalipse se fala sobre ele, no antigo testamento fala de Jesus preparando o homem para o recebimento dele, manifestando-se Jesus nos evangelhos, sendo propagando o nome de Jesus Cristo no livro de atos pelos apóstolos e os novos convertidos que assim iam aceitando a Jesus dia após dia, e nas cartas é apresentado a explanação da doutrina de Cristo, sendo sua consumação revelada no livro escrito pelo Apóstolo João, livro de Apocalipse, onde está tratado a consumação de todas as coisas preditas através de Jesus, portanto é impossível falar da Bíblia sem falar de Jesus.
sexta-feira, 23 de março de 2012
As sete características do obreiro aprovado
Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ
seminarionainternetdoprofjanio.blogspot.com.br
Vamos nesta oportunidade meditar em 2 Tm 2: 15
“ PROCURA APRESENTAR- TE A DEUS, APROVADO , COMO OBREIRO QUE NÃO TEM DO QUE SE ENVERGONHAR, QUE MANEJA BEM A PALAVRA DE VERDADE “.
O obreiro aprovado é aquele que: em primeiro lugar ama a Deus e a Sua Palavra acima de tudo. Sabe que não é ele; mas Cristo em sua própria vida.
O obreiro aprovado entende que foi escolhido, chamado e eleito pelo próprio Deus, de quem recebe o selo das primícias espirituais quando, pela unção do Espírito Santo e através da autoridade do ministério a qual está subordinado, conscientiza-se de que servir a Deus e batalhar pela defesa do Evangelho; implícita submeter-se, obedecer e fazer não aquilo que pensa ou acha, mas, tudo o que for necessário para a continuação da vitória de Cristo.
*
O obreiro é um operário qualificado, que trabalha a serviço do Reino de Deus. Esse trabalho é continuo e sem descanso. Ele nunca se despe do “seu uniforme” de trabalho. Seu uniforme é espiritual, logo, sobrepõe à vestimenta terrena.
Seja um policial, professor, motorista, dona de casa ou estudante. Qualquer que seja sua ocupação secular, sempre estará sobre ele seu uniforme de trabalho espiritual. Deste ele não pode se despir jamais.
A qualquer momento, a farda do policial, o giz do professor, o veículo do motorista, os afazeres da dona de casa ou o material didático do estudante poderão ser substituídos pelas ferramentas ou armas usadas pelo obreiro. Nesse momento, o cidadão comum se torna o soldado da resistência. Apto e disposto a combater o bom combate.
No entanto, existem alguns aspectos que são necessários e fundamentais, a serem observados e vividos pelo obreiro que deseja realmente ser aprovado e servir fielmente seu Senhor.
Deus enviou JESUS CRISTO para mudar a história do planeta terra e de seus habitantes, a terra nunca mais foi a mesma depois da vinda de CRISTO. JESUS partiu para os céus, mas o ESPÍRITO SANTO ficou na terra na vida dos servos de DEUS.
Estes servos de DEUS são aqueles que confiaram em JESUS e se arrependeram de seus pecados, reconhecendo JESUS CRISTO como seu SENHOR E SALVADOR.
A OBRA DE DEUS iniciada no VELHO TESTAMENTO por DEUS através de seus servos JUDEUS continua através dos SERVOS DE DEUS de todas as nações. O trabalho a ser realizado por estas pessoas é a OBRA DE DEUS e as pessoas que a realizam são os OBREIROS.
Neste artigo, vejamos o que Deus tem a nos dizer sobre a tarefa que os servos de DEUS devem realizar para DEUS.
PROCURA APRESENTAR- TE A DEUS APROVADO
Como obreiro de DEUS PROCURAMOS muitas coisas. Procuramos estudar, procuramos orar, procuramos nos santificar, procuramos servir as pessoas, procuramos freqüentar os cultos, procuramos dizimar, ofertar, procuramos crescer como obreiro.
Tudo isto é importante, mas existe algo mais importante que devemos fazer, devemos PROCURAR nos APRESENTAR A DEUS. É neste detalhe que muitos falham, muitos obreiros se apresentam a sua igreja, a sua denominação, ao seu pastor, ao seu bispo, aos congregados que ele serve, mas as vezes se esquece de se APRESENTAR A DEUS. DEUS é o SENHOR de sua própria obra, ELE é o responsável pela divisão de tarefas de sua obra, é a ELE a quem devemos prestar contas de nossos trabalhos.
O OBREIRO de DEUS deve conversar com DEUS todos os dias, esta comunhão diária proporcionará o aperfeiçoamento do servo de DEUS. Existem “ obreiros “ que não oram, que quase não estudam a bíblia, não se apresentam a Deus, como pode esta pessoa ser bem sucedida na obra de DEUS , que se caracteriza pelas lutas espirituais com as forças do mal?
Paulo diz que o OBREIRO deve se apresentar a DEUS , mas diz também de que maneira este obreiro deve se apresentar a DEUS.
O obreiro deve se apresentar a DEUS APROVADO. O que isto significa? significa que temos que ter a aprovação de DEUS e da Bíblia para o que fazemos. Um obreiro de DEUS deve ser PACIFICADOR e não guerreador.
A luta do obreiro é contras as forças do mal e não contra pessoas. Como obreiros de DEUS temos que respeitar a religião das outras pessoas, pois só podemos apresentar JESUS para as pessoas, provando que o AMOR DE DEUS habita em nós, e o AMOR de DEUS vem acompanhado de RESPEITO a liberdade das pessoas.
Tem obreiro que gasta tempo em sermão em vídeo , áudio e até em livro , brigando com outros obreiros e brigando com outros religiosos. O povo de DEUS é o povo que representa DEUS , se dissemos que andamos com DEUS , as pessoas esperam ver as virtudes e o caráter de DEUS em nossas atitudes e relacionamentos.
O obreiro para ser APROVADO tem que passar nos testes do ministério. Quando eu quis ser advogado, eu tive que passar no teste do vestibular, depois tive que passar em muitos testes e provas de inúmeras matérias durante 5 anos de bacharelado, depois tive que passar no teste de 1 ano de estágio, depois tive que passar no teste do fórum , enfrentando juízes e funcionários do fórum, depois fiz pós- graduação, tive que enfrentar mais provas e testes durante um ano. Na vida espiritual é assim também, nada vem de graça, DEUS prova as pessoas que chama as provas de fogo constantemente estão diante de nós.
Algumas pessoas se apresentarão em nosso caminho para nos atrapalhar, para nos difamar, para tentar nos parar, mas temos que nos lembrar que fomos chamados por DEUS e portanto temos que nos apresentar somente a DEUS.
COMO OBREIRO QUE NÃO TEM DO QUE SE ENVERGONHAR...
Temos muitos motivos para nos orgulhar como obreiro de DEUS . Fomos criados por DEUS, fomos sustentados durante toda a nossa vida por DEUS , fomos salvos por JESUS, o Espírito Santo habita em nosso coração, os ANJOS DE DEUS nos protegem todos os dias, fazemos parte da mesma comunidade que Abraão, Jacó, Elias , Davi, Pedro , Paulo, Débora e de outros servos de DEUS do passado e do presente. Hoje pertencemos a igreja de nossa geração, portanto pertencemos a um grupo de pessoas salvas por JESUS espalhadas em toda a terra, portanto não estamos sós na tarefa que realizamos, temos muitos motivos para nos orgulhar.
Um obreiro de DEUS não deveria ter do que se envergonhar, mas não é isto o que acontece na prática, nós os verdadeiros e sérios obreiros nos envergonhamos de muitas coisas.
Eu me envergonho de ver pregadores COBRANDO e cobrando alto para pregar o que receberam de graça de JESUS, eu me envergonho de ver obreiros brigando com outros obreiros por causa de dinheiro, de membros, de região geográfica, eu me envergonho de ver obreiros que deveriam agir com transparência, usarem o dinheiro sagrado de dízimos e ofertas que o povo de DEUS dá para a obra de DEUS, para uso próprio, comprando mansões, viajando de primeira classe para pregar e comprando até jatinhos de milhões de dólares.
Eu me envergonho de ver tantos obreiros se separando de suas esposas e família, namorando com suas secretárias , assistentes e membros da congregação, e continuam a “ ministrar “ como se nada tivesse acontecido.
Eu me envergonho de ver “ obreiros “ que não conhecem a bíblia e seus personagens, e querem ensinar alguma coisa espiritual ao povo de DEUS. Eu me envergonho de ver gente se rebelando nas igrejas sérias e abrindo milhares de “ igrejas “ com nomes estranho e que causam vergonha aos que seriamente servem a DEUS.
Eu me envergonho de ver no ministério musical das igrejas verdadeiros “ PARAQUEDISTAS ESPIRITUAIS “ gente que nunca pertenceu a igreja, que não faz mais sucesso em suas carreiras, e por saber que o Brasil tem pelo menos 50 milhões de evangélicos, se infiltram nas igrejas, vendendo cds, dvs e outras “ cositas mais “.
Eu me envergonho de ver na época de eleições os púlpitos das igrejas serem usados por oportunistas que só querem o voto e nada tem com DEUS e sua obra. Púlpito é lugar de pregador da palavra de DEUS.
Não tenho tempo para enumerar tudo o que me ENVERGONHA na igreja hoje, mas como eu me preocupo em AMAR E SERVIR a DEUS , eu não me envergonho de ser um servo de DEUS , de ser Cristão, de ser evangélico, de ser crente. Tenho orgulho de pertencer a um grupo vencedor como este, me orgulho de abrir a bíblia e poder entender suas lições, me orgulho de dobrar meu joelho diante daquele que me criou e me salvou, me orgulho de ser um cidadão dos céus.
QUE MANEJA BEM A PALAVRA DA VERDADE...
*
A Palavra tem poder, ninguém duvida. Podemos falar e estimular uma pessoa ou podemos dizer algo que desanime uma pessoa. A palavra é expressão do pensamento, mas nem tudo o que pensamos devemos dizer. Devemos selecionar cuidadosamente cada palavra que dizemos, pois senão corremos o risco de criar muitos problemas para nós e para as pessoas ao nosso redor. Pior do que dizer uma palavra mal selecionada é dizer MENTIRAS.
A mentira não existe, é uma criação da pessoa, por isto em alguns tribunais jurídicos, para forçar uma pessoa a dizer a verdade, a pessoa deve falar com a mão sobre a bíblia, a pergunta é : “ VOCE PROMETE DIZER A VERDADE, SOMENTE A VERDADE , NADA MAIS DO QUE A VERDADE ? “. Hoje existem detectores de mentiras, para saber se o que a pessoa está dizendo é a verdade.
O obreiro de DEUS é o detentor da verdade. Ele prega sobre o que DEUS é e o que ELE promete para as pessoas, DEUS nunca mente, tudo o que ELE diz é a verdade, o diabo é o PAI DA MENTIRA , portanto não podemos acreditar nele, a verdade não faz parte dele.
É por isto que o obreiro de DEUS deve usar a bíblia como base, o servo de DEUS nunca pode mentir, ele deve manejar bem a PALAVRA DA VERDADE.
A PALAVRA DA VERDADE É a Bíblia sagrada, o obreiro de DEUS deve dominar a bíblia de gênesis a apocalipse, deve conhecer todos os seus personagens, deve conhecer as doutrinas e princípios. Um obreiro de DEUS deve ser transparente em tudo o que faz, como líder deve ser VERDADEIRO na administração financeira da igreja.
Se um agente público dever ter alto grau de honestidade, um servidor de DEUS não pode ser menos avaliado. O obreiro de DEUS deve sempre dizer a VERDADE, PREGAR A VERDADE, VIVER A VERDADE e espalhar a verdade, a verdade sempre prevalece, a mentira tem pernas curtas e logo é descoberta.
I. O OBREIRO DEVE AGIR COMO SOLDADO, ATLETA E LAVRADOR
O contexto do que vamos avaliar aqui é o do:
A. SOLDADO DE CRISTO, dos versos 1 a 4, Paulo fala que o SERVO, E OBREIRO DE DEUS , TAMBÉM é soldado, ou seja para servir a DEUS é preciso se preparar da mesma forma que um soldado vai para a guerra, sabendo que vai encontrar um inimigo preparado, é preciso estar alerta e preparado para ser vitorioso.
Dos versos 5 a 9, Paulo diz que o OBREIRO , tem que ser DISCIPLINADO, e dá como exemplo o ATLETA E LAVRADOR.
Todo atleta precisa ser disciplinado para vencer. Disciplina, significa diariamente exercitar para aprimorar a técnica e manter a forma. O servo de DEUS como atleta deve orar, e praticar com as pessoas diariamente, tudo o que tem aprendido de DEUS.
O LAVRADOR precisa conhecer do tempo, da terra, da semente, da semeadura e colheita. O servo de DEUS LAVRADOR , ao plantar oração, adoração, serviço aos pobres e necessitados, certamente vai colher vidas salvas, libertas e felizes para o reino de DEUS.
Dos versos 11 a 13, Paulo fala que o OBREIRO DE DEUS tem que CONFIAR em DEUS. JESUS morreu e os servos de DEUS morreram com ELE, JESUS ressuscitou, os servos de DEUS vivem com JESUS também.
Quem persevera reinará, quem negar JESUS será negado por ELE, Quem for INFIEL, terá a garantia que JESUS continuará FIEL, JESUS continuará fiel, pois este é um atributo inerente ao próprio JESUS , se ELE deixasse de ser fiel acabaria negando a ELE mesmo. Devemos sempre ser fiel a DEUS e as pessoas, mas se falharmos JESUS continuará sendo fiel.
II. DÁ TESTEMUNHO SOLENE A TODOS PERANTE DEUS, PARA QUE EVITEM CONTENDAS DE PALAVRAS, QUE PARA NADA APROVEITAM, EXCETO PARA A SUBVERSÃO DOS OUVINTES ( v. 14)
O obreiro de DEUS deve entender que a pessoa a quem ele deve prestar contas é DEUS, é verdade que o obreiro serve a igreja, ao pastor, ao ministério, mas quem chamou o obreiro para servir a igreja foi DEUS , portanto tudo o que o obreiro fizer, deve fazer com o objetivo de agradar a DEUS. Paulo diz que o obreiro deve dar testemunho a todos ( PERANTE DEUS ).
Uma qualidade do OBREIRO DE DEUS é que ele deve usar sua capacidade de falar, para PREGAR O EVANGELHO, para ORAR pelos aflitos, para UNIR os outros OBREIROS espalhados na terra.
Um obreiro nunca deve ser elemento de CONTENDAS, nunca deve usar a PALAVRA para contender. É verdade que a obra de DEUS espalha -se sobre a terra em várias denominações, ministérios , e cada um destes grupos tem opiniões diversificadas sobre vários temas, por exemplo os PENTECOSTAIS acreditam que para um crente chegar ao crescimento espiritual máximo , ele deve ser “ BATIZADO COM O ESPÍRITO SANTO e falar em línguas. Os que se consideram TRADICIONAIS não enfatizam os dons espirituais, mas a comunhão com DEUS e o serviço ao necessitado.
Mesmo pensando diferente em alguns temas, o Povo de DEUS vai concordar nos temas principais, como por exemplo , todos concordam que JESUS é o filho de DEUS e SENHOR DA IGREJA , todos concordam que Maria não é intermediária entre os homens e DEUS , mas uma serva de DEUS que cumpriu uma missão especial, a de gerar o filho de DEUS e que por ter tido outros filhos deixou de ser virgem, todos concordam que a Bíblia sagrada, de gênesis a apocalipse é a PALAVRA REVELADA DE DEUS que não pode ser nem tirada nem acrescentada.
Todos os cristãos concordam que a igreja são as pessoas salvas por JESUS e que o templo não é a igreja. O templo é o lugar de reunião dos servos de DEUS.
Vimos então que vamos CONCORDAR nos pontos básicos e discordar em temas que não tem relevância, o mais importante para o servo de DEUS é unir-se com os servos de DEUS de todos os grupos e trabalhar para o crescimento da igreja.
III. O OBREIRO AGE COM SABEDORIA E MANSIDÃO
E repele as questões insensatas e absurdas, pois sabes que só engendram contendas. Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender e sim deve ser brando para com todos aptos para instruir, paciente; disciplinando com mansidão os que se opõem na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele, para cumprirem a sua vontade." ( 2 Tm 2.23-26)
Lembre-se do problema dos falsos mestres na igreja de Éfeso. Já estudamos isso anteriormente, que tais mestres ensinavam doutrinas estranhas baseadas em genealogias judaicas e lendas fantásticas, que só desviavam os crentes da verdade.
Havia então um grande risco de Timóteo agir impulsivamente, agir pela carne, afinal os falsos mestres estavam tentando desviar a igreja. Timóteo poderia cair no jogo deles e entrar numa discussão confusa, inútil, que acabaria com certeza em bate-boca, se não acabasse em coisa pior.
Por isso ele deveria ter sabedoria e mansidão. Deveria prezar por uma atitude refletida e não impulsiva ou impensada.
a) Sabedoria para evitar as contendas
Deveria ser sábio para evitar as contendas, pelos seguintes motivos:
• Porque são insensatas – Eram assuntos sobre questões tolas, pois não tinham sentido e distorciam a verdade bíblica;
• Porque são absurdas – Eram assuntos incoerentes e inúteis, porque não edificavam, nem sequer levavam a lugar algum;
• Porque conduzem a brigas – contenda é briga bate-boca, disputa. A igreja, como vimos, deve ser palco da justiça, da fé, do amor e da paz. Mas se há contendas, a igreja vira lugar batalhas, ódio e mágoas, aonde os membros vão se comportar como galos de briga.
Onde acontecem tais coisas a fé se torna medíocre, a igreja fria.
• Porque não é pela força que se convence alguém – não é pela altura da nossa voz que uma pessoa se convence que estava no caminho errado, mas sim por Deus, pelo Espírito Santo (v25,26)
Por essas razoes Timóteo deveria fugir dessas disputas públicas com os falsos mestres.
b) Manso para pastorear a igreja
Mesmo diante de controvérsias, Paulo aconselha que Timóteo tenha uma atitude de mansidão para com a igreja:
• Sendo amável com todos
"Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender e sim deve ser brando para com todos... disciplinando com mansidão os que se opõem," ( 2 Tm 2.24,25)
• Ensinando a verdade bíblica
(2 Tm 2.24)
apto para instruir
Na igreja podem existir pessoas com idéias equivocadas. Nada melhor do que o ensino bíblico para mostrar a estas pessoas aquilo que é certo.
• Exercendo a paciência
(2 Tm 2.24)
paciente;
Sem dúvida, a paciência é indispensável para o líder. Ainda mais na igreja, onde lidamos com vários tipos de pessoas, com diferentes personalidades.
IV. O OBREIRO É CONVERTODO
Significa: mudança de direção, mudança, transformação ou adaptação.
É preciso demonstrar conversão em todas as áreas da vida. No modo de pensar, falar, agir. Na fartura ou na escassez.
Na alegria ou na tristeza. Quando honrado ou quando contrariado. Com saúde ou enfermo. No comando ou sendo subordinado. Amando ou sendo desprezado. Em casa ou em público.
A tempo ou a fora de tempo. A verdadeira conversão é visível. Por isso mesmo, tem a capacidade de impressionar (produzir, deixar uma marca, transformar pela luz) as pessoas a nosso redor e o mundo.
V. É SUBMISSO
Significa: ato ou efeito de submeter-se, obediência voluntária, sujeição.
Reconhecendo a autoridade ministerial e espiritual que está sobre sua liderança, e identificando em seu líder espiritual o caráter de Deus, o obreiro não se sente submisso (que está em posição ou lugar inferior, resignado, conformado). Ao contrário, sente-se honrado e privilegiado em poder obedecer.
VI. É OBEDIENTE
Significa: sujeitar-se à vontade de, cumprir ordens, deixar-se conduzir, estar sob uma força ou influência, ceder.
O obreiro aprovado alegra-se em cumprir todas as ordens ou determinações vindas da direção do ministério. Está sempre pronto a servir. Não questiona, não despreza e nem negligencia. Porque confia no seu Deus, sabe que Ele é fiel.
Quando o obreiro examina e entende o real significado desses três aspectos acima citados; significa que tem consciência do seu chamado.
O próprio Senhor Jesus declara: “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda.” (Jo.15:16).
Saber-se escolhido pelo próprio Senhor Jesus, leva o obreiro a desejar conhecê-lo mais intimamente, desejando ser como Ele é. “Sede, pois imitadores de Deus, como a filhos amados;” (Ef.5:1).
Para sermos igual a alguém naquilo que essa pessoa em de melhor, precisamos conhecê-lo. Para sermos imitadores então, precisamos conhecer intimamente, em detalhes; não deixando que nada passe despercebido.
É necessário neste caso, estar no mesmo espírito. Como nossos irmãos da Igreja primitiva. “Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum” (At 2.44).
A visão do obreiro aprovado é de crescimento do ministério. O ide pregado pelo Senhor Jesus, refere-se a sua Igreja estabelecida nos quatro cantos da terra.
Somos comparados a árvore que dá frutos. Vistos por Deus como seu povo no Egito: “... os filhos de Israel frutificaram, e aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente; de maneira que a terra se encheu deles.” (Ex 1:7).
É preciso estar solidamente firmado e estruturado espiritualmente para ser visto e reconhecido por Deus como um verdadeiro obreiro.
Fincar raízes espirituais implica uma vida de oração; como nos ensina Paulo: “Perseverai em oração, velando nela com ação de graças; .” (Cl 4:2)
A vida de oração, leva a vigilância, que leva a resultados materializados em bênçãos. A vida de oração, não permite que sejamos enganados ou pegos de surpresa. A vida de oração, leva o obreiro a consagração; conforme determinado pelo Senhor Deus: “Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o Senhor, vosso Deus.
E guardai os meus estatutos e cumpri-os. Eu sou o Senhor que vos santifica.” (Lv 20:7,8)
Aqueles que desejam e sinceramente se esforçam em consagrar-se a Deus, são galardoados com o conhecimento da verdade.
Esse conhecimento significa: entre outra coisa; libertação e prosperidade: “Porque em tudo fostes enriquecidos nele, em toda a palavra e em todo o conhecimento.” (1 Co 1:5)
Como na parábola dos talentos (Mt 25:14a), tudo o que recebemos da parte do Senhor, nos é dado para que venhamos multiplicar.
Assim sendo, em relação ao conhecimento da palavra, precisamos fazê-la prosperar em nossas vidas através das nossas próprias experiências. Se recebermos o conhecimento da palavra e não tivermos experiências com ela, se a palavra não for manifestada através da nossa vida (no dia-a-dia); então, seremos como aquele que enterrou o talento que lhe foi confiado.
Viver a palavra em toda sua excelência e plenitude tem o poder de nos lavar de todas as imundícias espirituais e carnais. Por que, por essa palavra também somos sarados: “De todas as suas transgressões que cometeu não haverá lembrança contra ele; pela sua justiça que praticou, viverá.” (Ez 18.22)
Certo estrategista militar certa vez declarou: a melhor defesa é o ataque.
Para o obreiro que tem visão espiritual, sabedor que todos os dias são dias de batalha, atuar na defesa do evangelho para ele é como beber água, comer, dormir; disso depende sua própria vida. Ele sabe que se defender; significa estar sendo atacado.
Sabe que o combate nem sempre se trava no campo de batalha. Sabe que algumas vezes, se luta também na retaguarda. Sabe que nem sempre se usam as armas convencionais.
Conhece que as calúnias, traições e afrontas também fazem parte do arsenal bélico usado pelo nosso adversário. O apóstolo Paulo, sofreu esse tipo de ataque: “Temos achado que este homem é uma peste e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo, e o principal defensor da seita dos nazarenos;...” (At 24)
Por isso, é necessário ter certeza absoluta e firme convicção quanto a causa pela qual se está lutando. A dúvida leva ao medo, que leva a covardia, que leva a perseguição, que leva a fraqueza, que leva a fuga, que leva a derrota, que leva a escravidão.
Estar no campo de batalha, gera desconforto, privações, sofrimentos e experiências desagradáveis. Tudo isso só será superado se acreditarmos na causa pela qual estamos lutando. se por ela decidimos dar nossa própria vida.
Neste caso, ainda uma vez recorremos ao apóstolo Paulo; para confirmação da nossa fé: “... por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho, porque eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele Dia.” (2Tm 1:12)
Para se crer inabalavelmente na palavra de Deus; que nos leva a ter fé; é necessário ter visão espiritual. Somente com os olhos da fé, podemos enxergar o que não pode ser visto com nossos olhos carnais. Mas não basta apenas ter visão ou revelação espiritual.
É necessário estar em íntima e santa comunhão com Deus; para que aquilo que nos for dado; sejam visões, sejam revelações, profecias ou ensinamentos, venhamos revelar-las aos homens.
Entre os anos de 740/710 AC, um homem de Deus; o Profeta Miquéias recebeu e nos revelou uma das mais lindas promessas feita por Deus a humanidade: “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” (Mq 5:2)
De tudo o que aprendemos até agora, e com toda importância que possa ter e significar em nossa vida espiritual; valor ou proveito algum terá se o Senhor Deus não receber de nossa parte como oferta (aproximação) de sacrifício e renúncia.
O valor do obreiro aprovado, está em desistir de algo que o agrada ou convém; voluntariamente. Renegar, rejeitar o que está em nós ou no mundo, por amor a Cristo. Dispor-se a desistir de sonhos, projetos, renegar costumes, vontades, tradições. Rejeitar o cômodo, o certo, o vantajoso.
Recomeçar fundamentado naquilo que não se vê; mas se crê. Seguindo os passos do Mestre quando Ele diz: “E, chamando a si a multidão, com os seu discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me.” (Mc 8:34)
VII. O obreiro aprovado é ético.
O significado de ética: Ética é o estudo da moralidade. Consiste da analise da natureza da vida humana, como os padrões do "certo" e "errado”, pelos quais a conduta possa ser guiada.
A palavra Ética é originada do grego ethos: modo de ser, caráter. Através do latim mos (ou no plural mores) costumes; de onde se derivou a palavra moral. Em Filosofia, Ética significa o que é bom para o indivíduo e para a sociedade, e seu estudo contribui para estabelecer a natureza de deveres no relacionamento indivíduo.
Contudo a ética de Deus é diferente dos homens, pois Deus não precisa de padrões éticos e morais a seguir. A ética humana muitas vezes confunde o certo e o errado a luz e as trevas, o doce com o amargo, o moral e o imoral. Este tipo de padrão ético muitas vezes é diabólico, pois promove ou defende ações que vão contra a palavra de Deus. Infelizmente muitas igrejas estão vivendo tais padrões éticos e morais.
Este trabalho visa o aprimoramento de todos nós que temos a tarefa de ministrar a palavra do Senhor no altar. De quem deseja fazer a obra com ousadia e conhecimento, a fim de agradar aquele que nos chamou para esta boa obra.
Quando nós obreiros estamos pregando a palavra do Senhor devemos tomar alguns cuidados. Detalhes que devem ser levados a sério e com certeza são a diferença entre a boa e má pregação. Tais como:
1 - Oração: É o caminho da unção divina. Uma vida de constante oração é dever daquele que aceita o chamado para a obra de Deus. Aceite isso com o coração aberto, orar antes da pregação ou no momento de tribulação não é o bastante para o obreiro que deseja ser aprovado.
2 – Administração do tempo: O pregador deve administrar o tempo enquanto ministra a palavra de Deus. É necessário valorizar o tempo e não gastá-lo com: saudações, louvores e orações prolongadas.
3- Cuidado com as ilustrações: Usar outras histórias de exemplo é bom, entretanto devem ser pertinentes ao assunto, e o foco deve ser a palavra de Deus (a Bíblia) e não a outra história contada.
4 – Não desabafar: Cuidado o altar é lugar de adoração. O pregador deve edificar a igreja com a palavra de Deus; e nunca usá-la para seu próprio interesse e jamais para resolver problemas pessoais.
5 – Utilizar palavras simples: Não adianta estudar muito e utilizar expressões que não serão compreendidas pela igreja, ou seja, não adianta estudar demais e a igreja não compreender o que foi dito. Neste caso a pregação foi inútil.
6 – Microfone:
- Não precisa gritar, fale normalmente que o equipamento de som faz o resto; se a igreja não te ouve a culpa não é sua, é de quem manipula o equipamento de som.
- Não aperte: O microfone não vai fugir, apenas segure firme o bastante para não cair no chão.
- Não bata: Para testar o microfone fale nele, bater irá danificá-lo. Pode não parecer, mas é um equipamento sensível.
7 – Outros fatores gerais:
- Tranqüilidade: um pregador nervoso pode pregar a mensagem errada.
- Sensibilidade: um pregador sensível tem melhor compreensão da palavra e do momento que a igreja vive.
- Equilíbrio: o pregador deve se sereno diante da igreja. Demonstrar alegria, raiva ou tristeza pode colocá-lo em descrédito. A mensagem deve tocar a igreja e não o pregador.
Em outras palavras: O palhaço do circo não ri da própria piada, pois o objetivo é que platéia se divirta e não o artista. Talvez a comparação seja fora do contexto igreja, mas o sentido é o mesmo.
Que nós obreiros a cima de tudo sejamos cheio de toda a plenitude de Deus e que tenhamos em nossa vida humildade para fazer a obra de Deus todos os dias de nossa vida. Para ganharmos muitas almas par o reino de Deus (1 Co 1: 10; Ef 3: 20).
Assim Cristo vai habitar em nosso viver, agir e sentir. Quando os homens chegaram para João Batista e falaram que Jesus estava batizando no Jordão esses homens esperavam que João ficasse bravo.
Mas João Batista nos ensinou uma grande lição. “Importa que ele cresça e eu diminua mais e mais” (Jo 3:30). Todos os obreiros sejam unidos na obra de deus (Ef 4:11).Deus deu um cargo conforme a capacidade de cada um, para fazer a obra de Deus.
Que Deus nos abençoe amém!
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